Julia não sabia explicar o que sentiu ao ver Maitê sendo acuada por Miguel Anselmo Junior, o filho de um grande empresário de Brusque e um dos sócios do time de base do Brusque.
Ela e as meninas do time estavam à procura de Mai ao perceber que ela não estava na quadra. Só saiu do choque inicial ao perceber Thaisa puxando ele pelo colarinho da camisa e o tirando de perto da garota que hiperventilava e tremia de nervoso.- Ela vai ficar bem. - Thaisa falou colocando a mão no ombro de Julia.
Já passava da meia noite, o médico da enfermaria havia dado um calmante para Maitê, que até conseguira jantar em silêncio total mas conseguira. E agora estava dormindo sendo velada por Julia e Thaisa que se sentiam angustiadas.
- Ela te falou qual a ligação dela com o Junior ? - Julia questionou curiosa, não por ciúmes.
- Não sei, mas ele é mais velho que ela não é? - Thaisa falou pensativa.
- Uns 5 anos. - Julia respondeu bocejando, estava começando a ficar sonolenta
- Vamos dormir Ju, ela tá bem dormindo. - Thaisa falou levantando-se da cama da ruiva. - Qualquer coisa chama eu ou a Gabi vamos estar no quarto ao lado. - a mais velha falou se despedindo com um beijo na bochecha.Julia tomou um banho morno para relaxar, Ana Cristina já dormia a tempos então fez o mínimo de barulho possível para não acordar as duas. Antes de se entregar ao sono mandou mensagem para o irmão se desculpando por não ter conseguido apresentar a Maitê para ele e dizendo para se verem amanhã pra eles se conhecerem.
[...]
Era cerca de quatro da manhã quando Julia despertou ouvindo um gemido incômodo. Coçou os olhos tentando espantar o sono e entender o que estava acontecendo.
Olhou para cama ao lado da sua, Maitê estava com a manta por cima do rosto e se mexia devagar como se não achasse uma posição.- Babe? - Julia a chamou sem sucesso.
A Bergman levantou-se indo em direção da cama da Menezes tirando a manta rosa da sua cabeça e recebendo um resmungo de volta.
- Tá frio. - Maitê reclamou tentando puxar a manta de volta.
- Meu amor cê deve tá com febre. - Julia falou colocando a mão na testa da mesma. - Cê tá queimando de febre. - a ruiva disse espantada. - Toma. - falou entregando um cumprido de dipirona para ela.
- O que é ? - Maitê questionou baixinho.
- Dipirona. - Julia respondeu levemente impaciente.
- Não posso, sou alérgica. - Maitê respondia fraca.
- Droga. - Julia praguejou tensa. - Você deve tá com muita febre tá até suando, o que toma ? - questionou preocupada.
- Aspirina é o único que posso. - respondeu encostando a cabeça no ombro da Julia que tava do seu lado.
- Ana acorda Ana. - Julia chamou pela amiga que dormia profundamente.
- Julia Isabelle Bergman o sol nem apareceu que foi? - A garota respondeu acordando brava.
- Tem aspirina? - Perguntou direta.
- Que merda é essa e porque você quer isso? - Ela questionou sentando na cama.
- Maitê tá com febre e só pode aspirina. - explicou mostrando a loira toda enrolada na coberta com o rosto todo vermelho e transpirando.
- A Thai deve ter ela tem alergia a umas coisas aí. - Ana respondeu levantando-se calçando o chinelo e saindo do quarto.A porta do quarto abriu poucos minutos depois com uma Thaisa com a cara de inchada de sono, segurando uma necessaire e uma Gabi atrás também com cara de sono.
- Como ela tá? - Thaisa perguntou visivelmente preocupada.
- Acho que a febre tá aumentando, ela não tá mais me respondendo. - Julia respondeu preocupada.
- Deixa eu ver. - Daher disse apontando um termômetro de testa. - 39.9 ela tem que ir pro chuveiro. - Thaisa falou firme.
- Thaisa ela não consegue ficar em pé. - Julia falou brava fazendo a Daher revirar os olhos indo até o banheiro ligando o chuveiro no morno e voltando pegando Maitê no colo.Thaisa colocou Maitê debaixo da água apoiando ela em seu tronco, que tremeu com o contato, afinal a mesma usava um baby doll rosa. Julia, Ana e Gabi olhavam da porta intrigadas com a semelhança que ficara mais evidente com as duas tão perto.
Foi no exato momento que Thaisa pegou o cabelo de Maite na tentativa de fazer um coque para ela não acabar molhado que um choque percorreu cada centímetro do seu corpo. Próximo a sua clavícula direita levemente rosada com um formato de coração existia uma marca de nascença idêntica a que Thaisa possuía e todas as mulheres da sua família também possuíam.
Memórias de um passado escondido e doloroso fizeram a mais velha ficar tensa com tamanha coincidência, ou não tanto assim, ficou ainda mais quinze minutos debaixo do chuveiro com a mais nova que parecia começar a ficar mais desperta.
- Vem vamos sair. - Thaisa falou desligando o chuveiro e entregando a toalha que Julia lhe tinha entregue e o pijama também.
Maitê saiu do banheiro minutos depois com semblante melhor, suas bochechas não estavam mais vermelhas. As meninas estavam todas a sua espera.
- Você tem essa marca desde quando? - Thaisa questionou ao se aproximar para verificar a temperatura.
- Até onde sei desde que nasci. - Maitê respondeu abraçando Julia que se aproximara
- 37.8, quer tomar a aspirina? - Thaisa questionou e Maitê respondeu afirmando com a cabeça.
A garota evitava ao máximo tomar remédio, mas sabia que a febre que tinha tido estava relacionada a crise de anos que tivera e só o banho não iria resolver.Thaisa entregou o comprimido sublingual para ela antes de pegar suas coisas para saírem do quarto e tentarem dormir mais um pouco já que estavam de folga.
- Thai obrigada. - Julia falou a agradecendo pela ajuda.
- Já disse precisando tô aqui. Melhoras Mai. - Ela disse antes de se despedir das três e sair do quarto.
Gabi também se despediu das três garotas e voltou para o quarto que dividia com Thaisa com alguns questionamentos passando na cabeça.- Bom eu vou voltar a dormir, boa noite casal. - Ana falou dirigindo-se a própria cama.
- Dorme comigo? - Maitê pediu para Julia q
que ainda estava abraçada a ela.
- Vem vamos deitar. - Julia a puxou para própria cama a ajeitando em seu abraço. - Babe você tem noção da semelhança sua e da Thaisa? - A ruiva questionou e quando estavam trocando carícias deitadas juntas.
- Até você princesa? - Maitê questionou com uma leve risada.
- É sério, quando ela tava te ajudando a baixar a febre debaixo do chuveiro parecia que você realmente era uma versão mais jovem dela. - Julia disse se recordando que pela primeira vez havia observado verdadeiramente as duas juntas.
- Deixa essa história pra lá vai. - Maitê falou dando um beijo em Julia.Assim como o primeiro beijo delas esse teve a sincronia perfeita como se existisse uma combinação perfeita, uma sincronia que só poderia existir entre elas e mais ninguém. Terminaram o beijo entre selinhos e assim ficaram trocando carícias e beijinhos até o sono surgir novamente.
Olá meus amores voltei com a continuação do outro capítulo, espero que tenham gostado.
Meus amores eu preciso da ajuda de vocês para definir algo muito importante para o seguimento dos próximos capítulos. Qual ligação vocês acham que Thaisa e Maitê tem ? Porque elas tem a mesma marca de nascença que todas as mulheres da família da Thai também tem ? Preciso saber a opinião de vocês antes de continuar os próximos capítulos.
Beijos e até amanhã. Capítulo não revisado.
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Existe amor em Paris
Fiksi PenggemarO amor tem suas próprias regras, seu próprio tempo, mesmo no escuro é iluminado. Alguns conseguem encontrar o amor da sua vida e o amor para sua vida na mesma pessoa, já outros não tem essa mesma sorte. Porém Maitê conseguiu encontrar os dois em um...