Era uma tarde qualquer e eu estava jogado no sofá, tentando não pensar no que tinha acontecido no concurso. Quando o carteiro bateu à porta, eu estranhei, porque não esperava nada. Peguei o envelope, que não tinha remetente ou qualquer nome, e franzi o cenho. O que seria isso?
Ao abrir, encontrei um pendrive. Minha curiosidade me levou até o quarto, onde joguei o pendrive na mesa, antes de procurar minha câmera. A sensação de que algo não estava certo aumentava a cada segundo, mas eu precisava descobrir do que se tratava.
Depois de conectar o pendrive na câmera, abri os arquivos. Meu coração disparou quando vi os vídeos. O que estava na tela me pegou de surpresa: era o Pete adolescente, sua expressão sonolenta mas ainda sim com lágrimas nos olhos, enquanto Alejandro aparecia ao fundo, como se estivesse em uma cena íntima.
O maldito Alejandro! A angústia tomou conta de mim enquanto assistia. A imagem de Pete, tão vulnerável, me deixou puto. Ele estava sem roupa, sendo tocado por Alejandro de um jeito tão nojento...
Não consegui terminar de assistir. O coração pesando no peito, minha cabeça fervilhava com pensamentos. Eu precisava falar com Pete, precisava proteger ele.
Eu estava prestes a desmoronar, segurando as lágrimas que insistiam em se formar nos meus olhos, quando a campainha tocou novamente. Respirei fundo e fui até a porta. Ao abri-la, lá estava ele: Pete, com aquele sorriso que sempre iluminava meu dia.
Mas porra, tudo o que vinha à minha mente eram as imagens do Pete adolescente, vulnerável, e Alejandro gravando tudo. Meu coração apertou ao encarar aqueles olhos brilhantes, inocentes, sem saber o que eu tinha acabado de descobrir.
- Oi, amor. Esqueci minha carteira no seu quarto. – Disse Pete, entrando e subindo as escadas, sem perceber a tempestade que se formava dentro de mim.
Corri atrás dele, um nó se formando na minha garganta. Quando chegamos ao quarto, Pete viu minha câmera na mesa e fez uma expressão curiosa.
- Você tá tirando fotos? – Perguntou, sorrindo.
Ele pegou a câmera e começou a ver os vídeos. Eu não consegui desviar o olhar, enquanto o pânico se instalava em mim. E então, vi a mudança em seu rosto. O sorriso se foi.
- Quem mandou isso pra você? – Ele perguntou, a voz embargada, enquanto as lágrimas começavam a rolar pelo seu rosto.
Meu coração afundou. Eu não queria que ele visse isso, não daquela maneira. Em vez de responder, apenas me aproximei, tentando encontrar as palavras, mas a culpa e a raiva de Alejandro se misturavam, me impedindo de falar.
- Pete, eu... – Comecei, mas as palavras se perderam. Ele precisava saber que eu estava aqui, que nada iria mudar o que sentíamos um pelo outro, mas naquele momento, eu não conseguia encontrar uma maneira de confortá-lo.
Pete se afastou, a expressão no rosto dele mudando rapidamente para vergonha.
- Você deveria ter nojo de mim. – Ele disse, a voz tremendo. As lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto, e meu coração se partiu ao vê-lo assim.
- Não, Pete, eu não tenho nojo de você. – Respondi, tentando alcançar sua mão, mas ele recuou ainda mais.
- Alejandro obrigava eu a fazer essas coisas. – Ele soluçou. – Às vezes, ele me dopava. E eu odiava isso, Vegas. Odiava cada segundo!
Senti uma raiva fervendo dentro de mim.
- Pete, isso não é sua culpa. Ele é um filho da puta, e você não merece passar por isso.
- Mas as imagens estão lá, Vegas. Como você pode me olhar nos olhos agora? Como pode ainda me querer?
- Porque eu te amo, porra! – Explodei. - Isso não muda quem você é. Você é muito mais do que isso. Você é forte e incrível. Não deixe que essa merda defina você!
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Corazón de niño, alma de hombre - VEGASPETE
FanfictionVegas nunca imaginou que o irmão mais velho de seu melhor amigo, Pete, fosse tão irresistível. Com uma personalidade experiente e sedutora, Pete é também irmão de Melissa a garota por quem Vegas sempre teve uma queda. Muito tímido, Vegas começa a de...