"Livro 4 da Série Barcelona"
Velhos conhecidos, desde adolescentes, Fermín e Pilar nunca demonstraram interesse um no outro além da amizade cordial que possuíam por fazerem parte do mesmo ciclo de amizades.
Porém, anos depois e mais velhos, ambos se...
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O resultado de marcar um gol em um clássico contra o Real Madrid veio assim que eu pisei na sala de entrevistas. Eu ainda estava meio atordoado e perdido. O caminho até as entrevistas foi um pouco humilhante, com o pessoal do Barça me guiando e a Maya e o Gavi rindo atrás de mim.
Acho que nunca tive tantos microfones e câmeras no meu rosto. Eu não sabia para quem olhar ou para onde olhar. Tive que me esforçar muito para conseguir entender o que todos estavam me perguntando.
Meu sorriso não saía do meu rosto, e com certeza, eu estava parecendo um bobo da corte.
Devo ter ficado pelo menos uns trinta minutos só dando entrevista, e assim que finalmente todos os jornalistas saíram da minha frente, Maya e Gavi continuavam ali. Minha primeira reação não foi pensada, já que eu pulei na Maya.
Ela não caiu, o que foi um verdadeiro milagre.
Cambaleamos para trás enquanto ela ria e me segurava pela cintura, e Gavi mantinha as mãos em minhas costas.
— Você fez seu primeiro gol como profissional, Fefi! — Maya me balançou de um lado para o outro. — Eu estou orgulhosa de você.
Desci do colo da Maya antes que ela caísse e a olhei sem graça. Eu era mais pesado que ela, e para ajudar, ela ainda estava com seus saltos inseparáveis.
— Desculpa, me empolguei. — Passei a mão pelo meu cabelo. — Ainda não estou acreditando.
— É melhor você acreditar, cara, sua vida vai mudar da água para o vinho agora. — Gavi deu alguns tapinhas em meu ombro. — Você deveria agradecer à Alice, ela que profetizou seu gol.
Arregalei os olhos surpreso para ele, não tinha me lembrado disso. Saí correndo na direção oposta do corredor, com os dois gritando atrás de mim e perguntando aonde eu estava indo.
Esbarrei com algumas pessoas que pediam para tirar fotos comigo, e gentilmente, eu pedia desculpas pela foto e por ter quase atropelado elas. Quando cheguei de volta ao campo, onde as famílias ainda estavam, Alice foi a primeira a me ver, dando um gritinho animado.
— Tio Fermín!
Corri até ela, a pegando no colo. Brad quase infartou quando viu que a filha dele não estava mais ao lado dele, e sim comigo no campo. Alice me abraçou pelo pescoço, enquanto eu a balançava de um lado para o outro.
— Você fez o gol, tio Fermín, você viu? — Perguntou animada.
— Você adivinhou que eu ia fazer o gol, né? Qual seu superpoder, Lilice? Me conta. — Beijei sua bochecha. — Gostou?
— Sim! — Me abraçou. — Senti sua falta, tio.
— Eu também, princesa.
A coloquei no chão, dando um beijo no topo de sua cabeça. Maya e Gavi apareceram no túnel, com falta de ar e nos encarando no campo. Arthur se soltou do Brad e correu até onde estávamos, chutando uma bola que estava ao nosso lado.