____ "- 𝘗𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘢-𝘭𝘢 𝘷𝘪𝘷𝘦𝘳 𝘯𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘭𝘶𝘨𝘢𝘳 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦..."

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Mais tarde, descobriram que Jae-heon havia fraturado o osso do braço em quanto lutávamos contra todos aqueles monstros, agora ele precisa fica com o braço imóvel, com um curativo improvisado.
Jae-heon é um dos mais fortes aqui, e ele nessas condições, poderia ser um problema para nós caso algo acontecesse.
Estou no banheiro com Ji-su, limpando a poeira de seu rosto com um papel higiênico molhado.
- Você está bem? Oque foi aquilo estacionamento? - Perguntei, passando o papel molhado em sua bochecha, logo em seguida secando com um papel seco.
- Eu estou bem... Não foi nada. - Diz ela, olhando para o meu rosto.
- Você tem certeza?
- Uhum... Não foi nada.
Assenti, continuando a minha limpeza em seu rosto.
- Gostei do seu cabelo assim. Nem parece que foi um corte inesperado e mal feito.
- Jura? - Ela ri, passando as mãos nos cabelos agora curtos.
- Eu já te disse um milhão de vezes... De qualquer jeito você é linda.
Ela sorriu, sem jeito.
- Já devem estar distribuindo o jantar, é melhor irmos comer... Mesmo não sendo a melhor coisa do mundo.
Ela assentiu.
- Lembra da última coisa realmente gostosa que comemos? Foi o seu almoço... - Diz Ji-su.
- Nosso almoço. Fizemos juntas!
Ela riu, então concordando.
- Ah... Realmente, um almoço daqueles seria maravilhoso agora. - Comentei, salivando.
- Poderíamos ter aproveitado mais.
- Não sabíamos oque iria acontecer, não vamos culpar nosso passado. - Sorri para ela, então entrando na loja onde haviam montado o refeitório dos sobreviventes.
Pegamos nossa bandejas e fomos servidas com a pouca comida sem graça e sem vida.
Até um miojo seria melhor que isso.
Saímos com nossas bandejas até qualquer banco que encontrássemos no térreo.
- Pensando positivo, só estamos de pé por causa dessa comida - Comenta Ji-su, rindo
Ri junto com ela, acabando com a comida em exatas cinco colheradas rasas, não me sentia satisfeita, mas meu estômago precisava se acostumar com isso.
Meu estômago era um tanto mimado por mim, eu odiava comer coisas que não me fizessem bem, como fast foods e coisas relacionadas, eu gostava de comer saudável para me manter uma pessoa saudável, não quero ser um ser miserável que não se preocupa com a própria saúde e a alimentação, é aquele famoso ditado, você é oque você come, e isso é verdade.
Desde que parei de fumar, mudei completamente o meu estilo de vida, eu queria viver mais, por que eu tinha dois exatos motivos para viver a minha vida ao máximo.
A Ji-su e a minha família, especificamente os meus pais, eu preciso ter uma vida na qual eles teriam orgulho.
Mas parece que tudo foi por água abaixo. O mundo está um caos e eu estou resistindo a uma transformação.
Me sinto culpada por não contar a Ji-su sobre isso... Mas eu não consigo. Sei que ela vai sofrer se souber que até já tive visões. Diferente dela, que apenas teve aquele surto, e depois mais nada, oque acontece com muitos.
Muitos aqui já tiveram sangue jorrados pelas narinas, mas depois mais nada.
Já eu... Tive visões, conversas com esse ser que vive dentro de mim, e quase uma transformação.
É assustador até para mim, imagine para ela.
Eu vou contar a ela um dia... Eu só preciso me preparar.
- No que tanto pensa? - Ela pergunta com aquela voz mansa, com aqueles olhos brilhantes e maravilhosos que encaravam os meus.
- Como você ficaria se eu morresse? - Perguntei, tentando não assusta-la.
- Por que está me perguntando isso?
- Perguntou no que eu estava pensando.
- E por que está pensando nisso? É triste.
- Por que eu queria saber... Podemos perder uma a outra a qualquer momento.
- Mas isso não vai acontecer, eu já disse que faço de tudo para sobrevivermos Ye-jin.
- Eu entendo sua vontade, mas não é assim que funciona, não escolhemos nossa transformação, escolhemos?
- Mas podemos resisti-la. - E era isso que eu estava fazendo.
- Eu sei que podemos, mas e se não conseguirmos? Querendo ou não, não estamos pensando no pior.
- É claro que estamos! Eu pelo menos penso todos os dias.
Suspirei, encarando o chão. Eu não sei oque faria sem a Ji-su.
- Sinceramente, eu não lembro qual era a graça da minha vida quando você não estava nela. Eu consigo me recordar das inúmeras vezes em que me vi no terraço de um prédio pronta para pular.
- Oque lhe impedia? - Perguntou ela, colocando sua mão gelada em meu ombro, olhando para a minha cabeça que estava baixa.
- Eu não sei, mas nunca tive coragem de pular.
Ela continuava a me encarar, até que a encarei de volta.
- Você me tirou do fundo do poço Ji-su.
- Não... Você se tirou do fundo do poço sozinha. Você se livrou de um vício em cigarros sozinha, sem a ajuda de ninguém, você sempre trabalhou duro para conseguir oque quer... Você se tirou do poço Ye-jin, eu apenas a encontrei já do lado de fora.
Ri da mesma, percebendo a verdade que havia acabado de sair de seus lábios. Senti vontade de agarra-la e beija-la até perdermos o fôlego, mas esse jantar que acabamos de comer não deve ter deixado ambas com um hálito agradável... Então apenas assenti, aceitando oque ela havia dito. Eu me tirei do fundo do poço sozinha, e ela estava apenas do lado de fora. Onde a encontrei, e finalmente em muito tempo, vi sentido na minha vida.
- Nunca cansarei de dizer que te amo. - Disse eu a ela, pegando sua mão que descansava em sua coxa, beijando a mesma.
- Eu também te amo. - Ela sorriu, logo se levantando. - Quer ir deitar?
Balancei a cabeça em concordância, me levantando com ela.
Levamos as bandejas sujas até o refeitório novamente, e depois fomos até o nosso famoso sofá.

{...}

Acordei em um lugar totalmente diferente, era um quarto branco, sem portas e nem janelas, e não tinha fim. Me assustei, eu ainda estava dormindo certo? Estou no meu subconsciente mas ainda estou dormindo, eu não me transformei, né?
- É claro que está Ye-jin... Você é um pouco burra. Se você tivesse se transformado estaria em algum outro lugar bem feliz com a sua família, não em um lugar sem graça como esse.
Olhei para trás, uma copia de mim estava lá, com exceção dos olhos inteiramente pretos, oque eu não tinha.
- Eu te trouxe aqui para te mostrar como é sem graça viver por aqui. Você não tem absolutamente nada para fazer. Você é muito vazia Ye-jin.
- Eu não tenho culpa, se vire com os seus pensamentos e viva aqui!
- É assim que me trata? Você é realmente muito má. Estou colaborando com você até demais. Você sabe que eu posso fazer a Ji-su descobrir tudo em menos de um minuto! Em um estralar de dedos.
- Você não teria coragem.
A criatura riu, se aproximando de mim.
- Eu teria sim, e muita.
- Pare de me ameaçar.
- Já que te mostrar a miséria em que vivo não amolece seu coração ruim, vou mostrar oque vai ter se aceitar a minha oferta, você não vai se arrepender.
- Eu não quero ver a falsa ilusão com a minha família. Eles já estão mortos, não tenho mais nada a viver com eles, nem em uma ilusão. Não me iluda!
- Pare de reclamar e venha comigo. - Ela agarrou meu braço, me puxando para uma direção específica no quarto branco sem vida.
De repente, abri os olhos em uma sala de jantar, e estava sentada na mesa, Ji-su estava ao meu lado, com um sorriso enorme e contagiante.
Meus pais sentavam lado a lado e brincavam com um bebê que estava em um carrinho próximo deles.
Meu irmão, meu pititico irmão aparece na sala de jantar, alto e velho, bem mais velho do que a última vez que vi ele.
Meu coração doía, doía de saudades.
- Quero ver o meu sobrinho! - Diz o meu irmão, correndo até o carrinho, pegando o bebê no colo.
Sobrinho? Aquele era o meu filho?
- É claro que o primeiro filho, sobrinho e neto vai ser muito mimado, cuidado para não crescer rebelde Ye-jin!
Encarei meu pai dizer, de forma brincalhona.
Percebi que seus cabelos e a barba já estavam brancas. Assim como o cabelo de minha mãe. Como isso é possível... É tão real! Não parece que estou vivendo uma ilusão.
- Por que está tão quieta? - Pergunta Ji-su.
Eu ainda encarava meus pais e o meu irmão, que segurava aquele lindo bebê, quando percebi que meus olhos estavam cheios de lágrimas prestes a caírem.
- Posso deixa-la viver nesse lugar para sempre, é só aceitar a minha oferta, se entregue a mim Ye-jin! - Ouço um sussurro em meu ouvido.

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