TWENTY.- TRUTH

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           Uma semana depois

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           Uma semana depois...
01: 52 AM.

                  

Ando pelo chão frio e cheio de pedras que perfuravam meus pés, sendo atingida pelas gotas incessantes de água.

O vento gélido atingia meu corpo à medida que as lembranças voltavam a cada instante. A frustração ainda era fresca, assim como a ansiedade para descobrir a verdade.

No entanto, a raiva entre os outros dois sentimentos parecia ainda maior. A dor da traição apalpava meu peito, enquanto o fato de que meus próprios pais internaram-me num hospital psiquiátrico fazia meu coração doer.

Uma semana.

Sete malditos dias em que precisei dormir numa cama minúscula, escutando pessoas gritarem a cada canto onde eu passava.

Uma semana foi o tempo em que fiquei na supervisão de especialistas tão filhos das putas quanto meus pais foram comigo naquele dia. E uma semana foi tempo suficiente para arquitetar o plano perfeito para me ver longe daqueles loucos de merda e, ao mesmo tempo, descobrir quem é o verme que tem mexido com a minha cabeça por tanto tempo.

Meu corpo trêmulo e encharcado implorava por descanso, afinal, deixei a droga daquele hospital há uma hora atrás e, desde então, tenho andado como uma vadia.

As roupas ridículas que aqueles desgraçados colocaram em mim pareciam aumentar um pouco mais minha raiva. Porra, será que eles não compreendem a palavra "estilo"?

No final da rua pude enxergar a linda mansão onde eu moro. Passar pelo porteiro não foi tão difícil quanto eu pensava, o fato de ele me conhecer e saber exatamente o poder que minha família exerce tornou tudo ainda mais fácil.

Meus passos tornaram-se mais rápidos uma vez que o real objetivo pelo qual encontro-me voltando para este maldito lugar, ressoou pela minha mente como mosquitos zunindo no meio da noite.

Em silêncio, abro o portão da grande casa utilizando minha digital. Em pouco tempo,  encontro-me dentro de casa.

No mesmo instante eu posso sentir a tensão que ainda paira no ar. Desde o dia em que eles decidiram me trancar num lugar o qual nunca pertenci.

A mansão estava escura como de costume, indicando que todos já estavam em seus quartos, dormindo tranquilamente.

No entanto, uma pessoa não estava fazendo o que devia: Davi. E lá estava ele, na sacada, soprando a fumaça quente do seu baseado que se misturava com o ar gélido da noite.

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