Chapter VII

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"Entre o peso das obrigações e a incerteza dos sentimentos, o destino de dois corações começa a se entrelaçar sob o olhar atento do tempo."


Sung Hoon saiu do quarto, fechando a porta com firmeza, mas sem fazer barulho. Por alguns instantes, ele ficou parado no corredor, os ombros tensos, como se tentasse controlar algo dentro de si. O som abafado da madeira sob seus pés foi a única coisa que quebrou o silêncio ao seu redor. Ele passou a mão pelos cabelos, frustrado, os pensamentos rodando em sua mente. Nada daquilo estava acontecendo como ele esperava — ou talvez, como ele temia.

Perdido em seus pensamentos, ele foi interrompido pelo som de passos leves que se aproximavam. Uma criada, com uma expressão respeitosa, curvou-se levemente ao vê-lo.

— Meu lorde, o banho da senhora está pronto, conforme o senhor ordenou — disse ela, mantendo os olhos baixos.

Sung Hoon apenas assentiu, um movimento curto, permitindo que ela entrasse no quarto. Ele ficou parado ali por mais alguns segundos, observando a porta que agora se fechava atrás da criada, antes de finalmente se virar e se afastar. Não tinha um destino em mente, mas precisava sair dali, respirar.

Caminhou até uma varanda lateral da casa, onde a brisa fria do entardecer o atingiu, acalmando parte da tensão em seu corpo. Ele apoiou as mãos no parapeito de pedra, o olhar perdido no horizonte, onde as colinas do campo se estendiam. Por fora, ele mantinha a postura impecável, a máscara de controle que todos esperavam de um lorde. Mas por dentro, um turbilhão de emoções se agitava.

Ele ficou parado na varanda, a brisa fria batendo em seu rosto enquanto ele mantinha os olhos fixos no horizonte. Respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão de pensamentos que o consumia. Depois de um longo silêncio, ele falou baixinho, como se as palavras pesassem demais para serem ditas em voz alta.

— Eu nunca pedi por isso... — murmurou, com um tom carregado de amargura. — Como posso suportar essa vida? Preso a deveres que não foram escolhidos por mim.

A lembrança de seu pai dominava seus pensamentos, incendiando a raiva que ele tentava manter enterrada. Seus punhos se fecharam com força, enquanto olhava para as próprias mãos, como se nelas carregasse o peso das decisões alheias.

— Você destruiu tudo... — sua voz, mais firme agora, quase um rosnado, carregava a dor da frustração. — Me usou para seus planos, como se eu não fosse nada além de uma peça no seu tabuleiro. Não dou a mínima para seus títulos... ou para sua linhagem amaldiçoada.

Seu peito subia e descia rapidamente, o controle habitual se desmoronando diante da intensidade de seus sentimentos.

— E agora, ela... — murmurou, referindo-se à sua esposa, sua voz ficando mais tensa, marcada pela confusão interna. — Ela não merece isso. Mas eu também não pedi por ela. Não pedi por nada disso.

Whispers of Affection ⁎ SunghoonOnde histórias criam vida. Descubra agora