Existe amor em Paris

Brasil X Itália

Paris poderia ser classificados como a cidade das primeiras vezes das vidas de Maitê Daher e Julia Bergman.

Era na cidade luz que estavam competindo a primeira olimpiadas de suas vidas, a primeira vez delas aconteceu lá, o primeiro amor verdadeiro delas cresceu lá. Maitê conheceu o amor de mãe pela primeira vez na vida lá, ouviu sua primeira declaração de amor e sentiu pertencer a uma família em solo parisiense. Julia pela primeira vez na vida sofreu por amor lá, pediu alguém em namoro, começou a sonhar em ter sua familinha em Paris e conheceu uma miniversão suq e seu grande amor em solo parisiense.

E estavam cada vez mais perto de adicionar mais um item a lista. A primeira medalha olímpica de suas vidas, com a chance ainda de ser uma de ouro, feito esse que para as duas jovens de 20 e 23 anos era fantástico.

Maitê conseguia sentir em cada celula do seu corpo a mistura de sentimentos que tomavam conta de seu interior naquele domingo. Sua primeira final olímpica da vida e a última de sua mãe.

A loira que já tava acostumada a acordar antes de Julia se levantou cedo, tomando alguns minutos observando Julia e Elena dormindo tranquilamente a pequena tinha a cabeça e os bracinhos em cima do abdômen da ruiva que a abraçava de uma forma fofa, as perninhas de Elena estavam onde Maitê estava a poucos minutos.

Ela poderia facilmente viver cenas como essa pro resto da vida. Mas após as férias Julia voltaria para Istambul e ela para Brusque, um sentimento antecipado de saudade tomou conta do seu peito havia se acostumado ao que era bom com muita facilidade e se desacostumar parecia complicado demais.

Tomou o seu banho pensando em como seria namorar a distância e que precisaria atualizar os dois passaportes para poder visitar sua amada o quanto antes na Turquia.

De penteado para o dia escolheu apenas uma trança embutida invertida no topo da cabeça e prendeu o resto do cabelo em um rabo de cavalo, depois de pronta achou que era uma boa acordar as duas dorminhocas.

- Bom dia meu amor. - falou acordando primeiro a namorada com beijinhos pelo rosto.
- Bom dia amor, que horas são? - Julia perguntou se ajeitando na cama sem acordar Elena.
- São 9 horas, precisamos levantar. - Maitê respondeu tranquila, por mais que tivesse ansiosa para a final estar nela com Julia lhe dava uma certa tranquilidade.
- Vou me arrumar. - Julia falou levantando-se e dando um selinho em Maitê antes de ir para o banheiro.

[...]

A arena Paris Sul estava lotada mais uma vez, pessoas de diversos países não só do Brasil se misturavam com a torcida brasileira para torcerem para as meninas na busca pelo ouro.

No meio dos torcedores estava não só a pequena Elena hoje vestindo um mini uniforme com o número 6, mas também estavam André e Neide Bergman os pais de Julia que haviam ido fazer uma surpresa para a filha na final.

Todas tinham noção que esse definitivamente seria o no jogo mais acirrado de toda a olimpiada, talvez até mais que contra os Estados Unidos, mas todas estavam dispostas a dar tudo de si para levarem o ouro para casa.

Os dois primeiros sets foram protagonistas de grandes rallys que testavam os corações de todos, mas mesmo assim o Brasil estava na frente levando o primeiro com uma diferente de 25x18 e o segundo com uma diferença de 25x20.

O terceiro set começará com a mesma energia, ou até maior se fosse reparar, Brasil estava na frente com 15 a 10 já. Foi quando Julia sem querer deu mais um de seus nocautes na cara de uma das jogadoras da Itália, a ruiva pois as mãos na boca e os olhos levemente arregalados se sentindo culpada logo pediu desculpas em inglês mesmo supondo que a garota iria entender. Mas a resposta veio em italiano "è davvero una stronza"* que Bergman não entendeu, porém Rosa e Maitê sim e muito bem.