Ann - 02 - Implorar

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Se eu fizer o hoje bem, amanhã não terei nada com que me preocupar... Mas eu já fiz o hoje uma bagunça, causando sofrimento a Run. Ver o rosto dela cheio de lágrimas me faz doer, sabendo que quebrei minha promessa de não dar a ela motivos para duvidar de mim. É como se mil agulhas estivessem perfurando meu coração enquanto ela sofre. Mesmo que eu tenha me desculpado, isso não parece fazer diferença. Ela não confia mais em mim. Por que não consigo mudar meus hábitos?

Sinceramente, eu nem fiz nada significativo. Ok, talvez eu tenha flertado um pouco, mas foi só para ver se ainda tinha, se ainda conseguia uma reação. Acontece que foi um momento ruim que ela viu, e agora explodiu nesse problema.

‘’Prove’’ Ela disse. Ainda não sei como devo provar, mas custe o que custar, se eu acabar indo tomar um café com aquele diretor, terei que descobrir uma maneira de recusá-lo.

Mas ela precisa ouvir e saber por si mesma, porque mesmo que eu diga verbalmente, aquela garotinha nunca vai acreditar em mim. Tudo bem... Vou provar do meu jeito então.

No entanto, não muito tempo depois, aquele diretor me encontrou novamente. Uma vez no estacionamento da empresa onde eu ia trabalhar. Não diga que é uma coincidência. Imaginei que ele provavelmente estava me esperando, sabendo o horário de quando eu estaria na empresa. Ele veio me esperar com esperança, o rosto vermelho, tentando reunir coragem para se aproximar de mim. Eu o cumprimentei com um sorriso amigável como sempre e comecei a conversar normalmente.

— Finalmente, nos encontramos novamente. Isso é uma coincidência ou destino?

— Uma coincidência — Ele disse. Era difícil de acreditar, mas tanto faz. Eu queria vê-lo também, para que esse assunto pudesse ser resolvido.

— Então hoje é o dia D.

“...”

— Você gostaria de tomar um café comigo?

— Sim!

Ele respondeu ansiosamente e então caminhou até uma cafeteria atrás do prédio. Não estava muito lotada e não ficava longe da empresa. Enquanto ele foi pedir um café e me pediu para esperar em uma mesa, liguei para aquela garota mal-humorada que, mesmo estando mal-humorada, ainda atendeu o telefone. Mas seu tom frio me fez suspirar.

[Alô?]

— Você ainda não superou a raiva?

[Não é realmente raiva.]

— Então você me odeia agora? — Eu provoquei com um sorriso, sabendo que ela não me odiava de verdade. Ela estava apenas segurando suas emoções, tentando não perder a paciencia por respeita á minha idade. — Você está livre agora?

[Não tenho nada para fazer]

— Ok, então espere na linha. Não diga nada e ouça o que vou fazer.

[O que você vai fazer?]

Não respondi e desliguei a tela. Logo depois, o café do belo diretor foi servido. Sorri em agradecimento e dei a ele um dos meus olhares charmosos de sempre.

— Seu serviço é excelente. Você trata todas as mulheres assim?

— Não, estou apenas fazendo meu trabalho.

— Fazendo isso por natureza, hein? Isso é fofo. — Eu o elogiei e tomei um gole do café. — Você seguiu as instruções precisamente, tão atencioso.

Meus elogios contínuos o fizeram sorrir timidamente. Olhei para ele e estreitei os olhos, como uma cobra venenosa pronta para atacar, enquanto abordava diretamente o tópico principal.

— Por que você gosta de mim?

— Eh… sim. — A pergunta direta, sem nenhum preâmbulo, o fez parecer confuso. — Sra. Ann… hum…

Obsessed - Quando estou apaixonada por você (Série perfumes Vol.3)Onde histórias criam vida. Descubra agora