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Porra, eu estou ficando louco. Pete não sai dos meus pensamentos. A memória da sua bunda se esfregando em mim me consome, e eu não consigo focar no filme à minha frente. Só consigo pensar no Pete e em como eu quero foder ele.

O problema é que eu sou virgem e inexperiente. Já o Pete é bem mais velho e experiente. Pelo menos ele está solteiro agora e parece estar interessado em mim. Na real, nem tenho certeza se ele está interessado ou só está brincando comigo. Não consigo acreditar que um homem tão gostoso como ele estaria interessado em mim.

O filme pareceu uma eternidade, e eu só queria ir embora. Não prestei atenção e muito menos lembro que filme era. Agora, estava tomando um sorvete com a Melissa, ambos em silêncio.

- Gostou do filme? - Ela perguntou, quebrando o silêncio.

- Uhum. - Murmurei em concordância, sem olhá-la.

- Vegas, tá tudo bem? Estou te achando tão diferente e distante.

Eu dei de ombros, tentando evitar qualquer conversa sobre o que estava realmente na minha cabeça. A última coisa que eu precisava era Melissa questionando o que estava se passando comigo. Minhas mãos estavam suando, e o sorvete parecia mais uma distração do que algo que eu realmente queria.

- Tá tudo bem, Melissa. - Respondi, tentando ser o mais convincente possível. - Só... tô cansado. Faculdade, sabe como é.

Ela olhou pra mim, claramente não comprando a minha desculpa, mas decidiu não insistir. Por dentro, eu agradecia. A última coisa que eu precisava era mais perguntas.

Depois do sorvete, eu me despedi rápido. Disse que precisava resolver umas coisas e, sem esperar muita reação, me mandei. O caminho de volta pra casa foi um borrão, minha cabeça ainda girando com as lembranças de mais cedo. Quando cheguei, me joguei na cama, mas sabia que não ia conseguir dormir.

Eu só conseguia pensar nele. No jeito como ele se movia, a confiança que ele tinha. Foda-se, como eu queria ele. Mas aí vinha aquela insegurança do caralho, lembrando que eu sou só um moleque virgem que não sabe porra nenhuma sobre o que fazer com alguém como o Pete.

June entrou no quarto sem bater, como sempre fazia, e me encontrou jogado na cama, encarando o teto.

- Ei, você vai pra academia hoje ou vai ficar aí de preguiça? - Ela perguntou.

- Tô com preguiça, June. - Murmurei, sem desviar o olhar do teto. A verdade é que eu ainda tava meio perdido, pensando no Pete. Aquele desgraçado não saía da minha cabeça.

- Você é um folgado mesmo. - Ela cruzou os braços, me encarando com uma expressão divertida. - E se eu te disser que recomendei essa academia pro Pete, e que ele vai estar lá hoje, no mesmo horário que a gente?

Antes que ela terminasse de falar, eu já tava de pé, pronto pra me trocar.

- Não acredito que você só levanta por causa dele. - Ela riu, balançando a cabeça.

- Cala a boca, June. - Resmunguei, tentando disfarçar meu nervosismo. - Só não quero perder o treino.

Ela deu uma risadinha, mas eu ignorei, focado em me preparar o mais rápido possível. Pete na academia... isso ia ser interessante.

Depois de me trocar, saí do quarto com June, tentando parecer mais calmo do que realmente estava. A ideia de encontrar Pete na academia me deixava ansioso pra caramba, e eu não sabia como lidar com isso. Como é que eu ia me concentrar no treino, sabendo que ele estaria por perto? Aquele maldito me deixa todo desconcertado.

Chegando lá, o ambiente tava movimentado como sempre. Gente suada levantando peso, correndo nas esteiras, tudo normal. Mas meus olhos procuraram por ele assim que entrei, sem querer admitir pra mim mesmo.

Corazón de niño, alma de hombre - VEGASPETE Onde histórias criam vida. Descubra agora