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ghard point of view
arena show sampa

eu disse que consigo tudo que eu quero, e ter ficado com a maju foi a prova disso agora. e sem maldade? garota além de gostosa beija bem pra porra. ela saiu pra ir no banheiro com a iara e disse que já voltava, então eu aproveitei pra fumar o cigarro de maconha que eu ainda tinha no bolso. o show já 'tava acabando mas se duvidar eu nem esperaria terminar, queria meter o pé pra outro lugar. na real 'memo, é que eu queria acabar a noite dormindo com a maju, mas pela picadilha, ela demandaria muito mais desenrolo da minha parte até chegar nos finalmente. eu sabia que não conseguiria dormir com ela logo de cara, diferentemente de qualquer outra garota que eu beijasse hoje. mas 'tá suave, eu faria esse esforço.

— e não é que o maldito conseguiu 'memo pegar a maju – koda diz, se aproximando de mim — tiro meu chapéu pra você, pai.
— se eu fosse você, acabaria com a vida de revoada agora – foi a vez de g.a — mas prefere viver na putaria...
— só por enquanto, g.a – veigh diz — eu acho que ela vai parar o trem dele.
— porra, só se ela for o batman – shandin diz — nunca vi esse cara ficar só com uma.
— né? – koda concorda — e o harém dele 'tá todo lá embaixo, já vi bruna, larissa e ana, faltam só as outras dez.
— 'carai, 'cêis exagera pra porra – finalmente digo — nada a ver isso, não fiquem falando essas fita na frente da mina não, faz favor!
— relaxa pai – koda diz — assunto morreu.
— e por que ninguém fala do veigh? – falo e a atenção é voltada pra ele — desde que chegou não larga a 'doidona dele, casou nos rolê e tudo.
— é verdade e olha que eu nem gosto de concordar com o ghard – shandin diz — 'cê não era assim, thiago.
— fazer o que, 'tô curtindo ela 'memo – veigh se pronunciou — melhor coisa é ficar de casal. e vocês? nada!
— mas e 'ae, xará – g.a diz e eu ri — vai ficar jogando na cara?
— para de se fazer, g.a – koda diz — que seus contatos 'tá tudo aí também, 'cê que não quer.
— quero 'memo não, só dor de cabeça...

parei de prestar atenção no que os cara 'tava conversando assim que vi a maju se aproximar de novo. ela sorriu pra mim, chegando mais perto e me dando um selinho rápido. dei um cheiro no pescoço da cacheada, que deu um sorriso pervertido e levantou o braço, mostrando os pelos arrepiados. eu sorri, dando de fato um beijo nela.

— acho que eu 'tô ficando bêbada – admitiu, assim que paramos o beijo — eu pareço bêbada?
— você parece gostosa.
— eu 'tô falando sério – diz e eu ri — pareço?
— deve estar, sei lá. eu também 'tô 'numa brisa boa já – digo e ela assente, enterrando o rosto no meu peito — quer ir embora? não falta muito pra terminar, mas 'cê 'tá com cara de morta.
— nossa, você não 'tava zoando quando disse que era sincero né – diz e eu ri — mas eu acho que vou querer sim.
— 'pdp, bora lá que eu te levo.
— 'tá bom, só vou me despedir do pessoal – diz na intenção de se afastar, mas eu trago ela de volta pra mim — ué, que foi?
— cumprimenta esses otário não, só 'vamo meter o pé na calada.
— bobo.

ela diz e ri, dessa vez realmente se afastando. assisti ela se despedir da amiga e depois dos caras, dando um abraço apertado especificamente no g.a. eu já tinha percebido, os dois tinham criado uma amizade maneira, ele pareceu gostar dela, mas nem vejo maldade. e se eu visse também, sinceramente, nem me importo. minha amizade com ele é mais importante do que qualquer 'mina. é escroto falar assim, mas é como eu penso, fazer o que. depois de ver ela se despedir de todo mundo, foi minha vez. nem bati muito papo, só falei que mandava mensagem no grupo se animassem algum after. minha intenção era deixar ela em casa e voltar, já que eu não iria ganhar muita coisa. descemos as escadas e caminhamos pela pista, que estava menos lotada, mas ainda tinha muita gente.

— gê, posso falar contigo? – bruna chega dizendo bem alto, por causa do som, pegando no meu braço e puxando levemente — é 'rapidinho!
— tem que ser agora 'memo? – pergunto, parando de andar. maju percebeu e parou também, olhando pra trás e vendo bruna — 'tô meio ocupado.
— é que – ela ia terminar de falar, mas eu disfarçadamente aponto pra maju, e bruna entende o recado — a, 'tá bom, vou ver se eu consigo resolver com o koda.
— 'vê lá então, tchau aí.

ela sorri sem mostrar os dentes, claramente forçando. e no papo agora, minha sorte é que a bruna é 'responsa. das mina que eu pego assim, ela deve ser a mais gente fina, não arruma perreco, não me cobra nada e se faz de maluca se alguém pergunta se a gente fica, mas é isso, a garota é chave, pena que eu sei que ela realmente resolveria com o koda, já que ela também pega ele as vezes. maju me encarou confusa mas não perguntou nada, voltando a andar na direção da saída da boate. não que eu devesse alguma explicação, mas nem imagino o que deve estar passando pela cabeça dela agora. mas é isso, não foi a primeira vez que me aconteceu e nem vai ser a última, mas sou acostumado, eu sempre sei como me safar.

[...]

𝐋𝐈𝐁𝐄𝐑𝐓𝐈𝐍𝐀, 𝗀𝗁𝖺𝗋𝖽.Onde histórias criam vida. Descubra agora