maria point of view
arena show sampa— mentira que você também mora lá!
– te juro – falo pra larissa — que coincidência, cara! achei que só morava idoso naquele condomínio.
— e pior que é só o que tem mesmo – ri — mas que bom saber. você faz academia lá?
— por incrível que pareça eu só fui na academia do prédio umas duas vezes, no máximo – explico e assente — mas é super 'completinho, né?
— super! tem todos os aparelhos que você imaginar – disse enquanto eu prestava atenção — 'vamo treinar juntas lá, bom que fazemos companhia e é dentro de casa praticamente.
— vamos sim, só marcar – digo e ela sorri simpática — eu...
— marcar o que? – iara diz, chegando do banheiro — 'tão marcando coisa sem mim, suas falsas?
— academia, amiga – digo — acredita que a larissa mora no mesmo condomínio que eu?
— nossa, sério? – assinto — que coincidência. não sei como nunca se esbarraram por lá.
— também não sei – lari diz e ri — gente, vou ir lá na pista encontrar com um 'bofe, daqui a pouco subo de novo.
— 'tá bom, cuidado lá viu.iara diz pra larissa, que assente e sai andando, em direção a saída do camarote. troquei um papo super legal com ela, ela é bem simpática e pareceu ser uma pessoa maneira, e ainda tivemos a coincidência de morar no mesmo condomínio. fiquei curiosa sobre a pessoa dela, pelas coisas que escutei os meninos falando no carro, mas isso eu iria descobrir depois, e dependendo, tudo ia seguir como se nada tivesse acontecido, porque comigo ela era super gente boa, me deixando realmente confusa sobre os comentários que ouvi hoje mais cedo.
— ghard 'tá faltando te comer com os olhos – iara comenta e eu ri — 'tô brincando não, amiga!
— eu percebi as encaradas – confessei — ele começou a olhar muito mais quando a larissa ficou aqui conversando comigo, entendi foi nada.
— deve que quer pegar as duas.
— ai, que horror! – digo e ela ri — acha mesmo que ele é assim?
— não sei, amiga. falei brincando só – deu de ombros — e foi só falar nele...
— aí iara, pode dar licença pra eu trocar uma ideia com a maju? – ghard pergunta e iara faz careta — sem maldade.
— vou deixar, mas não é por você não – implicou e ele riu, aparentemente já meio chapado — qualquer coisa grita, maria.
— pode deixar, linda.digo e assisto ela sair, indo pra perto do thiago, que não poupou esforços pra dar um abraço apertado na garota e beijos em seu pescoço.
pensei que ghard sentaria comigo no sofá, mas não, pegou na minha mão e caminhou comigo até perto da grade que dava visão pro palco. ele apoiou seu corpo na grade, enquanto me puxava levemente pra mais perto dele. ri sozinha, mordendo o lábio inferior quase que automaticamente. eu já 'tava 'felizinha, álcool bateu e qualquer coisinha mexia comigo.— seu sorriso é 'mó bonito.
— do nada? – ri — obrigada, mas eu não curto muito.
— vendo defeito onde não tem – ele diz e coloca as mãos no meu quadril — e olha que eu não sou de ficar elogiando ninguém, 'tá?
— já vai começar a mentir pra mim? – falo e ele ri, os olhos vermelhos e o cheiro de maconha era presente ali — g.a me contou seus podres.
— quais? eu tenho tantos – admitiu, me fazendo rir — sou sincero, parceirinha.
— eu 'tô vendo – falo enquanto brincava com a correntinha em seu pescoço — ele me contou que você costumava iludir as menininhas na escola...
—'carai, eu era criança mano.
— e quando você disse pra garota que gostava dela e pegou a irmã dela 'numa matinê? – argumento e ele ri alto — a pouco tempo atrás. shandin e koda confirmaram, você é cachorro!
— isso aí é fofoca mano, não cai nessa – diz e eu ri — sem caô, enchem meu saco com essa brincadeirinha a uma cota, eu já nem ligo mais.
— sei...
— mas eu tive meus motivos, 'tá?
— tipo quais?
— 'pdp, talvez eu não tenha, mas é isso mano, eu era novin' – começou a se explicar — eu era famosinho na escola, aí como, sabe o jeito que adolescente é né, sendo menino ainda... aí eu fazia essas cagada 'memo e desde então os cara cisma que eu sou cachorro.
— mas cá entre nós – digo e ele me encara, enquanto passou a língua no lábio inferior — 'cê tem carinha de quem não presta mesmo.
— mas aí 'cê tem que reclamar com a minha mãe então – diz e eu ri — nasci assim.
— desde berço com carinha de pilantra.
— na creche o pai era rei – rimos —mas mano, falando sério agora, eu sou realista e direto, nunca fui de aumentar as parada que eu sinto. o pessoal confunde e acaba sobrando pra mim.
— você ilude e joga a culpa 'pros outros?
— 'carai, 'cê 'tá me arrastando – diz e eu ri, eu realmente 'tava implicando — eu não iludo ninguém, isso eu te juro.
— isso é uma qualidade.
— nossa, só isso? – cruzou os braços, todo marrento — tenho tantas que 'cê nem descobriu ainda.
— e nem sei se eu quero.
— quer não? – diz e ri, subindo as mãos pra minha cintura que estava descoberta por roupa, me fazendo arrepiar — engraçado que não parece.
— mas é – menti — eu não quero descobrir nada.
— pode mentir pra você mesma, pra mim 'cê não consegue.eu nem consegui responder, não veio nada em mente e isso tudo piorava só pelo fato de estarmos muito perto, com as respirações descompassadas e coração acelerado. porém, já era tarde demais, porque nesse momento ele já tinha me puxado pra mais perto e me beijado. e sendo sincera, se essa história de que todas caem no pé dele for verdade, pra mim faz o maior sentido, porque se o beijo é assim, imagina o resto...
eu sentia meu corpo corresponder, como se pedisse por mais e não quisesse que acabasse. era bom, era muito bom, e talvez nem seja pelo efeito do álcool.[...]
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𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐓𝐈𝐍𝐀, 𝗀𝗁𝖺𝗋𝖽.
Romance❝𝗌𝖾 𝖾𝗅𝖺 𝗌𝗈𝗎𝖻𝖾𝗌𝗌𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝖾𝗎 𝖿𝗂𝖼𝗈 𝗊𝗎𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗏𝖾𝗃𝗈 𝖾𝗅𝖺 𝗌𝗈́ 𝖽𝖾 𝗉𝗋𝖺𝖽𝖺 𝖼𝗈𝗆 𝖺𝗊𝗎𝖾𝗅𝖾 𝗏𝖾𝗌𝗍𝗂𝖽𝗈 𝖼𝗎𝗋𝗍𝗈, b𝗈𝗅𝗌𝖺 𝗇𝗈 𝗈𝗆𝖻𝗋𝗈, 𝖼𝗁𝖾𝗂𝖺 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗋𝗋𝖺 𝗊𝗎𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗈 𝗊𝗎𝖾𝖻𝗋𝖺𝖽𝖺 𝖼𝗁𝖾...