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ℛ𝑖𝑐ℎ𝑎𝑟𝑑 ℛ𝑖𝑜𝑠 ℳ𝑜𝑛𝑡𝑜𝑦𝑎 !
Duas semanas depois.
Estou dentro do carro na frente do condomínio da Maitê, vim pegar minha mulher.
Até porque eu não vivo sem, né?
Antes de encostar aqui, eu estava no treino, fiquei pensando lá, o que nós somos?
Não sei.
Porque tipo, as vezes somos só amigos, as vezes somos ficantes, quando ela se estressa somos desconhecidos, mas também somos "namorados".
Será que se eu perguntar ela se estressa?
Acho que sim, mas eu queria muito saber.
Eu poderia só pedir ela em namoro e pronto, somos namorados, mas eu não sei se ela quer, não sei se ela tá esperando eu pedir, não sei se ela só quer ficar, sei lá, não sei nada.
— Vai abrir a porta pra eu entrar ou vai me deixar trancada pra fora nesse sol quente esperando? – Manuela me tira dos meus pensamentos tocando no vidro do carro e eu desbloqueio a porta, em seguida ela senta no banco ao meu lado. — Tá pensando no que?
— Em você – respondo com um sorriso e a deixo um selinho.
— Assim eu me iludo e me emociono, Montoya – responde com um sorrisinho.
Eu falo? Eu pergunto?
— Lá em casa a gente pode conversar?
— É sério?
— Muito. – assinto.
— Tá bom então, mas eu espero que a conversa não acabe com o resto do meu dia. – desbloqueia o celular.
— É, eu também espero.
(...)
Chegamos tem um tempo já, não sei se eu quero perguntar ou não.
Eu não devia estar com medo, sou homem e tanto faz. Mas é esse o problema.
Não existe tanto faz.
Eu gosto da Manu, gosto mesmo, e se eu perguntar e ela falar que somos amigos, não adianta eu esconder algo, eu vou ficar triste, pra caralho.
Vai acabar afetando nossa relação, eu vou querer me afastar e tudo mais, é o meu jeito.
Se ela não me vê como algo a mais, eu não vou conseguir vê-la apenas como amiga se eu continuar com ela ou fazendo o que nós fazemos.
