FORTY TWO.- HIGH

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                                   𝔇𝔦𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔦𝔫𝔱𝔢

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                                   𝔇𝔦𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔦𝔫𝔱𝔢...
                                         👿.

— Garoto, você não pode sair ainda, não recebeu alta e não está totalmente recuperado.- O médico insiste, analisando a prancheta em suas mãos.

— Foda-se, eu não me importo; tenho coisas mais importantes para fazer. - Retruco, nervoso.

— Não terminamos de analisá-lo completamente e...- continua, mas o interrompo:

— Estou vendo que não tem medo de perder a língua, não é mesmo, velho.- Deixo a irritação falar mais alto, observando os olhos do homem se arregalarem no mesmo instante. — Qual é a parte que estou pouco me fodendo para tudo isso que você ainda não entendeu?

Me aproximo do médico que se afasta parcialmente, mas ainda assim não consegue fugir de mim.

— De a porra do seu jeito. Não continuarei aqui.- Susurro em seu ouvido.

Sem esperar que ele diga mais qualquer outra coisa, saio da sala, caminhando em passos largos até a saída do grande hospital em que eu me encontrava, antes que eu volte e mate o velho filho da puta.

Não me dou ao trabalho de passar na recepção antes de qualquer outra coisa, seguindo reto.

Saio do hospital normalmente, mesmo sabendo que eu ainda não fui totalmente liberado pelo estado em que encontro-me.

Mas quer saber, foda-se.

Nada irá me impedir de sair deste hospital e fazer o que tanto almejo no momento.

Ao acordar ontem, percebi que havia algo de errado com Mia. Entendo que a garota tenha se emocionado ao me ver acordado pela primeira vez dentro de um mês em que passei em coma, mas ainda assim conseguia sentir a mentira em suas falas, seguidas de um choro intenso.

Seus olhos estavam fundos, e ao perceber seu olhar distante e caótico, tive a certeza que suas lágrimas sendo derramadas não diziam respeito somente a mim.

Sua hesitação quando perguntei o que havia acontecido, fez com que um certo medo crescesse em mim. Medo de que algo tenha acontecido com ela durante todos esses dias em que passei desacordado, e quando a garota finalmente decidiu contar-me, fez com que uma a culpa imensa apertasse meu peito, criando abrigo ali.

Entendo os motivos pelo qual Mia não queria ter contado-me anteriormente, acontece que, não importa o que tenha acontecido comigo, sempre estarei lá para protege-la.

Ao escutar aquelas palavras saindo de sua boca, fez com que eu, imediatamente, imaginasse-me em cima de Henry, o enforcando até sua morte.

Mas agora, saindo pela porta deste hospital, tenho a certeza de que ele sofrerá muito mais.

A partir do momento em que vi Mia saindo pela porta da sala em que eu estava ficando uma imensa vontade de levantar daquela cama e correr atrás da mesma, cresceu dentro de mim.

Saber que ela continua no mesmo lugar em que aquele filho da puta encontra-se faz uma ira desconhecida apossar-se de meu corpo.

Henry pagará caro por ter encostado seus dedos em Mia.

Isso é uma promessa, e dessa vez, 𝑛ã𝑜 ℎ𝑎𝑣𝑒𝑟á 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑟𝑢𝑝𝑐õ𝑒𝑠.

[...]

Jogo-me na grande cama do quarto de hotel, encarando o teto, branco.

Fiquei por exatamente uma hora procurando um lugar adequado o suficiente para eu ficar hospedado.

Não voltaria para a mansão Munson enquanto não realizasse o que tenho em mente, e mesmo após concluir, voltaria a aquele lugar somente para uma única coisa: buscar Mia.

Mas então, ao invés de ficar jogado no colchão confortável, levanto-me, indo atrás de roupas.

Mia havia me trazido roupas enquanto estava no hospital, todas elas para quando eu finalmente saísse do lugar, por mais que ela não tivesse a certeza se isso realmente aconteceria.

E como homenagem a garota, usarei exatamente a mesma roupa que usava para "persegui-la". Usarei a mesma roupa que seu perseguidor usava.

Acredito que na hora da distração ela nem ao menos tenha percebido que estava pegando as peças de roupas tão memoráveis.

Devo dizer que aqueles foram momentos, de fato, inesquecíveis. Ver a feição assustada e cada vez mais confusa da garota só me fez ter cada vez mais certeza de que era aquilo que eu queria.

Sem perceber, encontro-me sorrindo igual a um idiota lembrando-me das seguintes cenas.

Sou forçado a sair de meus pensamentos, quando lembro-me que tenho algo mais importante a fazer e não poderá ser mais adiado.

Troco-me rapidamente, logo ficando pronto. E então, saio do quarto e logo em seguida, do grande prédio em que decidi ficar.

Além de ser um prédio grande e, magestosamende, luxuoso, é um prédio que fica próximo ao condomínio da mansão dos Munson. Pelo menos desta forma sinto-me um pouco mais próximo a Mia, por mais que não esteja literalmente ao seu lado.

[...]

Observo o carro de Henry estacionar em frente a grande empresa onde ele e Vivian trabalham juntamente.

A tão famosa empresa N'M.M.

A pergunta que mais circula na mídia em relação a esta empresa é: o motivo pelo qual os fundadores e donos do lugar deram este nome ao estabelecimento.

Mas a resposta sempre esteve lá:

N: Nicolas.
M: Mia.
M: Munson.

Nunca foi um grande mistério.

Acontece que, pelo visto, nem todas as pessoas tem a capacidade de pensar um pouco que seja, e chegarem a uma conclusão tão simples.

Vivan nunca pareceu gostar da ideia do nome, e é exatamente por isso que todos que perguntarem, verão sua cara de decepção, e então, logo saberão que a empresa com certeza não seria nomeada da seguinte forma pela mulher. O que nos faz chegar a conclusão de que, a única pessoa capaz de ter pensado neste nome teria sido o pai dos irmãos Munson.

Sou tirado de meus devaneios ao ver Henry sendo barrado por dois homens em frente a porta de sua empresa, acredito que para tratarem de algum assunto pendente.

Não vi necessidade em convidar Kaleb ou os outros para assistirem o espetáculo de hoje.

Decidi que será melhor algo mais... particular. Apenas entre mim e Henry.

E é exatamente por isso que esperarei o tempo que for necessário, apenas para vê-lo sofrer em minha frente, implorando por piedade a sua vida insignificante.

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