FORTY SIX.- CHAPTER TEN

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                                    2 ℌ𝔬𝔯𝔞𝔰 𝔡𝔢𝔭𝔬𝔦𝔰

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                                      ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 10...
                                             👿.

Adentro o lugar escutando os passos incertos e cautelosos de Mia, atrás de mim.

Devo dizer que aquele beijo ainda está em minha mente. Acredito que se eu não tivesse parado naquele momento teria a fodido ali mesmo.

Apenas com seu toque meu pau já deu sinal de vida, indicando que a qualquer momento ia começar a ficar evidente para quem quisesse olhar, por isso achei melhor não arriscar. Além disso, acredito que Mia ainda não esteja pronta para algo além de beijos.

Apesar de apenas querer continuar ali, adentrando cada vez mais seus lábios, explorando cada canto de sua boca, tive outros motivos para interromper o melhor beijo de minha vida.

Meu único objetivo nesta noite é realizar o que tanto almejo há anos, desde que recebi a drástica notícia onde fui informado sobre a morte de Davi.

O mal morre esta noite.

E é por este motivo que estamos de volta ao lugar que causa pesadelos em muitos que presenciam o que de fato acontece dentro.

- O que fez com o presente que lhe dei? - Paro de andar ao perguntar a Mia.

Sei que a garota sabe do que estou falando, apenas precisa se lembrar.

- O que? De que presente está falando? - Mia parece confusa, saindo de seu transe.

- O presente que recebeu no dia em que entrei em coma.- Digo.

Logo, sua expressão muda, e então, agora a garota a minha frente parece saber do que se trata.

- Você chama aquilo de presente? - Encara-me com desdém.

Seu olhar muda de direção, parecendo focar num ponto fixo, e então posso ter a certeza de que ela está lembrando do que havia na caixa.

Confesso que gostaria de estar ao seu lado naquele momento, apenas para assistir sua reação de perto.

Um sorriso ladino nasce em meus lábios assim que eu imagino o horror em seus olhos escuros. Tão escuros quanto a noite em que decidi que seria a melhor para lhe presentear com o coração se seu ex-namorado. Apesar de saber que ela não merecia nem ao menos tocar naquele lixo que se encontrava dentro do corpo de Kayden até ser retirado, ainda assim fiz questão de presentea-la com aquilo que muitos chamariam de coração, mas que conseguia ser tão podre quanto o dono, que foi assassinado brutamente.

Espero que Mia tenha entendido que não dei aquele presente a ela apenas para assusta-la e lhe dar a certeza de que ninguém nunca mais tocaria nela sem seu consentimento, mas que dei aquilo a ela como resposta ao que eu havia prometido há semanas atrás, quando olhei em seus olhos e disse com firmeza em minha voz que Kayden queimaria no inferno ao lado de qualquer outro que ousasse a fazer mal a ela.

A alma de Kayden pertence a Mia agora, cabe a ela decidir o que será dele a partir deste momento.

- Não respondeu minha pergunta, vampirinha.- Eu respondo, sorridente.

- Quer mesmo saber o que eu fiz com seu presente? - Ela pergunta, fazendo com que eu balance a cabeça positivamente, esperando suas próximas palavras. - Joguei longe após vomitar no chão do seu quarto.- Mia sorri.

Porra, isso é sério?

A vontade de rir parece se dissipar totalmente do meu quarto ao ouvir a mesma dizer que vomitou no meu quarto.

- No meu quarto? Sério isso, Mia? Afinal, o que diabos você estava fazendo lá?

- Mais que sério! Ninguém mandou me enviar um coração humano.- A garota diz, falando num tom de voz mais alto em suas últimas palavras, evitando responder minha última pergunta.

Suspiro fundo, apenas aceitando o acontecimento.

O silêncio se instala entre nós e como resposta a isso, observo cada detalhe de seu rosto.

Mas então, sou interrompido quando escuto meu nome sendo mencionado:

- Levi, está tudo pronto.- A voz de Kaleb ressoa pelo local, assim quebrando o silêncio que reinava entre mim e Mia.

- Tudo bem. Já estou a caminho. Pode ir na frente. Não façam nada antes de mim.- Digo, observando Kaleb se distanciar em passos largos.

- Para onde vamos? - Mia pergunta, curiosa.

- Você a lugar nenhum. Quanto a mim... Bom, é confidencial. - Respondo, irônico.

- Ha ha ha, alguém já lhe disse o quanto é engraçado? - Indaga, cruzando seus braços.

- Na verdade, não.- Digo, fingindo pensar num motivo plausível para nunca ter recebido tal elogio.

- Isso significa que as pessoas são verdadeiras com você. Devia agradecer todos os dias por tê-las em sua vida. - Ela sorri.

Solto uma gargalhada alta.

- Por outro lado, você é a pessoa mais engraçada que já conheci.- Ironizo.

- Muito obrigada.- A garota diz, abaixando seu corpo como se estivesse em cima de um palco, onde está sendo assistida por diversas pessoas e ao terminar sua apresentação, agradece-as por sua presença e as palmas incessantes.

- Preciso que fique aqui. Prometo que não irei demorar, mas não posso permitir que entre naquela sala.- Eu digo a garota, de forma séria desta vez.

Ouço seu longo suspiro.

- Isso é sério? - Pergunta, indignada.

Como resposta, balanço a cabeça positivamente, olhando em seus olhos com um olhar cauteloso, tentando decifrar o que a garota sente neste exato momento.

- Tudo bem.- Mia rende-se.

- Prometo não demorar.- Digo, a encarando uma última vez antes de dar as costas para a garota, marchando em passos rápidos em direção a sala.

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