capítulo 29 | eu e a Freen somos irmãs?

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Pov-sara

"Lembre-se, Sam. Encontre seu pai..."

Acordei com essas palavras ainda ressoando em minha cabeça. O sol ainda estava nascendo, e a casa estava silenciosa, todos ainda dormindo profundamente. Eu me levantei devagar, tentando não fazer barulho para não acordar ninguém.

Me vesti rapidamente e fui até a cozinha, pegando meu laptop. Sentei-me à mesa, o coração batendo mais rápido do que o normal. Eu precisava descobrir quem era meu pai. Talvez isso me ajudasse a entender os sonhos estranhos e a figura de Amélia que continuava aparecendo.

Abri o navegador e comecei a pesquisar. Coloquei as poucas informações que eu tinha, tentando encontrar alguma pista. Procurei por registros de nascimento, artigos antigos, qualquer coisa que pudesse me dar uma indicação.

Enquanto navegava pela internet, comecei a fazer uma lista mental de perguntas que precisava responder:

- Quem é Amélia?
- Quem é Samantha?
- Como posso encontrar meu pai?

Cada pesquisa parecia me levar a um beco sem saída, mas eu não podia desistir. Algo dentro de mim me dizia que essa era a chave para entender tudo o que estava acontecendo. Estava determinada a descobrir a verdade.

Sara: Talvez eu devesse procurar em registros de hospitais ou tentar localizar antigos conhecidos da minha mãe...

Eu sabia que seria uma tarefa difícil, mas precisava tentar. Continuaria a pesquisa, mas também pediria ajuda a Emma e Becky. Eles poderiam ter insights que eu não tinha considerado.

Finalmente, depois de várias horas e poucas pistas concretas, decidi que era hora de um café. Enquanto a cafeteira funcionava, pensei em como abordar o assunto com Emma e Becky. Precisava ser direta, mas também cuidadosa, para não assustá-las com a intensidade dos meus sentimentos e das revelações.

De qualquer forma, estava decidida. Eu encontraria meu pai e, com sorte, as respostas para todos os mistérios que me assombravam.
Depois de tomar um café, voltei para casa determinada a continuar minha pesquisa. Peguei meu laptop e fui para o quintal, sentando-me no pequeno balanço. Enquanto digitava, senti como se alguém estivesse ao meu lado, mas ignorei a sensação.

Amélia: Você realmente vai me ignorar, minha filha?

Rapidamente olhei na direção da voz. Se eu não estivesse sentada, teria caído para trás. Era ela, a Amélia dos meus sonhos. Mas... ela era um fantasma.

Sara: Espera, filha? Você me chamou de filha?

Amélia: Sim, você é minha filha, minha pequena Samantha.

Sara: Samantha? Não, meu nome é Sara... Oh, não... Não é possível...

Amélia: Oh, minha pequena... Você foi sequestrada quando ainda era pequena. Eu morri quando você tinha apenas alguns anos, e você ficou aos cuidados de uma das minhas amigas, a Nita.

Sara: E sobre meu pai? Quem é ele... ele também morreu?

Amélia: Eu me separei de seu pai quando você era um bebê, mas antes de morrer, descobri que ele já estava com uma nova esposa.

Sara: Com quem? Onde ele está agora?

Amélia: Stefan Robert é o nome do seu pai, minha pequena. Hoje ele é casado com uma mulher chamada Lilith Chankimha.

Sara: Chankimha? Espera... Oh, não!

Amélia: O que foi, minha pequena?

Sara: Lilith Chankimha é a mãe de uma amiga minha...

Meu Deus, isso significa que eu e Freen somos meias-irmãs? Pelo que ela já contou, o pai dela morreu... então meu pai é padrasto dela.

O choque da revelação me deixou sem palavras. Freen, minha amiga, poderia ser minha meia-irmã. As peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar, mas ainda havia muito a descobrir.

Sara: Isso não pode ser verdade...

Amélia: É verdade, minha pequena. Você precisa falar com seu pai e descobrir toda a verdade. Ele pode te ajudar a entender tudo.

Com o coração pesado, percebi que minha vida estava prestes a mudar drasticamente. Precisava contar a Freen, Becky, Emma e os outros, mas como? Eu não sabia por onde começar. As coisas estavam prestes a se complicar ainda mais, mas eu estava determinada a encontrar a verdade e, finalmente, me reconectar com meu pai.

Sara: Mãe... se é que posso chamar você assim. Como que eu estou vendo a senhora? Basicamente, a senhora está morta.

Amélia: Eu sou um anjo, minha pequena. Sempre estive com você.

Assim que ela fala isso, toma uma forma humana, sem asas e sem o brilho celestial.

Sara: Eu... posso te abraçar?

Amélia: Claro que sim.

Corri em sua direção e a abracei. O abraço dela me fez sentir tão bem, tão segura. Sentir os braços da minha mãe ao redor de mim era algo que eu nunca pensei que fosse possível. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, mas eram lágrimas de alívio e alegria.

Sara: Eu senti tanto a sua falta...

Amélia: Eu também senti a sua, minha pequena. E sempre estarei aqui para você, mesmo que você não possa me ver.

Ficamos abraçadas por um tempo, absorvendo aquele momento tão precioso. Finalmente, me afastei um pouco, ainda segurando suas mãos.

Sara: Mãe, eu vou encontrar o papai. Vou descobrir toda a verdade e fazer tudo o que puder para honrar a sua memória.

Amélia: Eu sei que você vai, minha pequena. Você é forte e corajosa. E lembre-se, sempre estarei ao seu lado, guiando e protegendo você.

Com um último abraço, minha mãe se afastou lentamente, desaparecendo como um sopro de vento. Fiquei ali, sentindo a presença dela ao meu redor, determinada a seguir em frente e enfrentar tudo o que viesse. Eu tinha uma nova missão agora: encontrar meu pai e entender a verdade sobre o meu passado.

Is it Destiny?  - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora