____ 𝘖 𝘤𝘭𝘪𝘮𝘢 𝘱𝘦𝘴𝘢𝘥𝘰.

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Levaram o senhor desmaiado e o Hyun-su para uma sala, que era trancada pelo lado de fora, impedindo a saída deles caso o pior aconteça.
Eu havia me separado de Ji-su depois de sairmos da creche, eu havia resolvido caminhar pelo térreo para conhecer melhor o local.
O espaço é grande, tirando as lojas, realmente é o melhor lugar para os sobreviventes ficarem.
Se houver uma boa organização e colaboração de todos... Da para ficarmos aqui, não é um ambiente tão ruim.
Mas o clima é pesado, todos estão com medo, estão temendo por suas vidas. E é ainda mais agonizante não sabermos quem será o próximo.
Hoje foi aquele senhor, mas amanhã já pode ser a sua esposa... Ou qualquer outro daqui. Isso é oque mais assusta todos aqui.
Todos tinham seus parceiros com quem podiam confiar, e eu ficava aliviada em saber que eu também tinha a minha. Na Ji-su eu confio até de olhos fechados.
No final da minha caminhada fui ao banheiro, me deparando com Ji-su apoiada na pia, encarando a si mesma no espelho, com aquela expressão, aquela expressão que só eu conhecia.... Ela sempre tinha aquela feição quando lembrava dele, da morte dele.
- Tudo bem? - Perguntei, entrando no banheiro.
De principiante ela se assustou comigo, mas depois ao perceber que era apenas eu, suspirou.
- Tudo sim. - Respondeu ela, se abaixando em direção a pia, molhando o rosto.
Me aproximei dela, secando sua bochecha de forma desajeitada, distribuindo um beijo no local ainda um pouco úmido, logo sorrindo para ela. Naqueles momentos nada que eu falasse diminuiria a falta que ela sente dele... Então eu apenas a conforto, e sinto que isso já a ajuda.
- Eu vou fazer xixi. - Eu disse a ela, que assentiu, logo me direcionei para uma das cabines do banheiro.
Ao me sentar na privada pude ouvir alguém chegando no banheiro, conversando com Ji-su.
- É nojento ver você sendo legal. - Ao reconhecer a voz, vi que era a garota que encontramos na escada. - Você acha mesmo que uma merda de barra de chocolate pode animar ela? - Ji-su riu da fala da garota, algo aconteceu em quanto eu estava na minha caminhada.
- Você fez aquilo pra se sentir bem. - Afirmou a garota.
- Você é a vadia louca por aqui? - Pergunta Ji-su, me fazendo abrir um sorriso, essa é a mulher que eu tenho. - Continua desse jeito sua vadia. - Disse ela, e a garota não respondeu. - Vou estar lá fora Ye-jin! - Gritou Ji-su, saindo do banheiro.
Dei descarga e sai da cabine, não havia mais ninguém no banheiro. Lavei minhas mãos e fui para o lado de fora, a procura de Ji-su.
Assim que a encontrei, estavam servindo o jantar, Ji-su e eu pegamos uma bandeja e nós distanciamos do pessoal.
- Acha seguro ficar por aqui? - Perguntei.
- Não.
- Não? Por que?
- Logo vão ter mais pessoas infectadas, aqui não vai ser mais seguro.
- Pra onde vamos então? Lá fora a situação deve estar pior do que nesse prédio inteiro.
- Ye-jin... Precisamos sobreviver.
- É claro que precisamos... Mas ir pra fora não é uma opção considerável, é sair do portão e morrer.
Ji-su suspirou, começando a comer a pouca comida distribuída na bandeja, estávamos aflitas, desesperadas.
{...}
A noite se passava arrastada, ninguém parecia dormir realmente, todos sempre com um de seus olhos sempre abertos, com medo.
Eu me sentia tonta, alucinada. Poderia ser o sono... Mas eu não conseguia me permitir dormir.
Ji-su, cochilava ao meu lado, me levantei sem incomoda-la, seguindo até o banheiro, me apoiando sobre a pia do mesmo, logo sentindo um forte cheiro de cigarro, estava vindo de alguma das cabines. Aquele cheiro me deixa maluca, desnorteada.
Suspirei, levantando o rosto para o espelho.
Eu fumava cigarros desde de muito nova, era dependente deles... Eu sinto que ainda minto a mim mesma sobre ter conseguido pegar nojo de cigarros, eu sei que... Se me oferecerem agora eu aceitaria antes mesmo pensar.
O cheiro de cigarro ficava cada vez mais insuportável, que porra.
- Quem tá ai? - Perguntei, mas não obtive nenhuma resposta.
Desnorteada, joguei a água fria da torneira em meu rosto, e de repente... Aquele cheiro tentador desapareceu, junto a tontura e tudo oque eu sentia. Oque foi aquilo?
Voltei para o pequeno sofá onde eu estava junto a Ji-su, que ainda cochilava, mas percebeu que eu havia saído e retornado agora, e me encarou.
- Aconteceu algo? - Pergunta ela.
- Não... Apenas fui ao banheiro. - Sorri para ela, logo me sentando no sofá, deitando ela sobre o meu peito, beijando sua cabeça. - Eu te amo... E eu te prometo que farei de tudo para sobrevivermos.
Ela assentiu, se aconchegado.
- Eu também. - Concluiu ela.

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Esse capítulo está mais curtinho.🫣

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