FORTY-FOUR.- FUCK, LEVI

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                                     𝔇𝔦𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔦𝔫𝔱𝔢

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                                     𝔇𝔦𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔦𝔫𝔱𝔢...
                                          

Ouço uma voz feminina no andar debaixo, o que faz com que eu desperte-me no mesmo instante.

Bocejo devido ao sono que ainda habita em mim.

Alcanço o chão com meus pés descalços, coçando levemente meus olhos.

Caminho até o banheiro. Olho para mim mesma através do espelho, percebendo o quão horrível me encontrava. As olheiras debaixo dos meus olhos sussurravam, contando à quem olhasse em sua direção, o quanto tenho tido noites mal dormidas.

Os fios do meu cabelo estavam totalmente bagunçados, enquanto meus olhos permaneciam caídos e vermelhos, mostrando com clareza meu cansaço.

Porra, eu estou acabada.

A vontade de viver se dissipava de meu corpo aos poucos, assim que encontro meu olhar exausto no espelho.

Sem mais delongas, saio do cômodo antes que eu quebre o espelho com minhas próprias mãos ao perceber o quanto fui afetada devido aos últimos acontecimentos, apenas olhando meu próprio reflexo.

Desço as escadas, adentrando a grande sala em passos lentos.

— Obrigada por avisar-me. Mantenha-me informada.- A voz de Vivian ressoava por todo o cômodo, revelando sua presença.

Olho para a mulher, ainda sonolenta, encarando sua expressão nada boa e seus olhos carregados de uma culpa implacável que parecia martelar a cada momento em sua cabeça.

—  O que houve? - Pergunto à minha mãe, que parece confusa e perdida em seus próprios pensamentos.

Ela olhou para mim, deixando lágrimas escorrerem de seus olhos distantes, pousando nas suas bochechas.

— Seu pai - Vivian diz pela primeira vez, após longos minutos em silêncio.

Suspiro fundo, nada a fim de escutar o que ela tem a dizer em relação a esse homem, mas, mesmo sabendo disso e fazendo questão de mostrar a ela o quanto quero mais é que ele se foda, ainda assim permaneço ali; parada, esperando suas próximas palavras. Até porque, o fato de Levi ter transmitido aquela porra ontem, aumenta as chances de ela saber de algo. Inclusive, que eu estou envolvida no desaparecido do seu marido. Ou então, que sou a verdadeira responsável por isso.

— O que tem ele? - Pergunto, entediada.

— E-Ele foi assassinado.- Fala com sua voz embargada, gaguejando no início da frase.

O ar parece dissipar-se aos poucos de meu pulmão, que ardem como se eu estivesse queimando por dentro nesse exato momento.

Mas então, ao invés de entrar numa completa negação pela morte de um ente, nem tão querido assim, uma felicidade desconhecida palpita em meu peito. Uma felicidade que, até então, eu nunca havia sentido.

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