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Um dos policiais conseguiu puxar Sanzu para trás, tentando conter seu avanço. Mas Sanzu era implacável, sua força incontrolável e seus movimentos eram repletos de uma raiva e desespero que nenhum dos policiais presentes poderia igualar.
Ele se libertou do agarre com facilidade, o policial caindo no chão em um montante de fios e ossos queimados. Enquanto isso, os outros policiais, vendo o cenário diante deles, começaram a perceber que tinham enfrentado uma força com a qual não tinham como enfrentar.
— Pare!
A voz de Naoto cortou aquele cenário brutal, o detetive se mantinha impassível, porém ele tinha puxado Yumiella da cadeira, soltado o que a prendia, e então colocado ela de costas pra ele e de frente para Sanzu. A arma do detetive estava apontada para o ventre de Yumiella, enquanto os olhos cinzas da garota encontrava com os olhos de Sanzu.
— Akashi Haruchiyo, melhor parar ou eu tiro bem diante dos seus olhos a existência dessa criança, que nem é um feto formado ainda.
Os olhos de Sanzu congelaram com as palavras de Naoto. O mundo pareceu parar por um momento enquanto ele encarava o detetive, a arma pressionada contra os restos da vida que ele mais amava neste mundo. A imagem das mãos de Yumiella segurando a barriga, sua aparência frágil e vulnerável era como uma faca no coração de Sanzu.
Ele podia sentir a fúria dentro dele estourar ainda mais, mas a ameaça de Naoto colocou seu plano em movimento.
Sanzu parou no lugar, a respiração pesada e irregular. Ele podia sentir o pulso latejando em sua têmpora, seu corpo tremendo por causa da raiva reprimida. Cada fibra dele queria avançar, pegar Yumiella em seus braços e fugir, mas a arma apontada para ela era um lembrete frio do quão vulnerável ela estava.
Ele olhou para Yumiella, tentando desesperadamente transmitir segurança em seu olhar, querendo garantir que tudo ficaria bem.
Naoto pressionou o cano da arma sobre o ventre dela, mantendo seus olhos em Sanzu, deixando a arma engatilhada.
— Ele é tão novinho — Naoto murmurou de forma sombria — sabia que com tres semanas ainda não há placenta, pois o embrião acaba de ser fecundado e também ainda não se transformou em feto. Esse período corresponde à fase embrionária, ou seja, o momento da fecundação até a oitava semana de gestação. — Naoto pressionou ainda mais o cano sobre o ventre — ou seja..É tão novinho, que qualquer ação abrupta pode causar o aborto. É recomendado descanso, evitar stress, raiva. Emoções fortes. E principalmente prezar pelo repouso, já que o corpo da mulher se torna mais vulnerável, para se adaptar ao início da gestação.
A fúria em Sanzu se espalhava pelo seu corpo, mas ele se forçou a controlar. As palavras de Naoto só serviam para aumentar ainda mais a raiva dentro dele, sabendo que algo que pertencia a ele, algo que ele desejava proteger por desespero, estava sob ameaça.
