Era uma vez uma mulher.
Ela era ousada e inteligente, e tal era seu jeito que, para ela, todas as coisas eram vibrantes. Na vida, ela havia passado cada dia e cada momento vivendo.
Naomi Lupin era uma bruxa que notava cada detalhe ao seu redor, mas poucos a notavam, pois no tempo que levou para alguém alcançá-la, ela já tinha ido embora, já estava a caminho da próxima grande descoberta.
Seu irmão mais velho e seus professores a conheciam melhor. Observando-a crescer, respondendo a seu fluxo interminável de perguntas, perguntas que levavam a mais perguntas, assim como perguntas que não tinham respostas.
Depois que ela se formou, alguém deveria tê-la avisado que havia algumas perguntas que não se deve fazer. Algumas pedras que não devem ser viradas, alguns caminhos que não devem ser tomados.
Mas ela tinha, e pagou por sua curiosidade com sangue e dor sob garras e dentes afiados demais para serem humanos.
Ela não se tornou uma loba, diferentemente do seu pobre sobrinho, mas não escapou inalterada, ilesa.
As pessoas a notavam como nunca antes. Naomi nunca se considerou bonita, nem ninguém, mas ela também não era indecorosa. O lobisomem havia mudado isso, e aos olhos dos estranhos ela via que era horrenda e indesejada. Aos olhos dos entes queridos, ela era lamentável e diminuída.
Foi uma adaptação difícil, que a fez se sentir, pela primeira vez na vida, verdadeiramente sozinha.
Sua vivacidade estava revestida de cinza.
Mas as cicatrizes em seu corpo, seu coração, não a detiveram, apenas provaram que as perguntas que ela começou a fazer eram as certas. Perguntas que não deveriam ter sido feitas, mas que precisavam ser feitas.
E quando os segredos há muito enterrados finalmente começaram a se revelar, ela sabia que não poderia ficar perto de sua família, não poderia colocar ainda mais em perigo seu irmão, sua cunhada e seu querido, querido sobrinho.
Então ela desapareceu, deixou o mundo mágico completamente, bem, quase completamente.
Anos se passaram.
A próxima mudança que ocorreu em sua vida foi inesperada e não planejada.
Essa mudança veio na forma de Henry Black Peverell, o bibliotecário da cidade.
Ele era um homem incrivelmente lindo, que via além das cicatrizes dela, a via como ninguém jamais havia visto. Ela nunca conheceu alguém como ele antes, gentil, mas intenso, de fala mansa, mas direto.
Ele roubou o coração dela naquela noite, e ela o convidou para casa, o convidou para entrar.
Ela acidentalmente o chamou de "Harry" em vez de Henry no calor do momento. Mas ele apenas riu e beijou seu nariz quando ela se desculpou depois, dizendo que Harry era, de fato, um apelido para Henry.
Ele tinha feito o café da manhã para ela de manhã. Se ele já não a tivesse seduzido, a visão dele na luz do sol, sem camisa, cozinhando para ela o melhor café da manhã que ela já tinha provado, ela teria ficado encantada.
Ele deixou seu número.
Naomi não ligou para ele, embora quisesse, Harry a fez se sentir real. Mas ela não podia colocá-lo em perigo. Não a bibliotecária trouxa que merecia alguém mais bonita, merecia alguém melhor do que ela.
E além disso, ela estava tão perto em sua pesquisa. Tão perto de descobrir o impossível.
O dia em que ela finalmente revelou os segredos foi o mesmo dia em que ela descobriu que estava grávida.
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Rindo até Londres(tradução)
Ciencia FicciónHarry é um pai solteiro tentando criar seu afilhado, Teddy. Incapaz de garantir a segurança do filho no mundo bruxo, ele se esconde no mundo trouxa. Mas uma viagem a Londres desfará todas as suas precauções. Jogado de volta ao passado, Harry se vê c...