A paixão inesperada

Cap. 32

Casa da Barra/dia 3 (parte 1)

Acordei sentindo um conforto diferente e vozes estranhas ao meu redor.

"Que fofinhos!" "Não acorda eles!" Diziam estas vozes, saindo do quarto.

Assim que o quarto ficou em silêncio, abri o olho para ver o que estava acontecendo, e percebi que não estava na cama.
Eu estava num colchão no chão.

Caio estava atrás de mim, com os seus braços fortes rodeando a minha cintura.

-Bom dia, neném! - disse ele.

-Bom dia, anjo! Pensava que você estava dormindo! - exclamei eu.

-Estava acordado! Não me mechi para não te acordar. - explicou e eu achei fofo.

Me aconcheguei de frente em seus braços e colei meus lábios nos seus, com um selinho de bom dia.

-Se arrepende do que fizemos ontem? - perguntou sorrindo.

-Nunca! Eu tenho a certeza que não poderia me entregar a pessoa melhor. - confirmei.

Caio como o bom emocionado que é, me apertou com força em seus braços, quase me tirando o ar.

-Vamos levantar! Daqui a pouco Carlinhos está aqui. - disse eu me sentando no colchão, sendo seguido por ele.

-Por mim eu ficava aqui para sempre com você! - exclamou me fazendo sorrir.

-Vamos logo, Caio! - pedi me levantando e indo em direção á minha mala.

Tirei toda a minha roupa para fora, e no final, não encontrei nada do que eu queria.

-Ei! Que bagunça! - afirmou Caio, quando chegou perto.

-Se veio para criticar a minha bagunça, pode dar meia volta e ir embora. - disse eu.

-Calma! Está procurando o quê? - perguntou mexendo nas minhas roupas.

-Uma roupa confortável, mas não encontro nenhuma! - exclamei indignado.

-Claro! Nessa bagunça espera encontrar alguma coisa? - questionou.

Peguei a blusa que estava na minha mão e joguei na sua cara.

-Vai me estressar de novo? - perguntei, agora com um sapato na mão.

-Jamais, neném! Quer uma roupa minha? - perguntou ainda rindo do ato anterior.

Afirmei que sim com a cabeça, e ele logo veio em minha direção com uma blusa branca e uma parte debaixo preta.

-Obrigado! - agradeci pegando a roupa da sua mão, e indo em direção ao banheiro.

Escutei ele reclamar alguma coisa ao longe, mas nem dei ouvidos.

Mais cedo, notei que tinha algumas mensagens do meu irmão, e uma chamada não atendida dele.

-Alô, Pyetro? - saudei, assim que retomei a ligação.

-Oi, Luan! Estamos morrendo de saudades suas aqui. - informou alegre do outro lado.

-Eu também, maninho! Não me diga que ligou só para dizer isso? - perguntei, não acreditando que eu irmão faria tal coisa.

-Na verdade eu te liguei porque eu quero que te perguntar uma coisa. - disse me deixando nervoso.

-Que coisa? - perguntei.

-Você está com o Caio? - questionou derepente fazendo meu coração travar.

Um silêncio se instalou naquele cómodo, e a ligação ficou muda.

-Luan, por favor! Para de ficar com outras pessoas, se você quer ficar com ele! Não se preocupe com o exterior. Vocês estão sendo muito amados. O papai está quase criando um fc para vocês, e a mamãe... bom, a mamãe está aprendendo a lidar com tanta exposição, mas eu e a Sara, estamos aqui te apoiando. Afinal, vou ter um cunhado para jogar video game comigo! - exclamou, me deixando surpreso.

Meu irmão e eu, nunca fomos de tantas frases bonitas. Demonstravamos nosso apoio um pelo outro em forma de implicância, e ouvir essas palavras vindas da boca dele, me deixava emocionado.

-Obrigada, Pyetro! Prometo não decepcionar vocês. - agradeci e desliguei a chamada.

Tomei o meu banho com um peso a menos nas costas. Uma sensação de que estava no caminho certo.

Se até o meu irmão pediu para eu assumir Caio, por que eu não assumiria?

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Me perdoem qualquer erro. Este capítulo não foi revisado!

Porquê ele não assumiria? 🧐