A manhã era fresca, o medo ainda permanecia em nossos corações e na nossa mente.
Recebemos uma simples refeição, para aguentarmos até o jantar, que também não era lá grande coisa.
- Você dormiu bem? - Perguntei a Ji-su.
- Para me sentir totalmente descansada não.
Suspirei, não aguentava vê-la assim, com medo, sono, angústia, desesperada pela vida.
- Eu também. - Suspirei, concordando com ela.
Ji-su e eu decidimos ficar no térreo, mas queríamos nós mesmas garantir nossa segurança; Fazendo uma escrita de S.O.S enorme para pendurar no prédio.
Pegamos algumas latas de tinta spray vermelha no mercado e muitos tecidos brancos para remendarmos.
- Pra onde vocês vão? - Pergunta Jae-heon, em quanto remendávamos os panos.
- Ji-su queria ir pra outra lugar. - Respondi
- Logo vão ter mais pessoas infectadas, não vai ser seguro aqui! - Diz Ji-su
- É mais seguro do que lá fora! - Responde Jae-heon, e então concordei com ele.
- Vamos ficar por aqui. - Respondi.
- E oque vocês estão fazendo? - Pergunta ele.
- Garantindo nossa sobrevivência. - Responde Ji-su. - Por que não vem ajudar logo?
- Tá. - Ele assentiu, colocando a katana que sempre andava com ele na parede.
- Vamos pendurar um pedido de socorro no prédio. - Falou Ji-su, chacoalhando as latas de tinta.
Remendamos todos os panos, os deixando em um tamanho ótimo, bem grande.
Com algumas latas de tinta conseguimos pintar as três letras, um trabalho longo.
{...}
- Vão mesmo subir no terraço? Pelas escadas? - Jae-heon pergunta.
- Não temos nada pra fazer aqui em baixo, se formos rápidos não vamos demorar nem uma hora de ida e volta. - Respondi.
- Vamos logo. - Ji-su pegou o taco e caminhou em direção a porta das escadas.
Eu e Jae-heon apressamos os passos atrás de Ji-su, eu não queria que ela fosse na frente, é perigoso.
Dali eu era a mais vulnerável, estava carregando aquele pano enorme nas costas.
As escadas estavam tranquilas, e isso era ótimo, não teríamos que lutar com nenhum monstro.
Nosso cuidado para subir era alto, podíamos bater de frente com algum mostro de repente, então subíamos com muita cautela.
Chegamos no terraço com sucesso, nada nós botou medo, nada nós atrapalhou.
Estendemos o pano no prédio, o prendendo com a ajuda de pesos.
Olhei para baixo, tudo estava um caos, igual aos filmes de apocalipse, a cidade estava acabada.
- Será que você ainda vai conseguir voltar pra sua casa? - Pergunta Ji-su, encarando a cidade, ao meu lado.
- Você é a minha casa, Ji-su. - Olhei para ela, sorrindo. - Nada é mais importante que você na minha vida.
Ela sorriu, assentindo.
Logo nós lembramos que Jae-heon também estava conosco, então retomamos a consciência, colocando mais pesos para segurar o nosso pedido de socorro.
Ao observar Ji-su, eu via que tudo que eu senti por ela quando nós conhecemos ainda estava aqui, ainda estava aqui.
Mas algo me da um aperto na garganta, aquele sentimento de que o mundo já não é mais o mesmo me mata por dentro.
Qual será que é o motivo de tudo isso? Deus?
As pessoas foram ruins demais? Vamos pagar nossos pecados com nossas próprias versões ruins escondidas nas ruínas do nosso corpo?
São imensas perguntas... E poucas respostas.
Os seres humanos são seres malditos, talvez merecessem tal punição.
Eles são mentirosos, egoístas, destrutivos, caóticos, enganadores, ambiciosos... Todos merecem o caixão.
Essa crueldade, ela é precisa... No fundo todos sabemos disso, os humanos merecem isso! Devemos pagar por todos os mal feitos que cometemos durante a nossa vida.
Esses monstros... Eles não são ruins, só mostram quem realmente nós somos, a nossa verdade escondida em um rosto bonito.
- Ye-jin? - Chama Ji-su, passando a mão em frente ao meus olhos.
Oque acabou de acontecer... Que pensamentos foram esses?
- Você está bem? Ye-jin? - Pergunta ela novamente.
- Eu estou... Estou bem. - Sorri, me agachando para pegar uma pedra para colocar em cima do tecido pendurado no prédio.
{...}
Voltamos ao térreo, tomando o mesmo cuidado de antes, e tivemos a mesma sorte, nada nós atrapalhou.
Chegamos rapidamente no primeiro andar, as pessoas estavam agitadas, algo havia acontecido. Mas aparentemente já havia sido resolvido.
Eu e Ji-su fomos para o banheiro, lavamos nossas mãos e o nosso rosto, em silêncio.
- Eu ainda tenho alguns chocolates na minha mochila... Você quer? - Perguntei a ela, que recusou.
- É melhor guardarmos. - Sorriu ela, se aproximando para um beijo.
Em uma situação como a que estamos, já não reparávamos mais nos dias sem banho e no mal hálito, se amamos aquele alguém, nada nós impedira de darmos um beijo, que consequentemente pode ser o último.
Nosso beijo foi rápido, mas muito mais apaixonado do que qualquer outro que já tivemos. Então essa era a sensação de um beijo intensamente apaixonado?
Fomos até o sofá presente no térreo, descansando as pernas depois de muitas escadas subidas e descidas.
Estava quase na hora de servirem o jantar.------
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