oi, gente! meio q quando eu tava morando em londres tava impossível de escrever por conta do meu curso. agora q tô mais tranquila eu planejo sim terminar as fanfics pq n gosto de histórias não terminadas. então fica aqui meu grandíssimo me perdoem e obrigada por esperarem, se é que tem alguém aqui ainda lendo! saudade de stelolô, né meninas? puts! vamos lá, recapitulando..
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— Mamãe, mamãe.. — Clara entrou no quarto da mãe correndo com o cabelo bagunçado e parou assim que viu a cena.
A menina estava petrificada na frente da cama da mãe, bem no meio. O barulho de inalar o ar, aquele "aaaaa" engolido de quem está completamente em choque. Foi isso que os acordou.
— A mamãe e o papai casou!!! — Clarinha gritou, chocada.
Heloísa se apressou em levantar. Como poderia ter sido tão descuidada em adormecer com ele? E pra piorar, estavam abraçados. Ela se levantou, atordoada. Stenio, completamente descabelado e vestindo o robe de Helô, estava praticamente grogue na cama.
Eles tinham bebido juntos e passado a noite inteira acordados. Caíram no sono por pura exaustão, e ele tinha mais do que certeza de que Heloísa o estava odiando por ter ficado.
— Clarinha, amor, às vezes quando os adultos se.. — Stenio puxou o assunto se sentando na cama.
Helô o encarou profundamente, já agachada no chão, na altura da filha. Acariciava os cabelos escuros da menina, os cachos perfeitos que eram melhores do que os de Helô. Muito mais lindos. Clara era, em suma, muito perfeita. Os olhos meigos de Stenio, e aquele sorrisinho sacana também. A menina era inteligente, e Heloísa detestava ter que dar um banho de água fria na garota.
— Amorzinho. Lembra que você fez questão do papai ontem? — A menina assentiu. — Bom, acabou que o carro do papai quebrou e ele não tinha como ir pra casa, tava bem tarde. Então eu deixei ele dormir aqui, pra ir embora agora cedinho.
— Vocês não casou? — Clara perguntou confusa e já evidentemente frustrada.
Heloísa queria morrer. A sensação era terrível. Desapontar a filha daquela forma.
Mas antes fazer isso agora, do que fingir uma volta que evidentemente terminaria do único jeito que eles conheciam. Em divórcio, brigas, e mais traumas.— A gente não casou, filha. — Heloísa riu aliviando o clima. — Pra casar tem que usar um vestido branco, lembra? Mamãe te mostrou as fotos dos casamentos com o papai.
Clara então suspirou, encarando o chão.
— Eu achei que sim. Papai tava te abraçando agarradinhuuuu e você tava no colinho dele assim ó, mamãe. — A menina pontuou imitando a tranquilidade e leveza.
Heloísa sentia o coração doer de verdade.
Até aquela criança notava o quanto a delegada amava o advogado, e isso era ridículo. Quando Heloísa tinha perdido o jogo de cintura dessa forma?— Eu ia botar teu pai pra dormir no sofá, mas ele tava com muita dor nas costas. Você sabe como o papai é, não sabe? — Helô brincou com o nariz da menina, apertando a pontinha como um botão. — Ele te pega nos ombros quando vocês estão na praia e depois reclama por semanas! — Heloísa riu leve, tentando aliviar o clima.
Clara levou os olhos para o pai em busca de que ele negasse tudo o que a mãe disse. Normalmente o pai era assim, falava coisas mais positivas que a mãe. Nada veio. Ele apenas fez uma cara de conformidade e sorriu fraco para a menina.
— Por que você não vem comigo e a gente faz o café e umas panquecas enquanto seu pai toma um banho e se veste pra ir pro escritório? — Heloisa convidou Clara, oferecendo a mão para a filha, que a pegou de bom grado.
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