LEVI WITHE, um garoto de personalidade forte que mudou-se com sua família para Orlando, passando dez anos longe de sua cidade natal, Miami. Quando tinha apenas quinze anos de idade, recebeu a notícia que seu irmão havia morrido num acidente de carro...
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Dia seguinte...
" Você deve estar me assombrando [...] Sei que estou de olho em você, estou de olho em você, (De olho em você) Você deve estar de olho em mim." - Beyoncé. 🧛🏻♀️.
Escuto o professor falar, tirando-me de meus devaneios.
Encaro o homem que neste momento tenta explicar o assunto abordado na aula de hoje.
Eu realmente odeio biologia.
Olho para o lado onde encontro Emma e seus amiguinhos - que estão mais para cachorrinhos de tanto que a obedecem - cochichando algo que é inaudível para mim, enquanto encaram-me e soltam risadinhas.
Posso dizer que desde o meu primeiro ano nesta escola eu sempre fui o alvo das piadinhas sem graça de Emma e seus colegas.
Há alguns anos atrás importava-me muito com a opinião das pessoas à minha volta.
Tentei melhorar diversas coisas em minha aparência, mas depois da morte de Nicolas eu liguei o verdadeiro foda-se. Foi como se tudo a minha volta tivesse perdido o sentido. Como se eu não tivesse mais motivos para me importar tanto com as coisas à minha volta.
Quando soube da morte de Nico uma parte minha morreu também, o que fez eu me tornar uma nova pessoa.
Essa mudança foi boa para mim. Parei de importar-me tanto com a opinião das pessoas e comecei a focar de fato em quem eu sou. Ou pelo menos em quem eu me tornei depois que Nicolas veio a óbito.
Atualmente quero mais é que todos eles se fodam.
Sempre fui uma garota... sozinha. Nunca nem ao menos troquei uma palavra com as pessoas da minha sala, e sinceramente, nem pretendo trocar.
Quero distância de pessoas como eles, por mais que não sejam todos iguais, ainda assim não deixam de ser todos uns metidinhos ricos, que não querem nada além de festas e boas transas.
É difícil encontrar uma pessoa que não ligue para reputação aqui neste lugar que tem se tornado cada vez mais tóxico graças às pessoas.
Procurei tanto que cansei.
Já aceitei que sou sozinha, e isso não me incomoda nem um pouco na real. Acho até melhor assim.
— Senhorita Mia? - O professor me chama.
— Sim? - Respondo-o direcionando minha atenção até ele.
— Poderia responder a pergunta, por gentileza? - O homem pergunta, educado.
