⚠️ DARK ROMANCE!!! ⚠️
IRMÃOS WITHE, dois garotos com personalidades distintas que têm Mia Munson como uma amiga em comum. Após o fortalecimento de sua amizade de um ano, os gêmeos tiveram que mudar-se, ao lado de seus pais, para Orlando, deixando pa...
⚠️ ATENÇÃO ⚠️ Esse capítulo a seguir pode conter temas abordados que poderão causar gatilhos. Por favor, caso seja sensível, peço para que pule o capítulo.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Anos Atrás... Miami|Flórida. 2012.
Sinto a dor apalpar cada parte do meu corpo, enquanto sou jogado de forma bruta contra o colchão macio. Eu abraçava o lençol branco, na tentativa fracassada de não me deixar levar pela dor momentânea. Algo que não parecia adiantar, já que a cada estocada, meu pai parecia sentir ainda mais raiva de algo que eu não fazia ideia do que seria.
Eu me sentia fraco, estúpido demais. Mas, ao receber ameaças, eu sempre me lembrava que eu ainda me sujeitava à isso por um único motivo: minha verdadeira família.
Davi não merecia passar por isso, e o homem que meu irmão ainda chamava de pai sabia perfeitamente do quanto eu preferia sofrer, ao ver meu irmão sofrendo.
Meus dentes eram fortes ao prender o travesseiro entre eles, como se aquilo fosse romper a necessidade de quebrar uma garrafa na cabeça do meu genitor, assim como ele fazia diversas vezes com a minha mãe.
Ele balbuciava palavras inaudíveis, enquanto enchia o rabo de bebida.
Vê-lo daquela forma me dava nojo. Me causava repulsa.
As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas, de forma que deixava evidente o quão mal eu estava naquele instante.
Fecho meus olhos fortemente, desejando que isso não passe de um maldito pesadelo, no entanto, a cada segundo que se passava, a realidade me assombrava de forma torturante e impiedosa.
Seus gemidos roucos e grotescos eram altos, enquanto o barulho do líquido balançando dentro da garrafa atingia-me.
Seus movimentos continuavam, até que ele despejasse toda sua porra em mim. Como de costume.
Sua respiração era desregulada e seu corpo encontrava-se grudento devido ao suor.
Após certo esforço, ele saiu de dentro de mim, se jogando na cama, logo ao meu lado.
— Agora saia daqui, seu moleque imprestável. - sua voz soou rouca, ofegante.
Sem hesitação, me levanto do colchão, deixando o móvel para trás ao vestir minhas roupas mais uma vez, pronto para sair do quarto e deixá-lo sozinho, acompanhado pela merda da sua cachaça e, em breve, pela companhia da minha mãe, que logo estará sorrindo para seu marido novamente, acolhendo-o de bom grado.
— Levi - me chamou.
Olhei para trás, sentindo meus olhos arderem uma vez que as lágrimas insistiam em brotar.
Meu coração batia forte contra o peito à medida que a faísca de adrenalina começava a ficar cada vez maior, e a certeza de que, a qualquer momento, eu poderia partir para cima de Jorge e acabar com sua vida, ecoava pela minha mente.
