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O estúdio estava silencioso, exceto pelo som da música baixa que preenchia o ambiente. Eu estava sentado numa cadeira, com os braços apoiados no encosto, assistindo o Pete se movimentar pelo espaço com uma precisão que sempre me deixava hipnotizado.

Ele dançava só pra mim, os olhos vez ou outra encontrando os meus, como se soubesse exatamente o efeito que tinha. Era quase como um jogo entre nós. Pete adorava me provocar, e eu... bem, eu caía direitinho toda vez.

Eu sabia que devia estar prestando atenção na técnica, talvez sugerir alguma coisa, mas a verdade é que eu estava completamente perdido, assistindo cada movimento como se fosse uma apresentação feita especialmente para mim. E de certa forma, era.

Pete deu mais uma volta no espaço, parou de frente pra mim, ainda se movendo, e então me encarou, dando aquele sorriso de canto que sempre me deixava nervoso. Ele não precisava falar nada. O jeito que ele movia o corpo, que me olhava, já era provocação o suficiente.

- Você tá me assistindo ou tá só distraído? - Ele perguntou, com aquele tom malicioso que só ele conseguia usar.

Eu dei de ombros, tentando parecer despreocupado, mas sentindo o calor subir pro meu rosto.

- Eu tô prestando atenção.

- Ah, é? - Pete deu mais um passo em minha direção, parando tão perto que eu podia sentir o calor do corpo dele. - Então o que você acha da minha performance?

Engoli em seco, sabendo que qualquer coisa que eu dissesse agora não ia sair do jeito que eu queria. Mas como sempre, Pete sabia exatamente o que estava fazendo. Ele adorava me deixar assim, nervoso, sem saber o que falar.

Então, Pete virou-se de costas, me dando a visão da sua bunda coberta pela calça de moletom. Suas mãos foram de encontro ao cabelo, acompanhando o movimento do seu quadril, que rebolava lentamente até o chão.

Senti meu pau pulsar e engoli em seco, enquanto observava ele rebolar no chão, para depois se levantar, ainda mantendo os movimentos do quadril.

Observei, incapaz de desviar os olhos, cada movimento do Pete. Ele sabia exatamente o que estava fazendo e o efeito que isso tinha sobre mim. Ele dançava com uma mistura perfeita de provocação e sensualidade, fazendo meu coração disparar a cada rebolada.

Ele virou a cabeça levemente para trás, me lançando um olhar malicioso, os lábios curvados em um sorriso de canto. E ali estava de novo, aquela provocação silenciosa, aquela forma dele de me testar, me deixar inquieto, e ele sabia que estava funcionando.

- Tá se divertindo? - Pete perguntou, sem parar de dançar.

Engoli em seco mais uma vez, tentando parecer no controle, mas estava longe disso.

- Você sabe que sim.

Ele riu, aquele som rouco e provocante, e voltou a se concentrar nos movimentos, dessa vez com ainda mais intensidade. Eu sentia meu corpo inteiro reagir a ele, e tudo o que eu queria era me levantar, atravessar a sala e puxá-lo para mim.

Pete não demorou para se aproximar, com aquele sorriso travesso ainda nos lábios. Ele colocou uma perna de cada lado das minhas, sentando-se lentamente no meu colo. Meu coração acelerou no mesmo instante, e eu senti o rosto esquentar. Ele começou a se mover ali, dançando no meu colo.

Eu tentei manter a calma, mas era impossível. Minhas mãos foram automaticamente para sua cintura, sem nem perceber o que estava fazendo, segurando firme enquanto ele rebolava devagar. Meu rosto devia estar vermelho, e eu estava nervoso demais para esconder isso.

- Tá nervoso, Vegas? - Ele provocou, baixando o rosto próximo ao meu.

- Não... - Eu menti, a voz saindo mais baixa do que eu pretendia.

Corazón de niño, alma de hombre - VEGASPETE Onde histórias criam vida. Descubra agora