show da vida part 1

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O último dia em São Paulo chegará e com ele a entrevista para o Fantástico também,uma reportagem para o show da vida contando sobre as histórias de vida de ambas, sobre toda a descoberta de serem mãe e filha e como o vôlei as uniou. A entrevista ia ser em um estúdio da globo e elas sabiam que algumas pessoas haviam gravado depoimentos para a matéria.

- Bem-vindos aos estúdios globos. - Maju Coutinho cumprimentou a todos assim que eles entraram, Julia, Elena e Rafael haviam ido juntos com as duas.
- Obrigada Maju é um prazer te conhecer. - Disse Thaisa educadamente.
- Concordo realmente é um prazer te conhecer. - Maitê a cumprimentou também de forma educada.

Após as devidas apresentações, se dirigiram para fazerem uma maquiagem básica para as filmagens, colocaram os microfones e se dirigiram para o estúdio que estava preparado com se fosse uma sala de estar.

- Duas potências do vôlei, uma em cada ponta da história, um legado forte marcado por resiliência, dedicação e amor ao esporte. Vidas separadas pelas adversidades humanas e unidas pelo esporte. Talvez esse pudesse ser um resumo da história de Thaisa e Maitê Daher, mas essas duas mulheres são bem mais do que isso. - Maju Coutinho começou a dizer iniciando a entrevista. - Boa noite Thaisa, boa noite Maitê, sejam muito bem-vindas.- a mulher cumprimentou as duas de forma simpática.
- Boa noite Maju é um prazer estar aqui. - Thaisa falou com uma postura firme.
- Boa noite Maju. - Maitê respondeu tímida.
- O Brasil inteiro está querendo saber um pouco da história de vocês. - Maju continuou. - Maitê como o vôlei entrou na sua vida ? - a mulher perguntou para a mais nova.
- Bom quando eu tinha 8 anos de idade Márcia me colocou no colégio interno e foi lá meu primeiro contato com o vôlei. Desde a primeira aula de educação física até hoje nunca mais parei de jogar. - Maitê respondeu dando uma leve risada ao se lembrar do encantamento que sentiu ao jogar vôlei pela primeira vez.
- Você também começou a jogar cedo não foi Thaisa? - Maju questionou agora para a mais velha.
- Eu comecei mais tarde do que ela, com 14 anos. - Thaisa respondeu sorrindo.
- Maitê e em que momento você decidiu que queria ser jogadora de vôlei profissional? - Maju questionou.
- Com uns dez anos, eu tava de férias no Rio de Janeiro com um padrasto meu e a filha dele e fomos ver um jogo do VNL da seleção. Foi nesse ano também que vi a Thaisa pela primeira vez. - Maitê contou, se lembrava exatamente do primeiro jogo que viu da seleção brasileira de vôlei.

Marcia não a deixava ver muita coisa sobre vôlei e só não a proibia se jogar pelo internato pois sabia que Maitê não ia aceitar ser proibida. Mas naquelas férias a mulher tinha ido para Europa fazer um curso e deixado ela sobre os cuidados do pai da Laura que na época ainda era vivo.

O homem sabendo do amor pelo vôlei da enteada levou Laura e ela para uma viagem até o Rio de Janeiro e para ver o jogo da seleção na VNL, foi lá que Maitê viu Thaisa pela primeira vez e não só se tornou fã da mulher como também decidiu que seria uma jogadora profissional como ela.

- Thaisa e você sabia dessa história? - Maju perguntou curiosa.

- Eu soube pouco tempo depois de nós conhecermos pessoalmente, muito antes de se quer saber que ela era minha filha. - Thaisa respondeu simpática.

- Falando nisso nos conte Thaisa, pois muitos fãs querem saber. Como foi toda essa história? - Maju fez umas das perguntas que elas sabiam que iria surgir.

- Eu estava no começo da minha carreira e bem era toda errada, fazia sempre o que me dava na telha. Numa dessas acabei engravidando do meu namorado na época, tinha 16 quase 17 anos. - Thaisa começou a contar por mais que soubesse que teria que reviver aquela noite ainda era doloroso e se tornará um pouco mais ainda por saber que sua menina não cresceu rodeada de amor como gostaria que tivesse sido. - No começo fiquei bem assustada,mas no momento que escutei o coração dela no ultrassom foi como se nada mais no mundo importasse. - Thaisa confessou emocionada.

- E seu namorado na época como ficou ? - A mulher questionou.

- Pedro ficou encantado com a notícia de ser pai, ele era apaixonado por ela. - Thaisa respondeu com os olhos vermelhos já.
- Ele sabe que ela esta viva ? - Maju questionou.
- Ele faleceu em acidente um mês antes da Maitê nascer. - Thaisa respondeu cabisbaixa.

Obviamente Thaisa amava sua vida, seu marido e tudo que havia conquistado. Mas sempre se perguntava o que teria sido sua vida se ele não tivesse falecido, afinal fora seu primeiro amor, se pegava muitas vezes imaginando que talvez Maitê não tivesse sido sequestrada e eles poderiam ter sido uma família unida e feliz.

- Sinto muito. - Maju disse percebendo a delicadeza do assunto.
- Mas bom continuando a explicar, no dia em que Maitê nasceu minha obstetra que também se dizia estar grávida estava lá na hora do parto normalmente. - Thaisa falou continuando a história. - Foi um parto cansativo mas maravilhoso,poder pegar minha filha nos braços, ouvir seu chorrinho sentir seu cheiro foi a melhor sensação do mundo. - A mulher falou com a voz embargada. - Mas minha mãe precisou ir em casa buscar umas coisas e tomar um banho para passar a noite com a gente. Nesse meio tempo eu acabei adormecendo e quando acordei Maitê já não estava do meu lado. - Uma lágrima teimosa caiu e Maitê abraçou a mãe. - Foi um desespero total,meu mundo simplesmente caiu naquele momento. - Thaisa estava abalada por relembrar mais uma vez da fatídica noite.

- E a polícia não fez nada ? - Maju questionou indignada.
- A polícia investigou por um tempo, mas depois arquivaram por falta de provas para seguir um raciocínio, nós pedimos sigilo com medo de quem a tivesse sequestrado fizesse uma maldade com ela.

- E como foi que desconfiou que Maitê pudesse ser sua filha? - a mulher perguntou continuando a entrevista.

- Maju me desculpe eu não estou me sentindo bem. - Thaisa disse sentindo uma leve falta de ar e angústia tomar conta de si, ter contado sobre para sua filha e seu time era totalmente diferente de contar para um Brasil todo.

A entrevista precisou ser interrompida por uns instantes até que ela se acalmasse. Thaisa abraçou o marido que a aconchegou em seus braços de forma protetora, Maitê que não gostará nem um pouco de ver a mãe daquele jeito abraçou Julia que estava só observando a situação enquanto Elena dormia no carrinho, a ruiva fez um cafuné nos fios loiros da garota sabia que esse ato a confortava.

- Thaisa você está bem para continuar? - Maju perguntou assim que todas voltaram para seus lugares.
- Sim estou. - Thaisa respondeu mais calma
- Bom minha última pergunta havia sido como foi que você desconfiou que Maitê poderia ser sua filha? - a mulher perguntou novamente.

- Bom a semelhança entre nós duas sempre foi muito evidente,não só na aparência como como potencial de jogo. - Thaisa começou a responder. - No início até achei que fosse uma ironia da vida, mas nossa conexão quase que instantânea parecia coisa de alma e no dia que vi a marca de nascença dela idêntica a minha e da minha família uma luz se acendeu. Foi quando o teste de DNA foi feito e confirmou o que até já era a teoria de muitos fãs - a mulher terminou de responder.

- E para você Maitê como foi isso? - Maju perguntou para a garota.

- Eu sempre admirei e me espelhei muito em sua garra, força e determinado. - Maitê começou a falar. - Quando a conheci pessoalmente foi incrível e nossa conexão foi quase que instantânea, no dia que descobri através da internet foi uma loucura e fiquei bem confuso. Mas depois eu e Thaisa conversamos e eu ganhei a melhor mãe do mundo. - Maitê respondeu abraçando a mulher.

- Maitê nas suas redes sociais você já está usando o sobrenome Daher,mas e a sua documentação vai mudar? - Maju questionou curiosa.
- Na verdade já mudou Maju, poucos dias depois quando se confirmou que quem me sequestrou fora Márcia lá de Paris através de uma procuração meu advogado já entrou com todo o processo e essa semana os documentos novos sairam, tanto os meus quanto os da minha filha. - Maitê explicou firme, tinha pego os documentos novos no dia anterior.

- Você também foi mãe jovem não é Maitê? - Maju perguntou para a garota.
- Sim, Elena nasceu eu tinha 18 quase 19 anos. Acho que ser apocalíptica está no sangue - Maitê brincou tirando risadas de todos.

Continua...

Olá meus amores, dividi o capítulo em duas partes para não ficar muito grande. Mas já já venho com a segunda parte.

Beijinhos e até já já💋

Existe amor em Paris Onde histórias criam vida. Descubra agora