Tainá José (Maranhão)

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A luz do meio-dia entrava pela janela do meu quarto, mas eu não conseguia sentir a energia do sol. A rotina pesada e as discussões constantes com Lucas haviam me deixado exausta. Cada palavra que saía de sua boca parecia um golpe, e eu me sentia presa em um ciclo sem fim de promessas não cumpridas e inseguranças. Ele não entendia que eu precisava de mais do que apenas palavras; eu precisava de amor, respeito e liberdade.

Foi em um dia qualquer, durante uma partida do Palmeiras, que conheci Tainá José. Eu era apenas uma espectadora, parte da torcida que vibrava a cada jogada, mas algo na forma como ela se movia em campo chamou minha atenção. Era como se ela fosse feita de pura paixão, e, ao mesmo tempo, havia uma força tranquila que emanava dela. Depois do jogo, nosso olhar se cruzou, e aquele momento se transformou em um convite silencioso.

Tainá se tornou meu refúgio. Nossas conversas começaram de forma casual, mas rapidamente se transformaram em algo mais profundo. Ela me escutava de uma maneira que Lucas nunca fez. Cada encontro era uma fuga da realidade, um momento em que eu podia ser eu mesma, sem máscaras. Com Tainá, eu me sentia viva, livre para sonhar.

Lembro-me de uma tarde em que decidimos nos encontrar em um parque próximo ao estádio. O clima estava perfeito, e eu me sentia nervosa, mas animada. Quando a vi chegar, seu sorriso iluminou meu dia. Tainá estava vestida com a camisa do Palmeiras, o cabelo preso em um coque bagunçado e um olhar que transmitia segurança.

“Oi, amor,” ela disse, envolvendo-me em um abraço apertado. “Como você está?”

“Melhor agora que estou aqui,” respondi, sentindo o peso do mundo se dissipar por um momento.

Enquanto caminhávamos, Tainá me contava sobre seus treinos e suas ambições no futebol. Eu a escutava com admiração, mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim gritava para que eu fosse forte o suficiente para sair daquela relação tóxica. O amor que eu sentia por Tainá era diferente, era gentil e acolhedor, e isso me fazia questionar tudo.

Em um momento de coragem, decidi abrir meu coração. “Tainá, eu... eu não sei como sair dessa situação com o Lucas. Ele não me respeita, e eu me sinto tão presa. Às vezes, acho que não mereço ser feliz.”

Ela parou e segurou meu rosto com as mãos, olhando nos meus olhos. “Você merece ser feliz, s/n. Ninguém deve te fazer sentir assim. Você é forte, e eu estou aqui para te apoiar. Não tenha medo de fazer o que é melhor para você.”

Aquelas palavras eram como um bálsamo para a minha alma. Eu sabia que Tainá estava certa, mas a ideia de deixar Lucas parecia assustadora. Seria um passo em direção à liberdade, mas também significava enfrentar o desconhecido.

Nos dias que se seguiram, continuei me encontrando com Tainá, e cada momento ao seu lado me dava coragem. Eu a via jogar, sua paixão pelo futebol refletindo em cada drible e em cada gol, e isso me inspirava. Finalmente, em uma noite chuvosa, decidi que era hora de dar o passo que eu tanto hesitava.

Com o coração acelerado, enfrentei Lucas. A conversa foi difícil, e ele tentou me convencer a ficar, mas eu sabia que não era mais a mesma. Havia uma nova força dentro de mim, alimentada pelo amor que Tainá me oferecia. E assim, deixei aquele relacionamento tóxico para trás, dando espaço para algo que realmente importava.

Após a separação, procurei Tainá. Encontrei-a na academia, treinando. Quando ela me viu, seus olhos brilharam. “Você está bem?” perguntou, com um olhar preocupado.

“Estou livre,” respondi, e a expressão no rosto dela se transformou em um sorriso radiante.

“Tinha certeza de que você conseguiria,” disse Tainá, puxando-me para um abraço apertado.

A partir daquele dia, nossas vidas se entrelaçaram ainda mais. Tainá se tornou não apenas minha amante, mas meu apoio e minha força. Juntas, estávamos construindo um novo capítulo, um onde o amor florescia em meio à liberdade e ao respeito.

E, finalmente, eu me sentia em casa.

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