LEVI WITHE, um garoto de personalidade forte que mudou-se com sua família para Orlando, passando dez anos longe de sua cidade natal, Miami. Quando tinha apenas quinze anos de idade, recebeu a notícia que seu irmão havia morrido num acidente de carro...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝔪𝔦𝔫𝔲𝔱𝔬𝔰 𝔡𝔢𝔭𝔬𝔦𝔰... 🧛🏻♀️.
Já faz certo tempo desde que Levi entrou dentro daquela sala onde eu, aparentemente, devo manter distância e desde então não tive sinais do mesmo.
Tudo neste lugar lembra-me da vez em que Levi levou-me para ver Kayden uma última vez antes de receber seu coração como forma de... perdão, por ter feito-me passar por aqueles momentos infernais.
Há alguns homens espalhados pelo local, mas não são tantos como na última vez. Claro que, ainda assim, isso não muda o fato de eu estar extremamente desconfortável neste ambiente, mas olhar para todos eles e ver que seus olhos não estão me encarando causa-me certo alívio.
O vento gélido adentrando cada vez mais o lugar bate em minha pele exposta, causando arrepios por todo meu corpo. Ainda não estou completamente seca, devido a chuva que tomei ainda tenho os cabelos úmidos e roupas da mesma forma.
Mas, devo admitir que, apesar de ter visto corpos espalhados por todo canto da sala da minha casa, minutos depois senti-me viva pela primeira vez em anos, enquanto ao mesmo tempo senti a anestesia da adrenalina fazendo efeito em meu corpo.
Viver aquilo foi assustador, entretanto, não deixou de ser extremamente prazeroso. O que, honestamente, deixou-me ainda mais assustada. Ainda posso sentir seus lábios carnudos nos meus, o aperto de suas mãos em minha cintura, sua respiração ofegante e seu olhar de luxúria direcionado a mim.
Após nos separarmos foi como se eu estivesse tirando uma parte minha de mim mesma e simplesmente deixando de lado. Poderia morar naquele momento e, mesmo assim, não me cansaria de viver aquilo.
Mas então, Levi apenas simplesmente se distanciou de mim, foi como se ele não tivesse me beijado há segundos atrás, e quanto a isso, não posso negar que fiquei extremamente confusa.
Podia sentir através de seus toques sua excitação que pareceu se dissipar tão rápido quanto se fez presente.
Sou tirada de meus devaneios ao ouvir um disparo vindo da sala em que Levi havia entrado há pouco tempo.
Ok, que porra está acontecendo lá dentro?
Meu corpo tem espasmos devido ao barulho que, seja lá o que isso tenha sido, causou.
E então, não demora muito para que eu consiga ver uma silhueta forte e musculosa vindo em minha direção.
Levi.
— O que houve? - Pergunto, com as mãos trêmulas.
Posso sentir meu coração acelerado batendo contra meu peito, cada vez mais forte. Cada vez mais rápido.
O garoto encara-me com uma expressão confusa, tentando entender o que digo.
Se eu não soubesse exatamente em que idioma estou falando, poderia jurar que estou pronunciando as palavras em grego.
— O que aconteceu dentro daquela sala, Withe? - Pergunto novamente.
Levi muda sua expressão, deixando-a cada vez mais confusa e indecifrável.
— Nada que deva saber.- Diz. — Vamos, preciso te levar para longe daqui.- Ele diz, puxando-me com certa delicadeza pelo braço.
— Para onde pensa que vai me levar? - Indago, soltando-me imediatamente de seu aperto.
— Quando chegarmos você verá.- O garoto fala, tocando meu braço novamente.
— Não vou a lugar nenhum com você, Levi.- Começo. — Não enquanto não me disser o que houve dentro daquela sala.- Tiro sua mão de minha pele, cruzando meu braços.
— Ah, você vai.- Levi diz de forma desafiadora.
Suas mãos vão de encontro com os bolsos de sua calça, escura, ficando por lá.
— Não, eu não vou! - Afirmo. — Por que é tão fácil para você só simplesmente me esconder as coisas? - Eu pergunto.
Solto uma gargalhada nasal, respondendo minha própria pergunta logo em seguida:
— Puff! Que pergunta idiota! Você não se importa comigo, por isso é mais fácil ocultar informações importantes de mim, fazendo-me de idiota toda vez.- Digo.
— É isso que você pensa? Realmente acha que não me importo com você? - Pergunta com certo desapontamento no olhar.
— Acho. Afinal, por que se importaria, não é mesmo? Eu sou somente a irmã do seu melhor amigo morto.- Solto as palavras sem pensar nas consequências.
— Bom, se é isso que você pensa, acho que já posso ir embora. Até porque, eu não me importo com você. Não há motivos para eu continuar parado aqui, escutando seus dramas.- Levi diz.
Encaro seus olhos furiosos.
Sem esperar que eu rebata, o garoto se vira de costas, começando a caminhar para a saída.
— Para onde vai? - Pergunto, mas não obtenho resposta. —Não vai me deixar aqui, não é?
Levi olha para mim novamente, interrompendo seus passos.
