capítulo 14 - O retorno de Sanzu

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O sol se pôs, deixando um rastro de luz avermelhada no horizonte, enquanto Sanzu finalmente cruzava os portões da Bonten

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O sol se pôs, deixando um rastro de luz avermelhada no horizonte, enquanto Sanzu finalmente cruzava os portões da Bonten. O dia inteiro havia se arrastado como um pesadelo em câmera lenta; a lembrança do momento íntimo que teve com Yumiella ainda ardia em sua mente, um misto de paixão e possessividade que o deixava inquieto. Mas agora, os afazeres o chamavam de volta, e o peso do mundo dos negócios obscuros se impunha sobre seus ombros.

Ele entrou no edifício, sentindo a atmosfera carregada de tensão. O sussurro do que acontecera na noite anterior ainda parecia ecoar em sua mente, mas não havia espaço para fraqueza nesse universo implacável. Não quando a lealdade de seus homens estava em jogo e os traidores escondiam-se nas sombras.

À medida que Sanzu atravessava o corredor, passou por alguns de seus homens. Olhares preocupados e murmúrios se espalhavam à medida que ele se aproximava da sala de reuniões. O clima era tenso, quase palpável; havia um feromônio de medo no ar, algo que sempre se manifestava antes do início de uma caçada. Uma caçada que ele estava mais do que preparado para liderar.

Na sala, os membros mais próximos da Bonten reuniram-se em torno de uma mesa pesada de madeira escura, coberta de papéis e mapas de áreas que eles controlavam. Todos pararam em silêncio ao perceber a entrada de Sanzu, que tomou o lugar à cabeceira da mesa.

— Temos traidores entre nós — nunciou ele, sua voz grave cortando o ar como uma faca afiada. — Um deles está prestes a se tornar um exemplo.

Um homem baixo e nervoso, Taro, pisoteou os pés, olhando para Sanzu com uma expressão de temor. — Mas, chefe, temos informações limitadas. Não sabemos quem é o responsável.

— Então vamos fazer uma demonstração — disse Sanzu, os olhos brilhando com uma intensidade fria. — Vamos forçar alguns deles a falar. E se isso não funcionar... bem, vocês sabem o que fazer.

— Sanzu já voltou como? — Ran sorriu de forma debochada como uma vibora — sentimos sua falta axalote.

— Não começa Ran — alertou Rindou — Sanzu parece diferente.

— Não importa, ele poderia até ter virado um crente. O importante é ele ter voltado — Kokonoi balbuciou, lixando suas unhas — Estou com rugas de expressão.

— Um dia sem o Haruchiyo, e vocês desmoronam? — Takeomi riu de escárnio.

Mikey se mantinha calado, seus olhos negros atentos a qualquer detalhes, olhavam e encaneavam Sanzu de cima a baixo, erguendo um pequeno e imperceptível sorriso, em seus lábios.

O grupo trocou olhares nervosos. Para a maioria deles, tortura e morte faziam parte do cotidiano — até mesmo a traição — mas a possibilidade de machucar um homem de suas próprias fileiras era uma linha que só poderia ser cruzada em circunstâncias extremas.

CERBERUS - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora