Rapidamente neguei balançando minha cabeça, eu precisava aceitar que nada naquilo era real, nada.
A Ji-su de verdade estava lá dormindo comigo. Eu não posso abandona-la desse jeito. Não posso abandona-la para viver em uma mera ilusão.
- Você é mesmo muito burra... Você não tem nada a perder! Vai ver aqui com todos que ama! - A mesma voz sussurra novamente.
- NÃO! - Gritei, batendo na mesa onde eu estava sentada.
Tudo aquilo de repente se desfez, e eu acordei, assustada. Minha respiração estava acelerada e eu rapidamente procurei por Ji-su, logo sentindo seu peso.
Ela estava deitada sobre o meu peito, suspirei aliviada, me curvando levemente para beijar sua cabeça.
- Tá acordada? - Pergunta ela. - Tem que dormir.
- Você também tem.
- Oque aconteceu? - Ela pergunta, virando o rosto para cima.
- Nada. - Menti.
- Está ofegante.
- Estou?
- Eu estou deitada sobre o seu peito, e ele não para de subir e descer.
- Eu tive um pesadelo... Mas eu já acordei, estou melhor.
- Não precisa esconder nada de mim Ye-jin.
- Eu sei. Me desculpa.
Ela assentiu, sorrindo para mim, logo abaixando a cabeça, se aconchegando novamente em meu peito.
{...}
Não era todos os dias que recebíamos café da manhã. E hoje foi mais um desses dias.
Logo de manhã Eun-hyeok chamou alguns de nós para uma reunião.
Lá estava Eu, Ji-su, Jae-heon, Sang-wook, Hyun-su, o senhor Han e é claro, o Eun-hyeok.
- O tanque de água foi contaminado antes do prazo que previ. - Diz Eun-hyeok, com uma folha de papel nas mãos. - E a comida está acabando, dura só mais cinco dias. Nós precisamos de uma ideia rápida, então... O senhor Han está trabalhando na van para fortifica-la, para então conseguirmos sair daqui em segurança. Em quanto isso, precisamos organizar os alimentos e pensar em outras soluções.
- O famoso plano B. - Comentei.
- Vamos sair e procurar a loja de conveniência mais próxima. - Continua Eun-hyeok. - Vou comentar mais tarde com detalhes junto com os outros. Só ajudem na organização dos alimentos que ainda restam agora.
As vezes nem parece que estamos a dias aqui, a ponto de todo aquele mercado já estar na escassez de alimentos, e a água contaminada. Isso é desesperador.
Fomos para o estoque do mercado, colocando aquela comida organizadamente em caixas de papelão.
Percebi que Ji-su parecia sentir a mesma dor que a dor que sentiu quando estávamos no estacionamento, ela está com a mão perto da costela o tempo todo, me deixando preocupada. Mas toda vez que eu perguntava, ela dizia não ser nada. Oque obviamente era mentira, mas eu não insistirá.
Em quanto organizávamos os alimentos, um cara entrou no estoque, muito assustado, começando a brigar com todos nós.
- Parem agora! - Diz ele. - Acham que eu não ia perceber que vocês iam fugir?
Olhamos para ele sem responder nada, esperando ele terminar de falar.
- Me da a minha parte agora! - Ele levanta a voz, pegando para si alguns pacotes de comida que Jae-heon segurava.
- Por favor senhor, para! - Diz Jae-heon
- Merda! Eu não posso confiar em mais ninguém! - Diz ele, pegando mais pacotes que estavam dentro da caixa.
- Se acalma! Vamos conversar! - Jae-heon tentou parar o homem, mas com um dos braços no estado que estava, não conseguiu, sendo empurrado por ele.
- Seu merda! Não encosta em mim. - No mesmo instante ele abriu um canivete na direção de Jae-heon. - Eu não vou morrer aqui desse jeito. Eu vou sair daqui sozinho. - Ele logo aponta o canivete para Eun-hyeok - Você!A chave do carro.
Ele caminhou até Eun-hyeok empurrando algumas caixas do caminho, ainda apontando o canivete, fazendo-o nós que estávamos próximos nós distanciarmos.
- A chave do carro! A chave do carro agora! Me da a chave! Seu filho da...
Sua fala foi interrompida quando Sang-wook o agarrou pela camiseta o jogando contra a mesa onde organizávamos toda a comida, socando o rosto do homem. Jogando ele para fora do estoque.
- Maldito! - Grita o homem, em quanto era puxado por Sang-wook
- Então vai. Sai. - Diz Sang-wook, que estava de frente para a porta do estacionamento, por onde iríamos sair.
O homem começou a gritar, desesperado.
- Você não sabe como é! - Grita ele. - Sentir a sua vida na mão dos outros!
Todos já estávamos lá fora, e o resto do pessoal do térreo muito curiosos e fofoqueiros, já haviam se juntado ali também.
- Oque está fazendo? - Pergunta o senhor An. - Não tem vergonha nem das crianças?
- Oque importa a idade agora?! Todo mundo aqui vai morrer de qualquer jeito!
O senhor An caminhou até ele, negando.
- Não. Nem todos nós. Pessoas como você, que agem com estupidez por medo, são as que morrem primeiro. - Ele diz, agachado em frente ao homem, batendo em sua perna. - Se decomponha! E vá cuidar da sua vida.
Para não acabar deixando todos assustados, Eun-hyeok já os chamou para a reunião, para explicar o plano a todos e nada acontecer novamente, como aconteceu agora.
Nós reunimos na creche, sentamos todos no chão em quando Eun-hyeok estava de pé no centro da sala.
- Precisamos... Nós aventurar lá fora. Só temos alimentos pra mais cinco dias. Vamos procurar a loja de conveniência mais próxima.
- Isso não é muito perigoso? - Pergunta Jae-heon, e logo alguns da sala concordam.
Fiquei me perguntando o por que da pergunta agora, já havíamos tido a mesma reunião algumas horas antes.
- Fizemos algumas preparações. O senhor An observou a área, e o senhor Han tá trabalhando no nosso carro.
- Espera ai quatro-olhos. - Um rapaz o interrompe. - Quem vai então? Vamo jogar no palitinho?
- É uma missão importante. Pra termos sucesso os mais capazes irão.
E assim a reunião encerrou, Eun-hyeok nós avisou que já estava em mente das pessoas que iriam, e que o nosso sucesso poderia ser alto, assim, aliviando um pouco o desespero e medo das pessoas.
Me separei de Ji-su, fui ao banheiro em quanto ela foi para algum lugar que eu ainda não sei.
Depois de fazer minha necessidades eu fui lavar as minha mãos, e ao olhar rapidamente ao espelho eu vi ela de novo, lá estava a Ye-jin maligna, sorrindo para mim, com aquele horríveis olhos pretos, que me deixavam apavorada.
Rapidamente desviei o olhar para a pia, mas ao abrir a torneira me deparei com a água preta, é verdade. Havia me esquecido, o tanque de água foi contaminado. Fechei a torneira e abaixei o meu rosto, me distraindo do que havia acabado de acontecer.
Fui procurar por Ji-su, que não estava em nenhum dos lugares que sempre ficávamos, então procurei em lugares menos óbvios, e a encontrei junto com Hyun-su, ela estava com um violão, que ao reparar, tinha apenas quatro cordas, e mesmo assim ela conseguia fazer uma melodia maravilhosa com aquilo.
Percebi que o Hyun-su apenas apreciava, estavam quietos, então também fiquei quieta, me sentando ao lado deles.
Ji-su sorriu, parando a música.
- Ei! Não pare só por causa de mim. Continua! Eu quero ouvir. - Disse eu.
- É Sweet home. - Diz ela
- Sweet home?
- O nome da música. Foi ele que escolheu.
- Bom nome. - Os dois sorriram, e logo eu também.
Ji-su voltou a tocar, e então apreciando a melodia, realmente me senti em casa, era um som reconfortante... Doce lar.------
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖. 愛 𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐄𝐑; 𝐘𝐎𝐎𝐍 𝐉𝐈-𝐒𝐔 𝄃𝄃𝄂𝄂𝄀𝄁𝄃𝄂. ݁₊ ⊹ ꜱᴡᴇᴇᴛ ʜᴏᴍᴇ . ݁˖ . ݁ 🧟♂️
Fanfiction𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖. 愛 𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐄𝐑; 𝐘𝐎𝐎𝐍 𝐉𝐈-𝐒𝐔 𝄃𝄃𝄂𝄂𝄀𝄁𝄃𝄂𝄂𝄃. ݁₊ ⊹ ꜱᴡᴇᴇᴛ ʜᴏᴍᴇ . ݁˖ . ݁ 🧟♂️ ✷ Plagio é 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄! 𝄃𝄃𝄂𝄂𝄀𝄁𝄃𝄂𝄂𝄃. ݁₊ ⊹ . ݁˖ . ݁ 🧟♂️ Um fenômeno misterioso de humanos se transformando em monstros ocorre de repent...