No início do século XIX, em um período onde casamentos arranjados entre famílias de prestígio eram comuns, a jovem Lady, filha única do Visconde de Northwood, é prometida em casamento ao herdeiro de uma renomada família de outro estado, Lorde Sung H...
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"Às vezes, os silêncios mais profundos dizem mais do que qualquer palavra poderia expressar, escondendo desejos e medos que nunca se revelam completamente."
Após o beijo que selou sua união, os recém-casados foram guiados para fora da catedral, sob uma chuva de pétalas de flores lançadas pelos convidados. A jovem sentiu o calor do olhar dos presentes sobre ela, mas seus pensamentos ainda estavam confusos, os sentimentos conflitantes pesando sobre seu peito. Sung Hoon, ao seu lado, manteve uma postura impecável, o braço firme em torno do dela, como um lembrete da nova realidade que agora compartilhavam.
A festa que se seguiu ocorreu nos jardins da mansão dos Park, adornados com lanternas suspensas e mesas repletas de frutas, vinhos e pratos requintados. O som de risos, música e o tilintar de taças enchia o ar, e os convidados, em trajes luxuosos, circulavam pelo local, celebrando a união.
Beatrice, sempre alegre, aproximou-se da jovem noiva com um sorriso caloroso. Vestida em um traje elegante e com uma expressão relaxada, ela parecia estar em seu elemento, perfeitamente confortável no meio da festa.
— Você está deslumbrante — disse Beatrice, inclinando-se levemente para a jovem. — Mas me conte, como está se sentindo? Não é todo dia que uma se casa com um lorde, afinal!
A jovem forçou um sorriso, tentando parecer mais à vontade do que realmente estava.
— Um pouco nervosa, para ser honesta — admitiu, olhando de soslaio para Sung Hoon, que conversava com alguns convidados.
Beatrice seguiu seu olhar, um brilho divertido dançando em seus olhos.
— Nervosa, sim, mas olhe para ele. Sung Hoon está sendo o perfeito cavalheiro. É raro ver um homem tão... controlado. Não estou surpresa, claro, mas você é sortuda, querida. Ele parece estar completamente dedicado a você.
A jovem não soube ao certo como responder. Havia, de fato, uma gentileza nos gestos de Sung Hoon, como se ele estivesse tentando apagar qualquer vestígio da distância que os separava. Ele sorria e fazia questão de guiá-la pelos espaços da festa, apresentando-a a cada convidado importante, sempre mantendo o tom correto, a postura de um lorde perfeito. No entanto, por mais que seus atos fossem de um marido dedicado, algo no fundo de seus olhos permanecia fechado, uma barreira que ela não conseguia atravessar.
Sung Hoon se aproximou, interrompendo sua conversa com Beatrice, e ofereceu uma taça de vinho à jovem, o gesto delicado, os dedos tocando levemente os dela.
