THIRTY-EIGHT.- TWO MONTHS

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Sento-me na bancada do grande ginásio da escola, concentrada nas imagens que se passam no aparelho que era envolvido pelos meus dedos

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Sento-me na bancada do grande ginásio da escola, concentrada nas imagens que se passam no aparelho que era envolvido pelos meus dedos.

O barulho incessante dos passos, ressoava por cada canto, enquanto o som das bolas de basquete chocando-se contra o chão de forma repetitiva, fazia minha cabeça pulsar numa dor agonizante.

O cansaço que eu sentia era palpável, enquanto as vozes eufóricas e masculinas pelo jogo que acontecia nesse exato momento, desconcentrava-me do que eu queria.

Talvez o fato de que dois meses se passaram, e ainda assim, Levi continua internado, esteja me enlouquecendo ainda mais a cada instante. Algo que já era de se esperar, só não pensei que fosse nessas circunstâncias.

— Como está? - Maddie sentou-se ao meu lado, entregando-me um copo cheio de cafeína, assim como eu havia pedido há alguns instantes.

— Bem, eu acho. — minto, bebericando a bebida quente brevemente.

Eu estava péssima, mas ninguém precisa saber disso. Nem mesmo Addams, que parece se preocupar comigo mais do que minha própria mãe, um dia, já se preocupou.

— Você está horrível, Munson. - foi sincera, direcionando seu olhar preocupado até mim. — Tem dormido?

— Não muito...

— Precisa voltar pra sua casa e dormir por lá com mais frequência. Daqui uns dias os médicos daquele hospital vão começar a pensar que você também é uma paciente. - se isso não fosse extremamente irritante de se escutar, seria engraçado.

— Voltar para aquela casa? Nem fodendo!

— Sua mãe precisa de você agora; sabe que seu pai está desaparecido, e também sabe como ela se importa com ele - Maddie diz como se fizesse parte da minha família. E de certa forma, ela realmente faz, pelo menos no meu ponto de vista. — e, de qualquer forma, ela é sua mãe.

Suspiro fundo, desejando que tudo aquilo acabe e que eu, finalmente, acorde desse maldito pesadelo.

— Tudo bem, Maddie: irei voltar, tá legal? - reviro os olhos, mesmo sabendo que essas palavras não passam de uma grande mentira.

— Promete? - ela estendeu seu dedinho na minha direção, como se somente aquilo pudesse selar, de fato, a promessa.

— Prometo. — envolvo meu dedo no seu, deixando um leve e falso sorriso na sua direção, na tentativa de conforta-la e passar confiança. 

— Ótimo.

Nesse momento, minha atenção é desviada até o dono dos passos pesados e barulhentos que adentravam o ginásio com indelicadeza.

E lá estava ele: Jacob Smith. Ex-namorado de Emma Carter, a vagabunda que ainda terei o prazer de matar.

Seus olhos encontraram os meus e, no mesmo instante, pude assistir um olhar indiferente nascer em seus olhos. Ele deixou um sorriso arrogante e convencido na minha direção, não arrancando em momento algum sua carranca de filho da puta.

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