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O estádio estava lotado, fervilhando de torcedores ansiosos. Era a final do Campeonato Brasileiro feminino, e o Corinthians se preparava para enfrentar o Cruzeiro. S/N, agora jogadora titular do Corinthians, sentia a pressão e a emoção a cada minuto que passava. Mas, por trás dessa ansiedade, havia um sentimento mais profundo e complicado: Byanca Brasil, sua ex-namorada, estava do outro lado do campo, vestindo a camisa azul do Cruzeiro.
As duas tiveram um relacionamento intenso, repleto de amor e paixão, mas as pressões do futebol e a rivalidade entre os times acabaram por separá-las. Embora a amizade ainda existisse, a tensão entre elas era palpável. A cada olhar que trocavam, S/N sentia uma mistura de saudade e dor.
Quando o apito inicial soou, as jogadoras entraram em campo, cada uma com sua determinação e foco. S/N tentou se concentrar no jogo, mas a presença de Byanca a distraía. A habilidade dela em campo era inegável; Byanca driblava com graça, e sua energia era contagiante.
No primeiro tempo, o Cruzeiro abriu o placar com um gol de Byanca. A torcida explodiu em alegria, mas S/N sentiu um nó no estômago. Ela sabia que era apenas uma partida, mas o que estava em jogo era muito mais do que um troféu. Era a chance de ver seu coração partido e sua amiga brilhar.
Quando o Corinthians empatou com um gol de S/N, o estádio vibrou. As duas se olharam por um breve momento, e S/N sentiu seu coração acelerar. A conexão entre elas ainda estava lá, mesmo que não pudessem mais ser o que foram.
O segundo tempo trouxe mais emoções. As jogadoras estavam dando o seu melhor, e a rivalidade estava em alta. Ao longo do jogo, S/N e Byanca se encontraram várias vezes, trocando olhares desafiadores e sorrisos tímidos. Cada drible e cada jogada se tornavam uma dança entre o amor e a rivalidade.
Faltando cinco minutos para o fim da partida, o jogo estava empatado. O Corinthians teve uma falta perto da área do Cruzeiro, e S/N era a responsável pela cobrança. Ela se posicionou, respirou fundo e se lembrou das noites em que praticaram juntas, quando eram mais do que apenas jogadoras; eram parceiras em todos os sentidos.
Com um toque preciso, ela chutou a bola, que passou pela barreira e entrou no gol, colocando o Corinthians na frente. A torcida explodiu em celebração, mas S/N sentiu um vazio ao olhar para Byanca, que estava de pé, com um semblante de determinação e dor.
O apito final soou, e o Corinthians se consagrou campeão. S/N correu em direção à torcida, mas seu olhar procurou Byanca. As duas se encontraram no centro do campo, e a emoção era intensa.
— Parabéns pelo jogo — S/N disse, com sinceridade, enquanto aplaudia a amiga.
— Você também foi incrível — Byanca respondeu, tentando esconder a tristeza em sua voz. — Sinto que ainda existe muito entre nós.
O que deveria ser uma celebração se transformou em um momento de vulnerabilidade. S/N olhou nos olhos de Byanca e viu a dor da separação, mas também a esperança de um recomeço.
— Eu sinto falta de nós — S/N confessou, a voz tremendo. — O futebol é importante, mas você sempre foi especial para mim.
Byanca sorriu, um sorriso triste, mas sincero. — Eu também sinto falta. A rivalidade é intensa, mas nosso amor foi ainda mais forte.
Ambas sabiam que o caminho seria complicado, mas a conexão que tinham não podia ser ignorada. Elas decidiram que, independentemente de serem rivais em campo, a amizade e os sentimentos que compartilhavam sempre estariam presentes.
E assim, enquanto a torcida comemorava a vitória do Corinthians, S/N e Byanca se afastaram um pouco da multidão, conversando sobre o que poderia ser um novo capítulo em suas vidas. O futebol, a rivalidade e o amor se entrelaçavam, e, juntas, elas estavam prontas para enfrentar o que viesse pela frente, lado a lado, como sempre deveriam ter sido.
