Como regra geral, Harry tinha o sono leve. E desde a morte de Naomi, desde a guerra, Harry não dormia bem.
O sono profundo dos últimos quatro anos só foi alcançado por exaustão ou indução mágica.
Então, acordar com o sol aquecendo seu rosto foi estranho, mas completamente bem-vindo.
Ele se deixou levar por aquela sensação calorosa, respirando profundamente para aproveitar o momento.
Teddy estava seguro com seu tio Lyall, e Harry estava em seus aposentos em Hogwarts, e era sábado. Ele não tinha lugar algum para estar naquele momento.
Ele tensionou os músculos, planejando se alongar, e foi então que seu cérebro percebeu por que ele havia dormido tão bem, enquanto seu corpo o informava que estava muito feliz por estar ali.
Harry tentou ver Narcissa, mantendo os braços relaxados para não acordá-la.
Tudo o que ele viu foi luz, sua pele tão pálida que parecia feita de luz do sol, contorcida em ouro nas bordas.
Cuidadosamente, ele girou a mão e seus óculos se acomodaram em seu rosto.
Ele prendeu a respiração.
Narcisa era...
Impossivelmente adorável. Ela tinha o tipo de beleza que fazia os poetas agonizarem, que os pintores clássicos fantasiavam.
E conhecendo sua inteligência, sua lealdade à família, sua força inabalável e seu forte senso de identidade.
Harry sentiu uma onda de possessividade.
Ele nunca teve um relacionamento normal, ele sabia como ser um adolescente desajeitado e como ser um marido. E não era que ele não quisesse sexo nos últimos três anos, não era que ele não quisesse Narcissa, mas ele queria alguém que ficasse. Alguém que fosse bem-vindo em sua cama, em sua vida e na vida de seu filho.
Ele sabia que pedir isso era pedir muito de qualquer um.
Que pedir para alguém ficar para sempre desde o começo não era razoável.
Mas ele queria perguntar, embora ele a deixasse ir se ela quisesse, ele realmente queria que ela ficasse.
Ele passou os dedos pela mão dela, até a queimadura em formato de cobra que imitava a dele.
A cicatriz era sua mancha, sua única imperfeição física. A queimadura era vermelha, mas parcialmente curada em ambas as mãos, não era barulhenta como uma queimadura não mágica deveria ser. A dor era desconfortável, mas ignorável.
Harry passou o braço dela, afastando os cabelos loiros do ombro, onde brilhavam como fios metálicos na luz da manhã.
Ele beijou a clavícula dela.
Ela soltou um suspiro, movendo-se ligeiramente em direção a ele, mas continuou dormindo.
Ele sorriu. Ela é adorável, ele pensou.
E seu coração cantou. Ele se deixou aproveitar esse momento, ter essa hora de paz.
Deixe o futuro ir, deixe o passado ir, deixe suas responsabilidades descansarem por um tempo.
Ele tinha uma das mulheres mais lindas em seus braços, nua em sua cama.
Ele planejou tirar o máximo proveito disso.
Ele passou as mãos pela pele macia dela, exposta pelo lençol, lembrando-se da noite passada e aproveitando o momento para gravar a visão dela em sua memória.
Ela acordou gradualmente, e o sorriso que se formou em seus lábios enquanto ela piscava para ele era...
Não era a aparência de uma virgem.
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Rindo até Londres(tradução)
Science FictionHarry é um pai solteiro tentando criar seu afilhado, Teddy. Incapaz de garantir a segurança do filho no mundo bruxo, ele se esconde no mundo trouxa. Mas uma viagem a Londres desfará todas as suas precauções. Jogado de volta ao passado, Harry se vê c...