Capítulo 17 - Ruiva

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Eu não teria paciência para receber pessoas todos os dias na minha casa, e mesmo não tendo paciência, para isso, a Maya tinha

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Eu não teria paciência para receber pessoas todos os dias na minha casa, e mesmo não tendo paciência, para isso, a Maya tinha.

O treino foi pela manhã, e por algum motivo, Nick chegou lá com o Gavi, dizendo que não tinha aulas naquele dia. Eu não questionei, até porque, acho que ele sabe muito bem como os irmãos dele são em relação aos estudos. Ele ficou conosco o treino inteiro, e quando saímos, fomos direto para a casa da Maya, que por algum motivo, estava ali.

— O que está fazendo aqui? — Nick foi o primeiro a perguntar.

Maya olhou para os lados, com a sobrancelha arqueada. Acho que o Nick não deveria fazer aquela pergunta...

— Eu que te perguntou, porque você está aqui? — Apontou para ele.

Eu e Gavi nos entreolhamos.

— Não tinha aula hoje de manhã. — Se jogou no sofá, ao lado da irmã.

— Não tinha aula?

Nick negou mais uma vez, enquanto Maya o encarava querendo saber se era verdade ou não. Por fim, ela se levantou, dando um beijo meu no rosto e no de Gavi.

— Já almoçaram?

— No CT. — Gavi respondeu. — Não sabíamos que você ia estar em casa.

— Rosa fez pudim. — Piscou, voltando a sentar no sofá. — Eu tinha uma reunião agora cedo, mas foi desmarcada. Aproveitei e fiquei em casa... Eu não tenho mais nada pelo resto do dia. — Deu de ombros. — Estava organizando os relatórios de vocês. — Apontou.

— Posso ver?

Me aproximei dela na intenção de ver, pensando que ela poderia deixar, afinal, não teria problema nenhuma, mas, contrariando todas as minhas expectativas, ela puxou as folhas, colocando-as contra seu peito.

— Ficou doido? Isso aqui é confidencial! Você não vai ver.

— Mas...

— Nem tenta. — Gavi disse de boca cheia. — Eu já pedi várias vezes e ela nunca deixa.

Maya se virou para ele, piscando algumas vezes e olhando diretamente para o pote cheio de pudim que ele tinha em mãos.

— Criança, você não pode se entupir de doces assim! Meu Deus, a sua dieta está na minha geladeira, por um motivo bem claro, além de estregar a minha decoração!

— Ele é cego... — Nick murmurou.

— Vai se foder! — Gavi jogou uma almofada nele. — Nem é muito.

— Imagina... — Balançou a cabeça. — Vai lá pegar, Fefi, a casa é sua. — Maya disse me olhando.

— Porque ele pode e eu não? — Gavi perguntou, um tanto quanto indignado.

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