Encontrei Ji-su. Ela estava sentada no chão, abraçando os próprios joelhos, com o rosto baixo, chorando de uma forma que eu nunca a vi chorar antes. O que mais me machucava era o fato de eu ser uma das causas do sofrimento dela.
Cada lágrima que descia por seu rosto era como uma facada no meu coração, lembrando-me do quanto eu havia machucado alguém que significava tanto para mim.
Silenciosamente, me sentei ao seu lado, sem saber o que dizer.
Ji-su ergueu sua cabeça, olhando para mim, ela parecia estar com o coração partido pelo segredo mantido em segredo.
- Eu te conheço há tanto tempo, e você achou que poderia guardar algo tão importante de mim? Por que você não confiou em mim o suficiente para me contar?
- Não é tão fácil. - Respondi, deslizando as mãos pelos meus próprios braços em um gesto nervoso.
- Não é tão fácil? Eu pensei que poderíamos confiar uma na outra! - Grita Ji-su, batendo no próprio joelho, me assustando.
- Eu iria te contar... - Comecei a dizer, mas fui interrompida pelos gritos exaltados de Ji-su.
- Quando?! Quando você estivesse se transformando? Isso é tão egoísta da sua parte! Você não pensou que poderia se transformar e matar todos aqui?! Por que você não me contou?... Poderíamos dar um jeito. - Diz ela, chorosa.
Eu não sabia oque dizer, nada que eu dissesse tiraria a razão que Ji-su tem.
- Me desculpe.
- Você não confia em mim? - Pergunta ela, me encarando com o rosto molhado.
- Eu só não queria ficar presa naquele quarto.
- Você sabe que só iria pro quarto se quisesse, você não é perigosa.
- Não sou por que eu resisto.
A cada frase que eu soltava ela chorava por alguns segundos, inconformada.
- Você me machucaria?
- Eu não sei. - Eu estremeci, o peso da culpa e o medo do meu lado monstruoso pesavam sobre mim em saber que estava colocando a Ji-su em perigo por não ter sido honesta. Eu não pensei direito nisso antes. - Me desculpa, eu deveria ter te contado. Só... Não vamos ficar brigadas. A situação tá ruim demais para desentendimentos.
Ji-su não me respondeu, ela ainda chorava, e eu não sabia oque dizer para acalma-la.
Se eu não tivesse metade da culpa por ela estar chorando agora, provavelmente eu estaria enxugando suas lágrimas... Beijando o rosto úmido, tentando acalma-la. Mas eu não podia fazer isso agora.
- Você pode me deixar sozinha? - Pergunta ela, sem olhar para o meu rosto.
Sem responder, me levantei.
- Estarei aqui por perto... Me chame qu- Suspirei. - Quando se acalmar, conversaremos melhor.
Sai do cômodo, era doloroso deixá-la lá, mas ela havia me pedido isso, e eu precisava respeita-la.
Caminhando pelos corredores, desorientada, ouvi um estrondo alto, vindo do pátio principal do térreo.
Me assustei, oque será que foi aquele barulho tão alto?
Caminhei até lá, encontrando os conhecidos, que pareciam bem mais assustados do que eu, ao encarar a situação, entendi o susto.
Um veículo enorme aparentemente do exército havia entrado com tudo para dentro do prédio, e homens, que eu não conhecia, estavam armados, e haviam acabado de matar com um tiro um de seus homens, pelo menos é o que eu acho.
Me desesperei, Ji-su estava longe, não sabia de nada, oque me deixou aliviada. Mas ainda não sabíamos oque aqueles homens vão querer da gente, e isso era amedrontador.
Um dos mais fortes ali, aparentemente, sussurrou algo ao companheiros, que pareciam ter entrados em ação, se espalhando pelo térreo, foi ai que eu realmente me desesperei.
A Ji-su não está em boas condições, mal consegue caminhar, como ela correria de um desses homens, aparentemente super fortes?!
Tentei correr, mas logo tive meu braço puxado por um dos homens, que me jogou no chão.
- Aonde pensa que vai? - Ele riu.
- Seu filha da p- Logo ele me chutou, negando oque eu ia falar, colando seu dedo em sua boca.
- Xiuu.
Eu estava com raiva, medo, e desesperada. Eu espero mesmo que a essa altura Ji-su já tenha se escondido.
Eles nós juntaram no meio do pátio, fazendo um círculo com giz em nossa volta, Ji-su não havia sido trazida para o circulo, sinal que ainda não foi encontrada, pelo menos é oque eu quero pensar.
- Acho que é um pouco maior do que da última vez! - Diz um dos homens ao ver o circulo feito em nossa volta.
- Eu tenho que medir toda vez. - Diz outro homem.
- Essa é a prisão de vocês! - Mais um deles diz, com um grande sorriso no rosto.
Inesperadamente ouvimos um tiro, ao olharmos para trás, haviam atirado na Ji-eun, por estar fora do círculo. Quem eram essas pessoas tão cruéis?
Em momentos assim, a Ye-jin monstruosa lutava dentro de mim para se transformar, mas eu não a deixava cometer tal ato, eu não saberei se ela saíra matando todos ou apenas as pessoas más, não saberei se ela também me escondera pra sempre em meu subconsciente, eu não posso deixa-la ter esse controle.
Ficamos assustados, certificando de estarmos todos dentro do círculo.
Mais um dos homens veio correndo até nós, com a cadeira de rodas, junto ao senhor Han, o jogando dentro do círculo, de maneira cruel, ajudamos o senhor Han a sentar corretamente dentro do círculo.
- Minhas pernas tão doendo. - Diz o homem que havia arremessado o senhor Han, sentando na cadeira do mesmo.
Em quanto isso, o homem que havia atirado na Ji-eun estava lá, rindo da garota, puxando seus cabelos em quanto ela cuspia sangue, irritando o senhor Han, e a todos nós.
- Oque vocês pensam que estão fazendo?! - Grita o senhor Han.
- Vem pega-la! - Diz o homem o provocando.
- Como você pode mata-lá? - Pergunta o senhor Han.
- A vida das pessoas é inútil hoje em dia. - Ele largou o cabelo, a derrubando no chão, o senhor Han estava praticamente chorando.
- Você é emotivo? Hm? Você vai chorar pela morte de cada um? - Riu o homem. - Senhor. Cruzou a linha, vai pra dentro vai! - Ele bateu no braço do senhor Han com a arma, logo o ajudamos a ficar dentro do círculo.
- Ah da pra viver ai! Hm? Só tem um pouquinho menos de espaço. - Diz o chefão, em quanto mastigava um chiclete, com um sorriso no rosto. - Sentem! Vou me apresentar.
Sentamos no chão, bem apertados, tentando não cruzar a linha.
- Meu nome é Shin Jung-seop. Vamos tentar nós dar bem sem precisar brigar.
- Como pode dizer isso! Depois do que fez? Como pode tratar pessoas assim? Acha que somos animais?! - Grita o senhor An.
- Pois é. Mas foi assim que eu aprendi. - Responde ele. - E se fizerem oque eu digo. Eu não mato mais ninguém.
- E então. Oque você vai fazer? - Pergunta o Eun-hyeok.
- Vamos primeiro... Nós conhecer melhor. Aposto que também querem saber sobre nós.
- Então é so falar. - Eun-hyeok se levantou, encarando o homem. - Onde você tava antes de vir aqui? Oque aconteceu lá?
- Eles morreram. Todos.
- Me diga. Morreram? Ou os matou?
- Era uma pequena igreja. Eles a fortificaram bem então eu tive esperanças. Mas todos morreram. Oque é interessante... É que não havia nenhum sinal de monstros por lá. Todos eles se mataram sozinhos. Não é hora de se preocupar com monstros, não acha? Sabe os humanos são... Assustadores! - Riu ele. - Oque foi? - Pergunta ele, ao ver dois de seus homens se aproximarem. - Oque?
- O Ui-myeong disse que você queria me ver. - Diz um deles.
- Não. Não queria. - Negou ele.
- Seu filho da puta!
- Achou alguma coisa? - Pergunta o chefão.
- Uma garota. Ferida. - Estremeci, Ji-su.------
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𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐄𝐑; 𝐘𝐎𝐎𝐍 𝐉𝐈-𝐒𝐔 ꜱᴡᴇᴇᴛ ʜᴏᴍᴇ
Fanfiction𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐄𝐑; 𝐘𝐎𝐎𝐍 𝐉𝐈-𝐒𝐔 ꜱᴡᴇᴇᴛ ʜᴏᴍᴇ ✷ Plagio é 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄 𝄃𝄃𝄂𝄂𝄀𝄁𝄃𝄂𝄂𝄃. ݁₊ ⊹ . ݁˖ . ݁ 🧟♂️ Um fenômeno misterioso de humanos se transformando em monstros ocorre de repente em todo o mundo. Quando esses humanos viram monstros sel...