FORTY THREE.- THIS IS YOUR HELL

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                                  𝔐𝔦𝔫𝔲𝔱𝔬𝔰 𝔡𝔢𝔭𝔬𝔦𝔰

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                                           👿.

Observo o homem sair de dentro de sua grande empresa, caminhando até a cafeteria que tem ao lado de seu estabelecimento.

Sem mais delongas, atravesso a rua indo em sua direção.

Ando atrás do mesmo, tranquilamente, com as mãos em meus bolsos.

O vento gélido bate em meu rosto, fazendo com que os pelos de minha nuca arrepiem-se com a ventania.

Seus passos lentos e sua distração colaboram para que dê tudo certo.

E então, olho para os lados, percebendo a pouca movimentação que há na rua.

Os carros passam rápido e os pedestres encontram-se dispersos em seus próprios pensamentos.

A pouca quantidade de pessoas na rua apenas facilita o que pretendo fazer.

Agora, cada vez mais perto de Henry, consigo enxergar no celular em suas mãos que o mesmo conversa com alguém, entretanto, não consigo descobrir quem, já que seus passos aceleram e o mesmo desliga seu aparelho, parecendo finalmente perceber que está sendo perseguido.

E então, acelero meus passos para que fiquemos exatamente na mesma distância.

E lá estava minha chance que, com certeza, não seria desperdiçada.

Apesar de ser perto, era preciso andar por certo tempo até chegar na cafeteria.

E quando estamos quase lá, sinto a adrenalina percorrer minhas veias cada vez mais.

Sem esperar que o homem consiga chegar em seu destino, o pego pela sua blusa, adentrando um beco escuro e completamente vazio juntamente a ele.

Desfiro um soco no rosto de Henry que tomba sua cabeça para o lado esquerdo como resposta, sem ao menos esperar que o mesmo tome alguma iniciativa.

Seu gemido de dor pelo golpe recente ressoa por meus ouvidos, fazendo com que um sorriso dance divertidamente em meus lábios no mesmo instante.

— Nos vemos em breve, Henry.- Digo.

Ao ver o homem indireitando sua postura e pegando uma posição agradável para que conseguisse acertar-me, lhe dou mais um soco.

Observo o homem agora caído no chão e completamente desacordado.

Suspiro fundo, ofegante.

Isto será prazeroso para caralho!

       
 [...]

— Finalmente acordou, Henryzinho.- Digo sarcástico, observando o homem abrir seus olhos. — Por um momento achei que havia entrado em coma.- Ironizo. — Seria engraçado eu finalmente conseguir sair de um onde fiquei preso por exatamente um mês, e você entrar em outro onde ficaria preso pelo resto de sua vida.- Brinco com o homem.

— Porra, onde estamos? - Henry pergunta, com sua cara contorcida devido a dor que estara sentindo.

— Não acha que está cedo demais para eu revelar uma informação tão... comprometedora, como esta? - Digo, fazendo manobras habilidosas com a faca que seguro.

— Filho da puta! - Xinga.

Puxo o ar pelo nariz, soltando-o pela boca.

Sem avisos, cravo minha faca em sua perna, sem dar a mínima importância para o que o homem sente.

— Porra! - Fala. — Socorro! Um homem louco me sequestrou, alguém me ajuda! - Henry vocifera, provavelmente achando que alguém estava lhe escutando.

Puff! Que cara idiota!

Solto uma gargalhada alta e sincera, pouco importando-me com seus gritos inaudíveis.

— Me magoa ver que você realmente pensou que eu seria burro o suficiente para trazê-lo ao um lugar onde fica rodeado de pessoas.- Falo, fingindo estar triste. — Terei que lhe amordaçar? - Pergunto.

Sua cabeça balança negativamente. Sua feição assustada dá-me uma vontade imensa de rir.

— Foi o que pensei.- Sorrio para Henry, que encara-me com desdém. — Bom, acho que começamos mal, não é mesmo? - Me refiro a faca que afundei em sua pele há pouco tempo.

O rapaz não ousa a dizer uma palavra sequer, parecendo analisar a sala onde estava.

Ele realmente acha que tem alguma chance de escapar.

Patético!

— Você sabe o motivo pelo qual está aqui, não sabe? - Pergunto, tendo vislumbres dos momentos em que eu e meu grande amigo, Kayden, tivemos antes de eu mandá-lo de volta para o lugar onde nunca devia ter saído: para o inferno.

Henry parece pensativo, vacilando em sua postura logo em seguida.

Seus lábios se entre-abrem algumas vezes, parecendo querer falar algo.

— Mia...- Diz num tom de voz baixo, mas alto o suficiente para que eu conseguisse identificar as poucas letras que saíram de sua boca.

— Exatamente! Foi mais rápido do que eu pensei.- Respondo-o, sorridente.

— Aquela vadiazinha ingrata! Sabia que assim que tivesse a oportunidade, sairia correndo pelos cantos para contar a todos o que rolou entre nós.- Henry fala, parecendo imerso aos pensamentos.

E então, sem que eu perceba, minhas mãos vão de encontro com seu pescoço, enforcando-o de forma que o deixasse sem saída.

— Que porra você está falando? Você fez aquilo com ela mesmo sabendo que seria contra a vontade da garota, seu filho da puta!

Henry se debate sob minhas mãos, querendo sair de meu aperto.

Solto-o imediatamente, mas sem deixar com que ele recupere seu ar, desfiro seguidos socos em seu rosto, estômago e costela, fazendo questão de deixar minha marca registrada, assim como ele fez questão de marcar minha garota.

Saio de cima do homem, sentindo minha respiração falhar por um momento.

O observo atentamente uma última vez, antes de dar as costas para o mesmo. Não posso matá-lo agora, e sei que se caso eu continue no mesmo ambiente que ele será exatamente isso que farei.

Por isso, manter distância por agora é a melhor escolha.

Antes que eu consiga sair da sala, deixando-o completamente sozinho, escuto sua voz:

— Tire-me daqui, cara.- Henry pede como se fôssemos grandes amigos, chamando-me por um apelido.

Você vai apodrecer no inferno, Henry. Este é o seu inferno e eu sou a porra do seu demônio.- E então, saio da sala.

Sinto um sorriso diabólico nascer aos poucos em meu rosto, trazendo-me a certeza de que todas as palavras ditas ao homem há poucos segundos, tornarão-se realidade.




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