Letícia Izidoro

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S/n pov

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S/n pov.

Era uma manhã ensolarada em São Paulo, e o cheiro do campo de futebol me envolvia como um abraço acolhedor. A bola rolava sob meus pés, e a adrenalina pulsava em minhas veias. Eu sempre sonhei em ser jogadora de futebol, mas a realidade de ter pais que não aceitavam essa paixão era um fardo pesado. O que eu mais queria era que eles vissem o quanto eu amava o que fazia, mas a pressão para seguir um caminho "mais apropriado" sempre estava presente.

Letícia, a goleira incrível do Corinthians, era a única que realmente entendia minha paixão. Nossos treinos juntos eram momentos de pura felicidade. Ela me incentivava a ser melhor, a brilhar em campo e, além disso, o amor que tínhamos crescia a cada dia. O jeito que ela defendia os gols era como uma dança, e seu sorriso iluminava até os dias mais difíceis.

Depois de meses de namoro, decidi que era hora de apresentar Letícia aos meus pais. Eu estava nervosa, mas cheia de esperança. Imaginei que, talvez, eles pudessem ver o quanto eu era feliz ao lado dela. Preparei um jantar em casa, com a mesa cuidadosamente arrumada e o cheiro do meu prato favorito no ar. Letícia chegou, linda como sempre, e meu coração disparou.

Quando os meus pais a viram, a expressão em seus rostos não foi a que eu esperava. Eles a cumprimentaram com um sorriso forçado, mas eu percebi a tensão no ar. Enquanto tentávamos conversar, a conversa logo desviou para o futebol. Meu pai fez um comentário sobre como o futebol feminino ainda estava longe de ser tão respeitado quanto o masculino. A raiva e a frustração começaram a borbulhar dentro de mim.

Letícia tentou se manter calma, mas eu podia sentir que ela também estava desapontada. Eu a admirei por sua força e confiança, mesmo diante do desprezo que sentimos. Tentei explicar para meus pais como o futebol era importante para mim e como Letícia era uma parte fundamental da minha vida. Mas a resposta foi dura: "Você precisa de um futuro seguro, não de um sonho que não vai levar a lugar nenhum."

A pressão aumentava e, em um momento de desespero, eu finalmente explodi. Falei sobre como o futebol era o que me fazia feliz, sobre como eu não podia viver com a expectativa deles, e que Letícia era a pessoa que me apoiava, não só como jogadora, mas como parceira. "Se você não conseguem aceitar isso, então eu não sei como será nossa relação!", eu gritei, sentindo a lágrima escorregar pelo meu rosto.

Letícia segurou minha mão, e o olhar dela era um misto de preocupação e amor. Eu sabia que ela estava passando pela mesma dor que eu. Meus pais não disseram mais nada. O silêncio se arrastou, pesado, até que finalmente decidimos nos retirar. O ar fora de casa parecia mais leve, mas meu coração estava apertado.

Ao voltarmos para o campo, a grama verde parecia mais vibrante do que nunca. Eu sabia que o caminho não seria fácil, mas Letícia estava ao meu lado. Juntas, éramos mais fortes. A paixão pelo futebol e o amor que compartilhávamos eram as coisas que realmente importavam. E, apesar da rejeição, eu estava determinada a lutar pelo meu sonho e por nós.

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