serei gentil

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Ele assistiu enquanto ela dormia tranquilamente em seu peitoral.
Estava exausta, era notório.
Aproveitou a situação e tirou uma foto dela apagada em seus braços, os dois nus.
Na foto, obviamente, não se via muita coisa. Mas o que se via era suficiente para entender o clima, o contexto.
E Moretti veria.

"Fim de semana começando do melhor jeito possível."

Ele postou checando se Moretti ainda o seguia. Claro que sim. Se bobeasse, tinha suas notificações ativas para assistir cada passo de Helô.
Então, ele veria. Mesmo de longe.

Stenio ajeitou o lençol no corpo dela, fazendo um cafuné na esposa. Esperou tempo suficiente até que aquele filho da puta visualizasse e sentiu que podia finalmente dormir depois que isso aconteceu.

Helô virou de costas para ele, apesar de nunca afastar o corpo. Ele a abraçou por trás e a apertou em seus braços, feliz por estar ali no final das contas.

Heloísa acordou ainda morrendo de sono.
Sentia os braços dele ao redor do corpo dela. Agradeceu mentalmente por não precisar ir pra delegacia naquele sábado de manhã.

Stenio dava cheirinhos no pescoço dela.

Ela riu baixo, sonolenta e preguiçosa.

— Você não dorme, não?

— Dormi depois de você e acordei antes. — Ele explicou murmúrio.

A voz dele ficava bem grossa durante as manhãs.

— Acordou faz tempo?

— Uns quinze minutos.

Helô suspirou acariciando o braço que a envolvia e a aconchegava. Permaneceu de olhos fechados.

— Eu poderia dormir por mais umas dez horas. — Ela concluiu. — Não quero sair daqui.

Stenio riu baixo.
Deu beijos delicados no pescoço dela, indo pro ombro. Logo, chegou nas costas da delegada.
Ela arrepiou e contraiu as costas rindo.

Amooor. — Ela resmungou.

— Que foi? Não posso mais te acordar com carinho? — Stenio voltou a abraça-la. Dessa vez, ela sentiu o volume roçando na bunda dela.

Riu baixo, se virando para ele. Stenio ficou em cima dela, apoiando o braço esquerdo no colchão.

— Claro que pode, você sabe que eu amo. Mas você tá me causando arrepios.. — Ela sussurrou sonolenta.

— Ah, é? — Ele encostou a testa na dela e passou a mão pelo corpo da esposa, acariciando e alisando.

Ela assentiu, roçando o nariz ao dele.

— Eu não sei se aguento.. — Ela confessou num sussurro, timidamente.

— Aguenta sim.. Claro que aguenta. — Ele sussurrou, manhoso, querendo convencê-la.

— Amor.. — Ela riu baixo. — Foi muito bom. — Ela o olhou nos olhos com intensidade. — Foi nossa melhor noite. De longe. E olha que já tivemos várias muito boas. Você acabou comigo.

— Eu amo te ouvir dizendo esse tipo de coisa. — Ele admitiu. — Que eu acabei com você. A inabalável delegada Heloísa Sampaio

— .. Alencar. — Ela completou.

Ele mordeu o lábio inferior gostando do que ela adicionou a sua fala.

— Inabalável delegada Heloísa Sampaio Alencar. — Ele se corrigiu.

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