SIXTEEN.- CHAPTER FOUR

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"Nós dissemos nosso último adeus,
mas você sabe que isso é mentira.
Você pode não ser minha,
mas eu estarei sempre te observando."
- Chris Grey, Haunted.

Segunda-feira.

Adentrei o quarto da garota, sentindo seu cheiro impregnante exalar por cada canto do grande quarto

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Adentrei o quarto da garota, sentindo seu cheiro impregnante exalar por cada canto do grande quarto.

No mesmo instante, posso vê-la encolhida em sua cama, abraçando-se com seus próprios braços enquanto tinha seus pelos arrepiados devido ao vento gélido que escapava pela fresta da janela aberta.

O cômodo escuro era iluminado somente pela luz da Lua cheia do lado de fora da casa.

Me aproximo da enorme janela, escorando-me nela enquanto acendo um cigarro, tragando a fumaça quente diretamente para meus pulmões, sentindo toda a tensão momentânea deixar-me repentinamente.

Eu observava cada uma das luzes acesas na vizinhança à medida que minha audição era atingida pelo som agradável da respiração de Mia.

Meus dedos da mão direita envolviam a pequena bituca de cigarro que, conforme o tempo, acabava aos poucos. Por outro lado, os dedos da mão direita envolviam uma rosa branca. Tão linda quanto a pele pálida e macia de Mia Munson, a mesma garota que, agora, dorme tranquilamente.

Ignorando totalmente o fato de que já não teria mais paz, e, por mais que soubesse disso, preferia fingir-se de cega. Como se não visse o que estava escancarado bem na sua frente.

Deixo a fumaça escapar dos meus lábios sorrateiramente, atingindo o ar. Com um suspiro fundo e pesado, aproximei o cigarro da rosa, queimando-a parcialmente com o fogo que ainda existia ali.

A cor branca se escurecia aos poucos, enquanto era queimada, ao mesmo tempo que as malditas vozes sussurravam em meus ouvidos.

Varro o quarto com os olhos até finalmente encontrá-la. Seus peitos subiam e desciam devido a respiração calma e regulada.

Seus suspiros e balbulcios eram constantes, como uma pequena criança dormindo tranquilamente após um dia agitado com seus amigos.

Jogo a bituca de cigarro pela janela.

Com passos pesados, aproximei-me de sua cama, apreciando sua expressão repleta por uma calmaria que, há momentos atrás, não parecia existir.

Agacho-me até ficar na sua altura, deixando a rosa queimada em cima da escrivaninha ao lado da sua cama. Levo os nós dos meus dedos na direção do seu rosto, acariciando sua face com sutileza. Algo que já não existia mais dentro de mim, mas que eu, ainda assim, fazia questão de proporciona-la.

Aproximo meu rosto do seu, fechando a distância entre eles ao selar meus lábios em seu nariz, cuidadosamente.

Ao afastar-me, deslizo meu dedo indicador até os fios rebeldes que caiam sobre seu rosto, afastando-os dali.

Me levantei, indo em direção à janela mais uma vez, fechando-a.

Encaro Mia uma última vez antes de deixar seu quarto, sabendo que minha presença havia sido marcada.

Desço os degraus de madeira, ouvindo o ranger à medida que meus pés as esmagavam continuativamente.

Ao chegar na sala de estar, me sento no grande sofá, descansando meus braços em cada canto do sofá.

Me aconchego ali, sendo atingido com golpes certeiros pelas memórias que passaram como vislumbres pela minha mente neste mesmo instante:

A morte. Minha morte.

O dia em que uma parte minha morreu naquela noite chuvosa. O dia em que minha alma gêmea deixou-me completamente desamparado neste maldito mundo, fazendo-me acreditar que eu nunca seria capaz de conquista-lo como dizia que eu faria quando criança.

Hoje entendi que o mundo sempre pertenceu a mim. Foi apenas questão de tempo para entender que a vida não passa da porra de um maldito jogo.

Um jogo onde o mestre decide quem vive e quem morre. Quem queima nas chamas ardentes do inferno, ou quem se afoga no abismo profundo das águas frias.

E pensar que, aos meus quinze anos, ainda me submetia a deixar-me ser comandado.

É engraçado pensar que, toda essa porra, hoje, está em minhas mãos. Tenho a chance de decidir quem viverá e quem queimará, escolhas que deixaram de ser difíceis no momento em que minha mente se esclareceu.

No momento em que aqueles três pares de olhos se pintaram logo à minha frente. Eu podia enxergar exatamente cada um de seus traços.

Os traços das três pessoas a quem daria a porra do meu coração ou a droga dos meus pulmões para salvar.

A sede da vingança ainda era fresca dentro de mim, e eu vingaria meu irmão. Vingaria aqueles que foram tirados subitamente da minha vida.

E isso era mais que somente uma promessa que eu havia feito em voz alta. Era um objetivo, algo que eu cumpriria antes de sentir as batidas do meu coração cessando aos poucos.

Faria da vida deles um verdadeiro inferno, assim como haviam feito com a minha.

E nada era mais justo que isso.

De repente, posso sentir um sorriso ladino nascer em meus lábios. Eu já podia ouvir o barulho de seus gritos e súplicas, implorando por piedade à vida.

Algo que eu não teria.

E tudo será ainda melhor pelo fato de que terei Mia ao meu lado. Faremos a porra desse mundo queimar.

Juntos.

Feliz Natal!!! 🥀

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Feliz Natal!!! 🥀

Meu insta: Losthay__

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