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- Você é um idiota, Vegas. – Yim falou, jogando uma almofada na minha direção, com um sorriso travesso.

- Olha quem fala! – Rebati, desviando da almofada e jogando uma de volta nele. – E você? Tá parecendo uma criança de cinco anos implicando comigo desse jeito.

Yim riu alto, pegando outra almofada e preparando para me atacar de novo.

- Claro que eu vou implicar, né? O grandão aqui, que sempre se achava o fodão, finalmente tá todo apaixonadinho. – Ele zombou, acertando a almofada em cheio na minha cabeça.

- Ah, vai se ferrar, Yim! ‐ Retruquei, rindo, enquanto me jogava em cima dele na cama, tentando prendê-lo para evitar mais ataques.

Nós dois acabamos rolando pela cama, nos xingando e rindo como sempre fazíamos, sem nenhuma real maldade. Ainda rindo, Yim se ajeitou na cama e me encarou.

- Tá, mas agora me conta... como foi sua primeira vez? – Ele perguntou, com um sorrisinho malicioso.

Eu congelei por um segundo, sentindo meu rosto esquentar imediatamente. Ele não ia me deixar em paz com isso, né?

- Você não tem vergonha na cara não, Yim? – Resmunguei, desviando o olhar, tentando disfarçar o constrangimento.

- Eu só quero saber se você mandou bem! – Ele continuou, provocando. – Porque sinceramente, sempre achei que você fosse mais travado nessa área.

Eu bufei, me jogando na cama ao lado dele, cobrindo meu rosto com as mãos.

- Cala a boca, idiota. – Murmurei, a voz abafada pelas mãos.

- Ah, vai, Vegas! Não precisa ter vergonha, somos amigos, lembra? ‐ Ele insistiu, cutucando meu braço com o cotovelo.

Eu sabia que ele não ia parar até eu responder, então soltei um suspiro profundo ainda sem olhar pra ele.

- Foi... bom, tá? Melhor do que eu esperava. Agora para de perguntar essas coisas, caralho.

Yim soltou uma gargalhada, claramente não satisfeito com minha resposta curta.

- Ah, mas eu quero mais detalhes, Vegas! – Ele insistiu, um sorriso travesso se formando no rosto. – Não vem com essa de "foi bom". Quero saber o que rolou!

Eu tentei me controlar, mas a insistência dele estava me irritando. Me virei de lado, olhando diretamente pra ele.

- Tá bom, Yim! – Rebati, bufando. – Se você quer tanto saber... na minha primeira vez, o Pete... ele... me chupou e depois sentou em mim. Foi no dia do meu aniversário, tá feliz agora?

A expressão de Yim mudou instantaneamente de surpresa para uma gargalhada alta e incrédula.

- O QUÊ?! – Ele quase gritou, sem acreditar. – No seu aniversário? Como é que você não me contou isso antes, cara? Eu tava batendo na porta do Pete naquele dia, procurando por você, e ele disse que não sabia onde você tava! – Yim riu mais ainda, praticamente se dobrando de tanto rir. – E você tava com ele o tempo todo?!

Eu afundei o rosto nas mãos, sentindo o calor subindo pelas minhas bochechas. Claro que ele ia lembrar disso.

- Sim, Yim. Eu tava no quarto com ele... – Murmurei, tentando não demonstrar o quanto isso ainda me deixava constrangido.

Yim não conseguia parar de rir.

- Não acredito que o Pete mentiu na minha cara enquanto ele tava te dando um presente de aniversário tão especial! – Ele continuou, zombando.

- Para com isso, Yim! – Reclamei, já cansado da provocação, mas ele parecia mais animado do que nunca.

- Cara, essa história é hilária! Como é que você não me contou antes?

Corazón de niño, alma de hombre - VEGASPETE Onde histórias criam vida. Descubra agora