Cap.6

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As palavras de Luan soaram como facadas que acertaram em cheio o meu coração

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As palavras de Luan soaram como facadas que acertaram em cheio o meu coração.
Eu pude ter a certeza que lágrimas quiseram invadir os meus olhos, mas eu apenas engoli em seco.
Quer dizer que eu estou paquerando um cara hétero? Não pode ser.
Se ele é hétero, ele vai deixar de ser hoje.

-Caio? - chamou Luan, me tirando dos meus pensamentos.

-Ah, oi! - respondi, terminando de tomar o meu vinho.

-Tá tudo bem? Você ficou estranho depois que eu te disse que era hétero. - falou.

-Ta tudo ótimo, Luan! Não se preocupe. Vamos na praia? - perguntei, querendo sair daquele assunto chato.

Ele concordou e logo fomos em direção á praia.
Ficamos caminhando pela areia, com o pôr do sol batendo em nossas peles, deixando tudo num clima mais calmo.

-Sabe..eu não esperava que você fosse hétero. - falei, achando que era o momento certo para falarmos sobre aquilo.

-Sabe, Caio..eu nunca me envolvi que nenhum homem, já posso até ter trocado ideia com alguns, mas nunca cheguei tão longe com eles, como estou chegando com você. Eu já ouvi diversas frases homofóbicas ou fora de contexto saindo da boca da minha mãe. Eu não suportaria o peso de ser rejeitado pela minha mãe, Caio! Nunca. - desabafou, e eu senti o peso que aquelas palavras tinham.

-Você não é hétero, Luan! Você só tem medo da sua mãe, e eu não te julgo por isso. -disse, tentando tranquilizar ele.

-Que seja! Vamos entrar no mar? - perguntou derepente, e eu obviamente aceitei. Quem recusa um pedido de Luan Alencar?

Deixamos nossas camisas e chinelos na areia e fomos em direção ao mar.
Assim que coloquei o pé dentro de água, senti cada pedaço do meu corpo congelar. Isso é desumano! Que água gelada!

-Vamos, Caio! Vai me dizer que não suporta uma aguinha fria? - falou Luan, já dentro de água.

Como odeio que me desafiem, me joguei dentro de água e fui em sua direção.

-Está me desafiando, mas está morrendo de frio também! - falei vendo o seu queixo tremer.

-Cala a boca! - falou jogando água em mim e nadando para o outro lado.

-Ei, vem cá! - chamei quando ele já estava mais perto, e peguei na sua mão o trazendo para mais perto.

Ali, com a Lua iluminando nosso amor, eu tive a total certeza que era ele.

Levei minha mãos até á sua cintura e com delicadeza puxei para mais perto de mim. Quando já estávamos juntos o suficiente, senti a mão de Luan no meu pescoço. Eu podia sentir a sua respiração se misturando com a minha, e o seu hálito de menta, junto ao meu.

Não aguentando mais, coloquei a mão na sua nuca, e acabei que a distância que faltava para estarmos totalmente conectados.

Luan recuou um pouco no íncio, mas logo se deixou levar pelo momento, e pediu passagem com a língua.

As ondas do mar batiam contra nós, a lua iluminava nos, e as nossas línguas entrelassavam-se dentro das nossas bocas.

Quando a falta de ar se fez presente, puxei os lábios de Luan entre os dentes, finalizando o nosso beijo e colando as nossas testas.

-Isso foi incrível! - falou ele sorrindo.

-Tenha a total certeza que para mim esse momento ficará pra sempre marcado. - afirmei e o puxei para um abraço.

Ele aconchegou a cabeça no vão do meu pescoço e eu susurrei em seu ouvido:

-Um abraço de cada vez, e você descobrirá o amor.

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E finalmente o primeiro beijo dos nossos meninos!

Será que Luan irá se assumir? Ou será que ele continuará pagando de hétero?

A última frase🤏

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