No início do século XIX, em um período onde casamentos arranjados entre famílias de prestígio eram comuns, a jovem Lady, filha única do Visconde de Northwood, é prometida em casamento ao herdeiro de uma renomada família de outro estado, Lorde Sung H...
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"Com o dever que pesa e os sentimentos que se escondem, dois destinos seguem em rota incerta, observados pelo tempo que não espera."
As roupas estavam coladas aos corpos, e o sol começava a secá-los lentamente. Enquanto caminhavam de volta para a casa, Sung Hoon olhava para ela, sentindo uma curiosidade crescente. Havia muito mais nela do que ele tinha dado crédito inicialmente. Talvez, só talvez, ele pudesse se permitir conhecer mais sobre essa mulher que agora era sua esposa. Talvez aquele muro invisível entre eles não precisasse ser tão alto quanto ele acreditava.
— Acho que precisaremos de roupas secas — ela comentou, rindo enquanto apertava a saia molhada entre os dedos, tentando torcê-la.
— Definitivamente — Sung Hoon respondeu, sem o habitual tom seco de antes. Ele estava mais descontraído agora, quase amigável.
Ao chegarem à porta da casa, o mordomo os olhou com uma mistura de surpresa e preocupação, mas antes que pudesse dizer algo, Sung Hoon acenou de forma breve.
— Não é necessário se preocupar — disse ele. — Tivemos um pequeno... imprevisto.
O mordomo, conhecendo bem a postura habitualmente séria de seu senhor, assentiu com uma expressão de alívio. Em seguida, acompanhou-os até seus aposentos para que pudessem trocar de roupa.
No quarto, enquanto trocava suas roupas encharcadas, Sung Hoon refletia sobre o que acabara de acontecer. Ele não sabia o que o futuro reservava para os dois, mas pela primeira vez em muito tempo, sentiu que talvez as coisas pudessem ser diferentes. Talvez, com o tempo, eles encontrassem uma maneira de coexistir em paz, ou até mais do que isso, "mas que droga eu estou pensando?" "Ficar em paz com ela já é mais do que suficiente" – pensou ele, negando com a cabeça.
Já vestida e seca, ela se olhou no espelho, ainda sorrindo ao pensar na pequena batalha de água que travaram. Aquele momento espontâneo entre os dois foi como uma pequena faísca de esperança de que, com o tempo, poderia haver algo mais entre eles. Ela não sabia o que esperar de Sung Hoon, mas, pelo menos agora, havia algo diferente no ar. Algo mais leve, mais humano. Algo que a deixava mais aliviada.
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Nos dias que seguiram, a rotina do casal permaneceu tranquila, sem grandes surpresas. Sung Hoon, fiel à sua promessa de ser gentil, começou a incluir sua esposa em pequenas atividades que, aos poucos, moldavam a convivência deles. Os momentos juntos eram, em sua maioria, silenciosos, mas não desconfortáveis. A jovem notou que Sung Hoon raramente sorria, mas quando ele o fazia, mesmo que discretamente, parecia mais humano, menos distante, sem mencionar o belo sorriso que ele tinha. A jovem pensava que algo tão belo deveria ser emoldurado, já que ele não costumava mostrar com frequência.
