SIXTEEN.- CHAPTER FOUR

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                                  𝔖𝔢𝔤𝔲𝔫𝔡𝔞-𝔉𝔢𝔦𝔯𝔞
                                   ℭ𝔞𝔭𝔦𝔱𝔲𝔩𝔬 4...
                                       👿.

            "Nós dissemos nosso último adeus,
             mas você sabe que isso é mentira.
                  Você pode não ser minha,
           mas eu estarei sempre te observando."
                                                                      - Chris Grey.

Observo a garota subir correndo para seu quarto, trancando-se assim que chega no cômodo.

Mesmo após dez anos percebo que Mia continua a mesma menininha de sempre.

A única coisa que mudou na mesma foi sua forma de expressão, tem sido mais difícil decifra-la.

Mas tudo bem, gosto de dificuldades. São como desafios e quanto mais difícil este desafio for, mais poderei mostrar a todos o quão determinado sou em algo que me interessa. E a partir do momento em que me interesso por algo, ou, nesse caso, alguém, ela se torna minha.

Após a morte de meu irmão muitas coisas mudaram, posso dizer que senti certa mudança vinda de minha parte também.

Eu realmente mudei. Mudei por ela, apenas por ela.

Entendo que no momento Mia esteja brava comigo, realmente fui um babaca, mas é melhor que continue assim.

Manter distância da garota por agora é tudo o que quero, por mais difícil que seja.

Mia precisa se distanciar de mim, a melhor forma de fazer isso acontecer é sendo um grande babaca com ela.

A garota sempre teve uma personalidade forte, mas parece que agora ela ficou mais evidente.

Mia cresceu, mudou muito em questão a aparência, posso dizer que ficou extremamente gostosa!

Ela é a responsável pelos meus pensamentos mais obscuros. Ela é a responsável por eu ter que trocar os lençóis de minha cama toda noite. A putinha está acabando comigo.

Estou nas palmas de suas mãos, basta ela perceber isso.

E é por esse motivo que mantenho distância. Não quero correr o risco de botar tudo a perder. Estou cada vez mais perto do que vim procurar e não desistirei facilmente.

No dia anterior tive que me segurar para não socar a cara daquele filho da puta que estava ao lado de minha garota.

Kayden.

Passar por eles e fingir que não estava os vendo, ignorando completamente sua existência, foi praticamente uma missão impossível.

Posso dizer que a todo momento me imaginava socando a cara do desgraçado até seu rostinho ficar irreconhecível.

Independente de quem seja; se ousarem mexer com minha garota, viajarei até incontáveis países, atravessarei rios, cavarei túneis até encontrar a pessoa que ousou olhar para Mia de forma desrespeitosa, e a mandarei diretamente para o inferno, para queimarem todos juntos.

Mia pertence a mim, e aquele que tentar intervir, garantirei seu espaço reservado no inferno ao lado d meu pior demônio.

Vê-la com tanto ódio de mim só aumenta minha vontade de quebrar a porta daquele quarto e fode-la em cada canto dele até ela pedir para parar, mas me conhecendo bem, eu não pararia até vê-la implorar por piedade.

A garota tornou-se um vício para mim. Algo que já não consigo viver sem, por mais que isso possa nos prejudicar.

Talvez eu possa ser considerado um ser-humano terrível ao dizer que prefiro vê-la morta ao invés de vê-la sorrindo para outro cara.

Tudo naquela garota pertence a mim. Dos defeitos até as qualidades. Cada detalhe de seu corpo consegue ser perfeito aos meus olhos, dito isso, ela não precisa ser perfeita para mais ninguém.

É questão de tempo até ela aceitar que é minha, e quando eu finalmente provar isso, farei ela perceber que não precisa de mais ninguém em sua vida além de mim.

[...]

O céu escuro indica o cair da noite.

Ando pela varanda, acendendo um cigarro e logo tragando a fumaça enquanto encaro os prédios a frente e os carros nas ruas. Todos buzinando, estressados com o trânsito, pouco se importando com o ar que estão poluindo, mas afinal, quem realmente se importa com isso? A vida caótica não nos da tempo de nos importarmos com nada além de nossos problemas. Mas apesar de tudo isso, não sou um ótimo exemplo para falar disso.

Já faz horas desde que Mia chegou em casa. Desde então a garota permanece trancada em seu quarto.

Ela nem ao menos saiu para comer alguma coisa, mas sinceramente, que se foda.

Admito que a desculpa de que seus pais mandaram-me levá-la até a escola todos os dias, apenas para a garota não ir sozinha, funcionou mais do que eu pensava.

Para ser bem sincero, não sei na onde que eu estava com a cabeça ao inventar aquilo. Eu apenas... Apenas senti a necessidade de tê-la por perto sem com que eu precisasse invadir seu espaço pessoal, por mais que muitas das vezes isso seja necessário.

Aquela garota está mexendo com minha cabeça de uma forma inexplicável. É possível notar seu ódio por mim, acho que na verdade qualquer pessoa notaria. Mia não consegue esconder seu ódio quando ela não gosta de alguém.

Seu rosto pálido, seus olhos castanhos, seus cabelos longos e bem arrumados sempre, seu corpo perfeitamente desenhado... Tudo nela me deixa louco.

Apago o cigarro e o jogo no chão, não me importando com a sujeira causada no ambiente.

Adentro a casa novamente, caminhando em passos lentos e pesados até as grandes escadas que nos levam até o andar de cima da casa.

Ando até o quarto de hóspedes que, agora tornou-se meu.

Abro uma de minhas gavetas, onde guardo coisas... importantes.

Assim que a abro tenho vislumbres de diversos momentos que, tanto lutei para esquecer.

Pego em uma das minhas mãos o pequeno 𝑎𝑛𝑒𝑙 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑜 encarando o objeto, sentindo o ódio começar a se fazer presente.

Nada daquilo deveria ter acontecido, mas agora, não tem mais volta.

A promessa já foi feita e agora tudo o que me resta é cumpri-la.

Guardo o anel novamente e pego a chave do quarto de Mia.

Saio de meu quarto, andando até o cômodo onde a garota se encontra.

Toco a maçaneta tentando não fazer barulho e coloco a chave na fechadura, abrindo a grande porta em seguida.

Entro silenciosamente no quarto da garota.

Lá está ela; deitada em sua cama, encolhida. Os pelos de seus braços arrepiados, indicando que a mesma está com frio.

Ando cautelosamente até ela, tocando em seu braço. Minha mão entrando em contato com sua pele exposta, deixa-me extasiado.

Me agacho ao lado cama, ainda encarando Mia.

Observo seu corpo subir e descer com sua respiração calma que, é como música para meus ouvidos.

Toco seu rosto delicadamente, tirando alguns fios de cabelo do mesmo.

Me aproximo ainda mais de Mia, sentindo seu cheiro doce exalar. O mesmo cheiro. Mia continua usando o mesmo perfume que usava há alguns anos atrás. Seu cheiro é tão viciante que mesmo depois de anos ainda não consigo esquece-lo.

Logo, me levanto caminhando até a janela do quarto da mesma, e a fechando para que minha garota não tivesse o sono interrompido pelos raios de sol, adentrando seu quarto.

Meu vício por esta garota cresce a cada dia que passa. Farei de tudo para tê-la.

Se for necessário matar, o farei, apenas para vê-la bem e, o mais importante, ao meu lado.

Espero que ela me perdoe quando perceber que não a deixarei em paz, não até o que eu tanto quero, finalmente, acontecer.

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