ONE.- CHAPTER ONE

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                                     ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 1

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                                     ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 1...     
                                     𝔄𝔫𝔬𝔰 𝔞𝔱𝔯á𝔰...
                                         2013
                                    𝔐𝔦𝔞𝔪𝔦-𝔉𝔩ó𝔯𝔦𝔡𝔞
                                           🧛🏻‍♀️.

Corro ofegante pelo grande jardim. A adrenalina percorre por minhas veias. O vento bate em meu rosto causando-me uma sensação maravilhosa.  Um grande sorriso nasce em meu rosto instantaneamente. Eu realmente amo isso. Eu realmente amo eles. Eu realmente amo ele.

Papai e mamãe trouxeram-me até a mansão Withe hoje mais cedo. Eu e os garotos, Davi e Levi, estamos brincando de enconde-esconde. Quem está nos procurando é Levi e eu e Davi estamos tentando nos esconder.

Eu e os meninos nos conhecemos há pouco tempo. Os conheci na noite em que seus pais foram jantar em minha casa, eles trabalham numa grande empresa assim como meus pais, provavelmente se conheceram em alguma reunião de uma das empresas e decidiram que seria uma boa conversar sobre esses assuntos chatos de adultos.

No começo eu achei que não me daria bem com Levi e Davi, já que eles chegaram em minha casa de braços cruzados e cara fechada. Era nítido que haviam sido forçados a estar naquele ambiente.

Não queria parecer apenas mais uma garota chata que queria fazer amizade com eles apenas para força-los a brincar de boneca comigo, então, decidi ficar quieta no meu canto.

Mas então, fui surpreendida com Davi vindo em minha direção e abrindo um grande e caloroso sorriso para mim. O garoto se apresentou e perguntou-me se eu não queria brincar com ele e seu irmão, que até então, ainda encontrava-se parado no mesmo lugar desde quando havia chegado.

De imediato eu aceitei, já que queria muito brincar com eles. Davi então caminhou até seu irmão e puxou-o pela camisa, trazendo-o até onde eu estava. O garoto que havia vindo em minha direção por conta própria, apresentou-me para seu irmão gêmeo.

Em poucos segundos percebi o olhar pesado de Levi sobre mim. Não pude evitar de corar. Ele parecia não gostar tanto de mim, não que Davi gostasse, até porque, havíamos acabado de nos conhecer, entretanto, eles são diferentes um do outro, apesar de serem idênticos em relação a aparência; Davi parecia ser espontâneo, em seu olhar é possível enxergar alegria, enquanto por outro lado, o olhar de seu irmão transmite tédio, o que parecia deixar mais fácil diferencia-los. Embora isso nunca tenha sido um problema para mim.

Levi até então não havia esboçado nenhuma reação, nada que mostrasse que ele queria estar ali naquele momento. Por mais que fosse evidente que nenhum dos dois realmente queriam.

E então, peguei a mão de Davi e logo depois, a mão de Levi, e os puxei delicadamente até o andar de cima, onde fica meu quarto. No mesmo instante pude sentir o calor da mão deles abraçando as minhas e, por algum motivo... me senti segura. A mão de Davi era quentinha e se entrelaçou na minha mão de imediato. Já a mão de Levi era fria, e permaneceu ereta, ele não moveu um músculo sequer desde que o toquei.

Ele é estranho.

E foi a partir deste momento, que viramos melhores amigos, e cá estamos nós.

Não faz tanto tempo que nos tornamos amigos. Na verdade, faz poucos meses. Mas, nesses poucos meses, posso dizer que nos tornamos bem próximos. Sem contar que Levi não é tão fechado quanto eu pensei que fosse no dia que nos conhecemos. Ele apenas não tinha motivos para mostrar sua outra versão ao meu lado, já que havíamos acabado de nos conhecer.

De repente, sinto uma mão fria puxar-me pela cintura, fazendo com que eu bata minhas costas na parede instantaneamente.

Achei que ele demoraria mais para me encontrar.

—  Você realmente não é nada boa em se esconder, vampirinha.

— Isso não é justo, Levi! - Digo fazendo biquinho.

—  Claro que é, eu não tenho culpa se você não sabe se esconder. - Um lindo sorriso faz-se presente em seu rosto fazendo-me corar no mesmo instante.

Por que ele me causa essas sensações estranhas? Não sinto isso com Davi.

— Vamos lá, vampirinha, admita que perdeu. - Seu corpo mais alto que o meu prensava-me contra parede.

Uma de suas mãos estava encostada na parede ao lado de meu rosto enquanto a outra fazia um leve carinho em minha cintura.

— Tudo bem, Levi... Eu perdi. - Dou-me por vencida, sentindo meu rosto corar.

E então, vejo seu olhar que antes continha divertimento, ficar sério e seu sorriso desmanchar aos poucos de seus lábios.

Agora ele apenas me encara.

Será que eu falei algo de errado?

— Levi, está tudo bem? - O garoto à minha frente não diz nada, encarando-me freneticamente, como se o mundo ao seu redor tivesse desaparecido por um breve momento.

Tudo bem, ele está começando a me assustar.

— Levi...

— Vampirinha...- O garoto finalmente diz alguma coisa. —Quero te dar uma coisa. - Vejo ele desviar o olhar de meus olhos até o bolso de sua longa calça preta. Piscou algumas vezes parecendo acabar de sair de um transe.

— O que é? - Deixo a curiosidade falar mais alto.

Observo o garoto tirar dois objetos brancos de dentro do bolso de sua calça, e colocá-los na palma de sua mão. E então, posso ver dois anéis brancos ali.

— São anéis. Ficarei com um e te darei o outro. - Ele tira um dos anéis de sua palma, logo colocando-o em seu dedo.

Mais especificamente o dedo onde vai o anel dos namorados.

Por que ele está colocando ali?

— Me de sua mão, vampirinha.- Logo o faço.

O garoto toca delicadamente minha mão, dando um beijo em seguida.

E então, ele coloca o anel no meu dedo de comprisso.

Não posso evitar um sorriso bobo se formar aos poucos em meus lábios.

— Quero que me prometa uma coisa. - Ele diz, agora olhando diretamente em meus olhos.

— O que, Levi?

—  Quero que me prometa que nunca tirará esse anel do dedo. - Ele observa-me atentamente. — Independente do que aconteça. Este anel que acabo de colocar em seu dedo, simbolizará nossa amizade. A relação que temos; e no futuro, quando olharmos para nosso dedo e enxergarmos o acessório ainda ali, veremos através dele a verdadeira união entre nós, que nem mesmo a distância será capaz de vencer.- O garoto continua. — Prometa para mim, vampirinha. - Levi aguarda pacientemente por minha resposta.

— Eu prometo, Levi.- Sorrio para ele.

— Ótimo.- Sorri, feliz. —Vem, é melhor entrarmos, já já nossos pais vão começar a nos procurar feito doidos. - Ele puxa minha mão, sorridente.

— Tudo bem, mas e o Davi?

—  Ah, é... Vamos procurá-lo e depois voltaremos para dentro de casa.

— Certo.

E assim, saímos correndo pelo jardim atrás de Davi. Sua mão fria entrelaçada com a minha me passa segurança.

Estou segura com Levi e ele está seguro comigo!

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