Capítulo 07. Em família.

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Layla voltou aos seus afazeres. Enquanto refletia sobre o que aconteceu com Lucca, preparava alguns biscoitos para Enrico, já familiarizado com seus favoritos. Organizando tudo na bandeja, ela subiu as escadas. A porta do quarto de Enrico estava entreaberta, então ela a empurrou suavemente com o pé. O som da água correndo na pia do banheiro indicava que ele estava ali.

— Senhor, seu chá — Layla chamou, posicionando-se próxima à porta do banheiro.

— Só um momento — respondeu Enrico.

Layla começou a tirar os itens da bandeja e a colocá-los na mesa do quarto, organizando-os com cuidado. O ambiente tinha um ar de intimidade que a fez se sentir ligeiramente nervosa. Ela olhou ao redor, apreciando a decoração discreta e elegante do quarto, refletindo a personalidade de Enrico.

Enrico saiu do banheiro novamente com uma toalha enrolada na cintura, seu corpo ainda úmido do banho. Ele era a personificação da sensualidade, com músculos bem definidos e uma presença que exalava confiança e magnetismo. Cada movimento parecia deliberado e natural, como se ele estivesse perfeitamente ciente do impacto que causava. Uma tatuagem intrincada adornava seu peito, normalmente ficava escondida e muitas vezes pelas camisas sociais que costumava usar. A tatuagem dava um toque de mistério e rebeldia a sua aparência sofisticada, aumentando ainda mais sua aura sedutora.

Layla não pôde deixar de notar como a água escorria lentamente pelos contornos esculpidos de seu corpo, ressaltando ainda mais seu físico impressionante. O ar ao redor parecia vibrar com a tensão silenciosa entre os dois, enquanto Enrico, com um leve sorriso nos lábios, pegava o chá que ela havia trazido, seus olhos castanhos fixos nos dela.

— Eu já vou. — Disse ela com sua pele levemente ruborizada.

— Relaxa, você viu tudo que eu tenho aqui. — Ele se sentou na cadeira ainda com a toalha sem ligar para o constrangimento de Layla — Sente-se por favor.

— O que? — Enrico não disse nada, apenas encarou ela se sentar na cadeira.

— Então, eu soube que você está sem telefone celular. — Layla abaixou a cabeça. Enrico entregou um telefone para ela — Fiquei, tem meu contato, do meu pai também, qualquer coisa que precisar estou a seu serviço.

— Por que está fazendo isso? — Layla o encarou e pegou o telefone.

Algumas horas antes...

Don Corallo estava sentado em sua poltrona quando Enrico entrou, ele estava com uma aparência se sentou no sofá ao lado do pai, esperando suas ordens.

— Filho, você sabe que confio muito em você. — Corallo encarou o filho que se sentia extremamente orgulhoso de si. — Há uma moça nova, Layla. Bom ela é uma menina muito boazinha e doce.

Enrico se sentiu um pouco desconfortável com os comentários de seu pai, era estranho, será que ele estava interessado em Layla?

— Então, ela vendeu o celular para vir para cá, quero que compre um aparelho de telefone pra ela, bonito, rosa, essas coisas de mulherzinha — Don Corallo gesticulava tentando explicar seu gesto machista. — Gosto desta menina, me lembra a minha bisnonna.

— Irei seguir suas ordens Don Corallo. — Enrico sentiu um certo alivio, estranhamente.

— Sabe filho, eu entendo sua vida e que você ficou mal depois que perdeu sua noiva, mas está na hora de crescer, me dar netos Enricos. — Corallo acendeu um charuto e tragou longamente — e você tem que arrumar alguém como a Layla, uma moça bonita, forte, de fibra. Dar herdeiros aos nosso império.

Enrico encarou o pai, ele falava sério. A alguns anos pedia para Enrico se casar, arrumar uma moça já que havia tantas a disposição.

— Pense nisso. Pode ir — Corallo acenou para Enrico o mandando embora e o rapaz assim fez.

A garota do CapoOnde histórias criam vida. Descubra agora