NINETEEN.- COUNTRY

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                                    𝔇𝔦𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔦𝔫𝔱𝔢...
                                    𝔔𝔲𝔦𝔫𝔱𝔞-𝔉𝔢𝔦𝔯𝔞...
                                          🧛🏻‍♀️.

Jogo-me em minha grande cama, em busca de livrar-me de todo este cansaço e exaustão que eu estara sentindo.

Surpreendentemente, hoje foi um dia... calmo na escola. Digo, sem bilhetes e rosas em meu armário, o que também resultou em boas perguntas.

Por que justo hoje? Não faz sentido. Talvez a pessoa possa ter apenas se cansado de me encher e foi procurar outra garota tão tola quanto eu que caísse facilmente em suas pegadinhas.

Bom, de qualquer forma, não tenho do que reclamar.

Troquei meu cadeado hoje, o que significa que ninguém mais conseguirá abri-lo já que, obviamente, a senha foi alterada.

Exite a possibilidade de alguém ter me visto abrindo meu armário e anotado minha senha, mas agora isso já não é mais um problema.

Com tudo isso acontecendo, só agora fui perceber o quão solitária e silenciosa esta casa se encontra.

São nessas horas que mais sinto saudades de Nico.

Quando meus dias pareciam cinzentos e chatos ele sempre aparecia para transformar-los em dias alegres e cheios de cor num piscar de olhos.

Devo admitir que tem sido cada vez mais difícil não vê-lo dentro desta casa. 

Lembro-me vagamente da minha primeira semana sem o garoto; perguntava a mim mesma toda noite, assim que deitava a cabeça em meu travesseiro, se algum dia esta dor agoniante que sentia passaria.

E então, com o tempo a resposta apareceu e entendi que nunca poderemos de fato nos livrar-mos da dor, mas sim aprenderemos a lidar com ela.

Isso nunca fez tanto sentido em minha vida. Ao perde-lo perdi a mim mesma.

O tempo que eu achei que passaria tão rápido que já nem notaria mais sua ausência, parou naquele dia.

Naquele dia em que meu mundo desabou aos poucos, deixando com que apenas vislumbres de cada momento nosso passasse em minha mente.

E foi ali que percebi que eu já não seria mais a mesma, não sem Nico ao meu lado.

Todas as noites foram iguais por exatamente dois anos, lidar com sua perda e com a ausência de meus pais dentro de casa colocou-me no fundo do poço.

Aprendi a lidar com tudo isso com o tempo, mas não significa que recuperei a parte minha que morreu ao lado de Nicolas naquela noite chuvosa e gélida.

Talvez eu nunca a recupere.

Batidas em minha porta tiram-me de meus devaneios, puxando-me de volta a realidade.

MY DARK SIDE Onde histórias criam vida. Descubra agora