SIX.- CHAPTER TWO

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17 DE JULHO // UM DIA ANTES.

— Filha, querida.- Ouço a voz de Vivian ressoar pela sala, tirando-me do foco do livro que estara em minhas mãos.

Logo, a mulher aparece em meu campo de vista ao lado de Henry, que cruza seus braços num movimento rápido.

O sorriso alegre que minha mãe contém em seus lábios evidencia sua felicidade para algo que, provavelmente, estou prestes a saber.

Tento não transparecer meu tédio, mas parece ter se tornado impossível quando o assunto é passar tempo ao lado das pessoas que me botaram neste mundo infernal.

Acredito que o fato de eu já estar perfeitamente acostumada a viver sem sua companhia, não vejo motivos para sentir falta de uma coisa que nunca tive.

Suspiro pesadamente, preparando-me para as próximas palavras de Vivian.

A mulher parada em frente ao sofá em que eu me encontrava jogada despojadamente, parecia esperar alguma reação vinda de minha parte, enquanto a única coisa que teve fora minhas sobrancelhas arqueadas.

— E então...- Incentivo a continuidade da frase, até então, inacabada, já que minha mãe parecia esperar minha curiosidade.

— Amanhã receberemos alguém em nossa casa. Uma pessoa que não vemos há muito tempo e que, você, com certeza, ficará muito contente em reencontrar. - Fala, deixando sua animação e afobação cada vez mais evidente em sua voz.

— E quem seria esta pessoa que me presenteará com sua presença tão ilustre? - Ironizo, nada interessada em realmente saber quem é.

Vivian parece não notar o tom irônico que uso em minha voz, enquanto Henry, por outro lado, encara-me um tanto desacreditado pela minha audácia.

A verdade é que eu realmente já não ligo para toda essa porra.

Estamos vivendo numa realidade mútua, onde eles tentam me convencer que está tudo bem eu não estar bem, mas que eu também tenho que viver minha vida.

Porra, eu sou uma adolescente de dezesseis anos, como eles ainda podem acreditar que, com presentes caros e sorrisos momentâneos carregados de falsidade fará me sentir bem?

Eles sabem que estou completamente destruída por dentro, mas, ainda assim, preferem ignorar todos os sinais que tenho deixado para trás de que estou exausta de toda essa merda que tenho carregado desde o acontecimento de dois anos atrás.

As palavras carregadas de seriedade vindas dos polícias ainda podem ser ouvidas no abismo profundo da minha mente e, assim que deito a cabeça em meu travesseiro, elas parecem voar para meus ouvidos, zunindo como se fossem malditos mosquitos.

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