Rolando de amor - Rolling in love (Série perfumes Vol.2)

29 - O perfume dela

Como meu pai me expulsou, tenho que ficar com Ann durante esse período. É bom que Ann raramente fique em seu apartamento. Não sei o que ela faz o dia todo. Mas isso me dá tempo para chorar como alguém que está com o coração partido. Suspeito que Ann esteja fazendo o que disse que faria, mas não me atrevo a perguntar porque não quero saber a resposta. Todos os outros. provavelmente nunca consideraria fazer algo tão inovador quanto o que estou fazendo.

’Se você quer que as coisas sejam simples, deixe-me ajudá-la. Eu sou boa nisso… Seu pai esquecerá tudo sobre Bam, e não haverá mais obstáculo entre vocês duas.'

'O que você vai fazer?'

'Estou planejando ser sua madrasta. Você está ’bem com isso?'

Eu não disse se estava bem com isso ou não. Mas aceitar a ajuda dela já é uma resposta por si só. Já estou com ela há duas semanas e estou ficando sem economias. Ann tem a gentileza de solicitar entregas de comida enviadas para o quarto dela para mim. Tenho que anotar o quanto devo a ela.

Não ficarei devendo nada a ela. Ela pode pedir algo em troca mais tarde. Ela é muito imprevisível…

No entanto, um dia, enquanto penso nisso e naquilo na varanda com um cigarro eletrônico na mão, há uma notificação de mensagem no meu telefone. Quando abro, vejo uma pequena mensagem de Ann.

‹Você pode voltar para casa agora. Seu pai te perdoou.›

Eu franzo a testa e olho para o calendário. Conto a partir do dia em que mudei para cá e estou surpresa. É tão rápido. Como quero ver com meus próprios olhos, passo em minha casa, mas não entro. Espio pelo portão e ouço risadas e respingos de água. Meu pai e Ann estão brincando alegremente na piscina. A pessoa que estava loucamente apaixonada pela enteada está agindo como se a pessoa chamada Bam nunca tivesse nascido neste mundo.

Ela realmente poderia fazer isso. Ann entrou na vida do meu pai.

Mas, apesar do conselho de Ann, decido não voltar para casa. Então aquela mulher sempre alegre aparece no condomínio. Suas primeiras palavras para mim foram:

— Você está se fazendo de difícil? Eu disse que você já poderia ir para casa, mas não vai. Quase perdi a voz falando em seu nome.

— Você realmente conseguiu. — Eu lambo meus dentes. Estou um pouco envergonhada e me sinto culpada por não ter tentado impedi-la quando disse isso. — Meu pai parece estar em um mundo rosa cheio de bolhas.

— Quando você viu isso?

— Quando você estava brincando na piscina, talvez.

Ann dá uma risadinha e se senta no sofá. Ela apoia o cotovelo no encosto de cabeça.

— Então, o que você quer fazer a seguir? Você não quer ir para casa? Seu pai está sozinho em casa. Ele está muito sozinho.

— Pela risada dele, não acho que ele esteja sozinho.

— Tão mal-humorada. — A mulher sempre alegre levanta as pernas como se estivesse se exercitando. — Se você não voltar, eu fico com cada centavo.

— Não seja gananciosa.

— Se você não quer que eu seja gananciosa, volte e fique de olho em mim.

— Se você for gananciosa, não dirá tudo isso em nome do meu pai.

Às vezes me pergunto o que essa mulher realmente quer. É como se ela estivesse apenas se divertindo com a vida e não levasse nada a sério. Embora possa parecer que ela está tentando arruinar minha vida, acredito que ela está na verdade tentando me ajudar. Quando ela vê que eu apenas olho para ela, ela olha para mim e pisca