TWENTY-TWO.- UNRECOGNIZABLE

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⚠️ ATENÇÃO⚠️: O capitulo a seguir pode abordar temas que poderão causar gatilhos. As cenas a seguir são pesadas, explícitas e violentas, por isso, caso não queira ou não tenha condições de ler, fique à vontade para pular o capítulo.

 As cenas a seguir são pesadas, explícitas e violentas, por isso, caso não queira ou não tenha condições de ler, fique à vontade para pular o capítulo

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Paramos de pé em frente ao hospital psiquiátrico, encarando o lugar, enquanto o vento nos acertava habilmente, fazendo nossos cabelos voarem.

Eu segurava um galão completamente cheio de gasolina, sorridente.

Eu havia visto pessoas morrerem, e agora mataria outras.

- Algum de vocês têm isqueiro? - perguntei, minha voz saia fraca e carregada de raiva.

- Parece que, dessa vez, teve sorte.- Ryan tirou o objeto do bolso da sua calça, alcançando-o até mim.

Deixo o galão de gasolina no chão, pegando a maior pedra que encontrei.

Sem mais delongas, arremessei a pedra dura em direção à sala de vidro onde o velho, que permite a entrada das pessoas, fica, acertando a janela, que estilhaçou-se em pedaços no mesmo instante.

Aproximei-me cautelosamente, notando a pequena sala, vazia.

Aproveitando a chance perfeita, apertei o botão para que os grandes portões se abrissem.

Antes de adentrar, mais uma última vez, o ambiente que conheço tão bem, olhei para trás, notando tanto Maddie quanto Ryan com suas expressões confusas.

- Eu já volto. - foi a única coisa que disse.

Caminho em passos lentos em direção ao hospital, carregando comigo o galão e o esqueiro.

Adentro-o, pouco me importando com as câmeras e o fato de toda essa cena estar sendo registrada, já que a sede por vingança parecia falar mais alto que minha consciência.

A raiva dentro de mim nesse momento conseguia ser maior que a importância da vida de qualquer pessoa aqui dentro. Pessoas que tentam matar a si próprios ou a qualquer outro maldito e pequeno ser.

Dessa vez, eu não me importaria. Não pensaria neles, e sim em mim. Pensaria no que sinto, e, principalmente, no que eu sentia enquanto aqueles loucos de merda invadiam meu quarto de noite para tentar me matar.

Penso no que eu sentia no momento que fui carregada a força até o carro e trazida até esse inferno. O verdadeiro inferno na terra.

Subo as escadas, andando pelos corredores. Abro o galão, começando a despejar a gasolina por toda parte do corredor extenso, onde existiam seis quartos em cada lado.

Com muito cuidado e cautela para não ser vista pelos médicos, subo até o segundo andar, fazendo exatamente a mesma coisa.

O barulho do líquido sendo derramado no chão, fazia meu coração palpitar dentro do peito.

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