Chapter VIII

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Enquanto terminavam o café da manhã, Sung Hoon manteve o olhar distante, focado em organizar seus próprios pensamentos. Ele havia sugerido o passeio com a intenção de aliviar a tensão entre eles, mas também porque ele mesmo precisava de algo que distraísse sua mente do turbilhão interno. A ideia de explorar os jardins, em meio à tranquilidade do campo, parecia o mais próximo de uma fuga que ele conseguiria naquele momento.

A jovem terminou de tomar seu chá e, timidamente, olhou para Sung Hoon, ainda com a leve cautela de quem estava tentando entender os pensamentos de um marido distante. Ele notou a hesitação dela ao se levantar e suavizou a expressão, mantendo o semblante o mais sereno possível.

— Vamos? — perguntou ele, levantando-se da cadeira e estendendo o braço com um gesto cortês.

Ela aceitou o gesto, enlaçando seu braço com o dele, e juntos saíram da sala de jantar em direção aos jardins. O silêncio entre eles se manteve enquanto caminhavam pelos corredores da casa. A mente de Sung Hoon, no entanto, estava longe de estar em paz. A lembrança da noite anterior insistia em reaparecer em sua mente — o desconforto, a tensão e, acima de tudo, o desejo inesperado que sentira ao vê-la vestida com sua camisa.

Quando chegaram aos jardins, a brisa fresca da manhã os envolveu, o dia estava claro, e o ar, fresco, mas o silêncio entre eles parecia sufocar qualquer suavidade que a brisa pudesse trazer. Sung Hoon guiava a jovem esposa pelo caminho de cascalho que serpenteava pelos jardins da propriedade, mas sua mente estava a milhas dali. Seus passos eram calculados, firmes, mantendo o ritmo que julgava adequado para a ocasião. À sua direita, ela caminhava a passos curtos e delicados, com as mãos agora entrelaçadas à frente do corpo e os olhos distraidamente voltados para o chão, como se procurasse algo nos minúsculos pedaços de cascalho que se espalhavam sob seus pés.

Os jardins, embora impecáveis, eram apenas um cenário. As árvores, altas e majestosas, as flores cuidadosamente plantadas em linhas harmoniosas ao longo dos caminhos, ele teria apreciado. Mas agora, qualquer beleza externa não era suficiente para abrandar o desconforto interno que crescia entre eles.

— As rosas daqui são particularmente bem cuidadas — disse ele de repente, quebrando o silêncio. Sua voz saiu seca, como se tivesse dificuldade em encontrar algo mais significativo para comentar. — Foram importadas de um viveiro especializado no sul. Uma escolha cuidadosa do antigo jardineiro.

Ela ergueu o olhar para as flores por um breve instante, e um leve aceno de cabeça foi sua única resposta. Sung Hoon observou de canto de olho, percebendo a quietude com que ela se movia, como se não quisesse incomodar nem mesmo as plantas ao redor. A barreira entre eles parecia intransponível naquele momento. Ele não sabia o que dizer para suavizar aquilo, e ela, claramente, também não parecia ansiosa para encontrar as palavras.

Whispers of Affection ⁎ SunghoonOnde histórias criam vida. Descubra agora